Autoescolas não formam deficientes em categorias profissionais
Custo de adaptação dos veículos seria um empecilho
As autoescolas não estão preparadas para formar condutores com necessidades especiais para veículos de carga, tração e coletivos de passageiros, ou seja, nas categorias profissionais “C”, “D” ou “E”. A dificuldade é a disponibilização desses veículos em uma versão adaptada.
Apenas duas das 80 autoescolas existentes em Ribeirão Preto estão capacitadas para atender portadores de necessidades especiais, mas apenas com a CNH categoria “B”.
Na autoescola Santo Antônio há carros que saíram adaptados direto das fábricas e outros que foram adaptados de acordo com necessidades específicas. De acordo com o proprietário, Antônio Mateus Junqueira, embora esteja capacitado para atender diversas necessidades especiais, a procura é baixa, com 120 habilitações por ano.
O presidente da Associação das Auto-Escolas de Ribeirão Preto, Antônio Geraldo, acredita que seria impossível ensinar um deficiente físico a dirigir um ônibus ou caminhão atualmente. “Eu nunca vi um ônibus adaptado. Acredito que não tenha no estado de São Paulo nem no resto do Brasil”, diz.
Isso porque, embora a deliberação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que permite a habilitação profissional para condutores com necessidades especiais e, portanto, a possibilidade de exercício de atividade remunerada, exista desde 2007, não havia permissão para que veículos de carga, tração ou coletivos de passageiros passassem por adaptações.
Essa situação foi modificada com a publicação da Portaria 659 em 17 de dezembro de 2009 do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) permitindo as modificações.
Mesmo com o ajuste da lei, as autoescolas alegam que a demanda não compensa os altos custos das adaptações. De acordo com o diretor do Denatran, Alfredo Peres da Silva, não há uma lei que obrigue as autoescolas a ter carros adaptados.
A situação transformou a esperança do auxiliar agrícola Antônio Carlos Sodré de aumentar o salário em frustração. Ele dirige há 13 anos, mas não consegue tirar a categoria profissional porque tem uma perna 12 centímetros menor que a outra e usar prótese. Por causa disso, somente no ano passado, perdeu três oportunidades de emprego.
“Procurei varias autoescolas que atendem deficientes físicos nas cidades de Ribeirão Preto, Franca e São Paulo e todas me informaram que não era viável financeiramente adaptar um veículo para atender o meu tipo de deficiência, pois a demanda é muito pouca. Acredito que existem muitas pessoas com o mesmo tipo de problema que gostariam de se sentirem inclusos no mercado profissional”, lamenta.
Fonte: http://eptv.globo.com/ (26/03/2010)
Para destacar, coloquei algumas frases em negrito.
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Realmente os custos são altissimos.
Vi semana passada uma matéria na Home & Helth muito bacana que falava sobre isto…!
Um custo muito despendioso se a pessoa não tem muita grana "sobrando"!!!
bjosssssssssss
um primo meu que não tem nenhuma deficiência física fez autoescola num celta adaptado com acelerador e freio manual e embreagem automatizada por não haver nenhum veículo convencional disponível na hora dele fazer as provas práticas, então isso me faz pensar qual seria a dificuldade das autoescolas oferecerem veículos adaptados para outras categorias além de pura ganância… a propósito: esse meu primo chegou a dar umas voltas com o celta usando as adaptações por curiosidade, mas por pensar que o sistema de embreagem automatizada dispensava a troca de marchas ficou queimando embreagem em 5ª e confundiu as reações mais lentas do carro ao usar a embreagem automática com o "slip" de um conversor de torque usado em carros automáticos…
Eu sou cadeirante paraplégico a 9 anos e poucos meses e me sinto capaz sim, de pilotar um onibus ou caminhão, é só me elevar até a cabine dos citados, com direção hidraúlica que faço qualquer teste, desde que seja truque, pois dirigia um truque quando me acidentei, se o governo federal prefere dar uma esmola de um salário minimo (e como é minimimo) a custear uma adaptação, não é o governo que se diz inclusivo, diz a resolução desde que o candidato a cnh portador de deficiência prove que é capaz de dirigir e executar todos os testes exigidos se disponibilizar os veiculos ou financiar para as emprezas contratarem, ou autonomos comprarem seus proprios caminhões ou onibus eu faço qualquer teste.
Olá, no meu caso ja sou habilitado com a categoria E, mas sofri um acidente e perdi os movimentos da mão direita, o medico me tornou apto para a categoria E especial. Porem, não encontro nenhuma auto escola com o caminhão automático esta é a minha profissão preciso renovar a minha carteira com esse detalhe para poder voltar a trabalhar, alguém pode me ajudar??
Boa tarde meu amigo vc conseguiu sua cnh especial na letra E
Minha categoria e AE sofri um acidente de carro perdi o braço esquerdo ,tem algum meio que eu possa fazer pra continuar com essa cnh AE? Eu ando de moto biz e dirijo carro manual normal tambem?