Táxis para cadeirantes já circulam na Capital
Ir para o trabalho, passear, ter independência. Para as pessoas com deficiência de locomoção, um simples passeio pode representar um desafio. Na tentativa de diminuir as distâncias entre essas pessoas e a cidade, 21 táxis adaptados circulam em Fortaleza desde 9 de março. Até maio, mais 19 devem começar a levar e trazer passageiros. Na manhã de ontem, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), lançou o serviço e fez um balanço das políticas de acessibilidade existentes na cidade.
Segundo a prefeita, foi realizada licitação para 380 novos táxis na cidade. Desses, 40 deveriam ser acessíveis. Além de transportar pessoas em cadeiras de roda, os táxis fazem o transporte de passageiros comuns.
O valor da tarifa é o mesmo dos demais táxis. Luizianne cita estatísticas que apontam que cerca de 10% da população na Capital possui algum tipo de deficiência.
O presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Ademar Gondim, afirma que a frota de táxis adaptados é a primeira do Nordeste e a maior do País. Gondim lembrou que os 40 motoristas aprovados na licitação foram treinados para, além de saber manipular o equipamento do táxi, tratar corretamente cada cliente. “Cada um tem sua peculiaridade e tem de ter a sua característica de atenção”, frisou. Carlos Humberto Bezerra é um dos taxistas. “Antes, a locomoção dessas pessoas era difícil. A cadeira não cabia no porta-malas, existia dificuldade”, lembra.
O presidente do Sinditáxi, Vicente de Paulo Oliveira, explica que os taxistas selecionados cumpriram critérios técnicos relacionados ao comportamento na profissão. Para aquisição dos veículos, houve financiamento através do Banco do Nordeste. “O valor, incluindo a adaptação, chega a quase 110 mil reais”, diz.
Segundo a presidente da Associação dos Deficientes Motores do Ceará, Ana Maciel, diz que, normalmente, os taxistas não gostavam de transportar passageiros deficientes. “Era uma dificuldade, principalmente para quem anda em cadeira de rodas, porque eles não querem arranhar o carro e a cadeira não cabe no porta-malas”. Os táxis adaptados, para ela, representam uma esperança. “Agora cabe trabalhar com os motoristas de ônibus, que não param para deficientes. Eles não são sensibilizados”.
E MAIS
– Atualmente, Fortaleza possui 380 ônibus e 15 vans adaptados.
– Os portadores de deficiência de baixa renda têm direito a gratuidade no transporte público de Fortaleza. O benefício é concedido através de um cartão oferecido pela Etufor.
– A solicitação pode ser realizada no posto de atendimento da gratuidade, que funciona na sede da Etufor (Av. dos Expedicionários, 5677), das 8h às 16h30. Mais informações pelo telefone (85) 3131.7834.
– Nos terminais de ônibus, devem ser construídos banheiros adaptados para pessoas com deficiências de locomoção – o de Messejana já possui esses espaços.
– Os motoristas dos táxis adaptados se uniram na cooperativa Acessível e Comum, que atende 24 horas em toda a cidade. O telefone é (85) 3263.9706.
Referência: Portal Mara Gabrilli
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Que conquista maravilhosa…vejo como os veículos de comunicação, no caso a TV, no momento a novela " Viver a vida" contribuem muito para o despertar das pessoas em relação aos nossos deficientes.Parabéns à preffeita pela iniciativa, é um projeto que deve ser copiado pelos demais.
Um beijo grande pra vc querida.
Com certeza, Felina.
Beijos e um ótimo final de semana para você, querida!
e são paulo ?
Olá Edson!
Em São Paulo, segundo informações da Adetax, há 16 veículos Doblò adaptados e a reação dos passageiros é positiva. No entanto, ja ouvi várias queixas a respeito desses táxis. Entre elas, a de que é preciso ligar para esse serviço com 24h de antecedência para que possam atender ao chamado, e quando atendem. Pelo jeito as coisas não são tão simples assim…
Em são Paulo, começou muito bem e eu fui um dos primeiros a usa-los.
Todos reclamavam que não havia demanda e tinha taxis livres o tempo todo então, tome cartãozinho e publicidade na WEB. Veio a clientela, a tal demanda e os taxis acessíveis, como chamam se tornaram, inacessíveis. Há uma central (alô taxi), que se diz organizadora do serviço, que pede um mínimo de 24hrs para atender por agendamento….sem esse agendamento com lápso absurdo de tempo, esqueça…vc vai ficar na mão!
Pegue o numero de taxis (16) e vamos, acreditar que estão todos rodando, São Paulo tem 12.000.000 de habitantes põe aí a quantidade de cadeirantes em potencial, e já terá uma idéia do "têm, mas acabou"
Espero ter jogado luz aí na sua dúvida,
Flavio Caldeira
Muito obrigada pela ajuda e contribuição, Flávinho!