Doenças e saúde

A alimentação na doença de Parkinson

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A alimentação na Doença de ParkinsonCaro leitor
Para que possa entender melhor o texto abaixo, recomendo a leitura “O que é doença de Parkinson?” e Parkinson: sintomas não motores.

Reconhecida desde 1817 por James Parkinson, a doença de Parkinson é caracterizada por degeneração de neurônios pigmentados da substância negra, localizados nos gânglios da base cerebral, cujos sintomas resultantes refletem a depleção do neurotransmissor dopamina. Se o processo é desencadeado por algo no meio ambiente, por uma falha genética ou pela combinação de ambos não está claro, embora um defeito no cromossomo 4 tenha sido recentemente apontado como uma causa em alguns casos.

A doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, com início geralmente após os 50 anos de idade.

É uma das doenças neurológicas mais freqüentes visto que sua prevalência situa-se entre 80 (oitenta) e 160 (cento e sessenta) casos por cem mil habitantes, acometendo, aproximadamente, 1% dos indivíduos acima de 65 anos de idade.

Em vários estudos clínicos foi observada ligeira predominância do sexo masculino , porém existem algumas questões sobre a forma de seleção dos pacientes. Em trabalhos que calcularam a prevalência e incidência da doença de Parkinson , não foi demonstrado diferença significativa em relação ao sexo quanto ao risco de contrair a doença. O aumento da esperança de vida não modificou de forma importante o número de parkinsonianos, permanecendo a prevalência da doença bastante estável desde o início do século.

De evolução lenta e quase sempre progressiva, a doença de Parkinson apresenta, nos indivíduos, sintomas clínicos que incluem tremor, rigidez, acinesia, lentidão de movimentos (bradicinesia) e alteração da postura. Sintomas não motores podem aparecer também. Estes incluem sudorese excessiva ou outros distúrbios do sistema nervoso involuntário e problemas psíquicos como depressão e, em estágios mais avançados, demência. Segundo COHEN (1994), 15 a 25% dos idosos, em geral, que apresentam depressão, desenvolvem sintomas psiquiátricos que podem comprometer o estado nutricional.

A acinesia e os distúrbios correlatos, já mencionados, interferem decisivamente nos atos motores básicos como a marcha, a fala e nas atividades que requerem a conjugação de atos motores como o vestir-se, a higiene corporal e a alimentação. À medida que a doença evolui, o paciente vai se tornando mais lento e mais enrijecido. A rigidez das extremidades e o controle da posição da cabeça e do tronco podem interferir com a capacidade do paciente de cuidar de si mesmo, inclusive quanto à alimentação.

O ato de se alimentar torna-se mais lento e os movimentos simultâneos, tais como, aqueles necessários para manusear os talheres, mostram-se difíceis. Esses sintomas levam muitas vezes o parkinsoniano a um grau considerável de dependência em relação a seus familiares. Além desses, o paciente apresenta também dificuldade de deglutição, da motricidade gástrica e esofagiana, constipação intestinal, problemas vasomotores, da regulação arterial, edemas, dificuldade de regulação da temperatura corporal, perturbações do sono e perda de peso. Este artigo aborda o tratamento medicamentoso e a alimentação na doença de Parkinson.

Prognóstico

O curso é progressivo ao longo de 10 a 25 anos após o surgimento dos sintomas. O agravamento contínuo dos sintomas, para além da importância da dopamina para o humor, levam a alterações radicais na vida do doente, e à depressão profunda freqüentemente.

A síndrome de Parkinson não é fatal mas fragiliza e predispõe o doente a outras patologias, como pneumonia de aspiração (o fraco controle muscular leva a deglutição da comida para os pulmões) e outras infecções devido à imobilidade.

Fonte: Wikipédia

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Vera Garcia

Paulista, pedagoga e blogueira. Amputada do membro superior direito devido a um acidente na infância.

Um comentário sobre “A alimentação na doença de Parkinson

  • Quero parabenizar pela clareza e forma util da exposição. sobre a matéria. Os detalhes são i,importantes na busca de melhor condicionamento para quem sofre do chamado MAL DE PARKINSON. Acrescentaria apenas a inquisição sobre qual o medicamento com maior eficacia no combate que sabemos não é de cura mas sim de minimização dos efeitos no dia a dia.

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