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Bahia é destaque com células-tronco

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Bahia é destaque com células-troncoConsiderado o futuro da medicina moderna, o tratamento com células-tronco já é uma realidade em Salvador. Sob a coordenação do professor e ortopedista Gildásio Dalto, pesquisadores do Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) desenvolveram um tratamento para pacientes com necrose óssea em estágio inicial que possui mais de 90% de eficácia comprovada.

Até o momento, mais de 60 pessoas foram submetidas com sucesso à técnica, o que transformou o estado da Bahia em referência nacional quando o assunto é a aplicação de células-tronco para curar doenças nos ossos.

“Somos procurados por pacientes do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e várias outras partes do país. Hoje, possuímos cerca de 200 pessoas na fila para passar pelo procedimento e realizamos, em média, oito cirurgias por mês. Somos o único centro no Brasil autorizado a realizar este tratamento, o que proporciona um destaque ainda maior para o nosso trabalho”, afirmou o professor Gildásio Dalto, que também é chefe do departamento de cirurgia experimental e especialidades cirúrgicas do hospital.

A técnica utilizada pela equipe do Hospital das Clínicas consiste, de início, na retirada de células-tronco mesenquimais do osso da bacia do próprio paciente. Logo em seguida, o material é injetado nas áreas atingidas pela osteonecrose e substituem as células ósseas mortas.

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Segundo Gildásio Dalto, o método foi retirado de uma pesquisa desenvolvida na França e que já foi implantada em outras partes do mundo, como Inglaterra, Itália, Alemanha, Bélgica e Estados Unidos.

“Em 2005 conseguimos a autorização e a verba do Ministério de Ciências e Tecnologia e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) para instalação do nosso centro de pesquisas. Desde então aprimoramos a utilização das células-tronco em pacientes com necrose óssea em estágio inicial e devido aos nossos resultados, já recebemos visita de especialistas de Angola, Portugal e Argentina”, disse o professor.

Ainda conforme Dalto, os primeiros efeitos do tratamento com células tronco podem ser sentidos pelos pacientes em até 48 horas. “Em um dia ou dois eles já não sentem dor na área afetada pela doença. Depois eles precisam passar por um processo fisioterápico. Em praticamente 30 dias abandonam a bengala e passam a andar normalmente”, garantiu.

A segunda etapa do tratamento, a cargo do fisioterapeuta Paulo Lessa, é considerada tão importante quando a implantação das células-tronco na área afetada pela necrose óssea.

Já acostumado a dor e limitações impostos pela doença, os pacientes precisam reaprender a utilizar todo o potencial do corpo. “Nos primeiros quinze dias eles andam com muletas, depois fazem alguns exercícios para se reeducar. É um processo de reabilitação”, pontuou Lessa.

O tratamento é totalmente custeado pelo Governo Federal e o tempo de espera na fila é de aproximadamente um ano. De acordo com Gildásio Dalto, a pesquisa desenvolvida no Hospital das Clínicas é fundamental não só por curar pessoas que até então tinham a qualidade de vida afetada por uma doença óssea, mas também por promover inclusão social.

“A meta principal da pesquisa é a de recuperar e prevenir o agravo de pacientes com a osteonecrose. Mas também trabalhamos para fornecer saúde para pessoas com menor acesso à informação e atenção básica”, concluiu.

Veja como se cadastrar

Para se cadastrar na pesquisa com células-tronco, os pacientes devem se apresentar no Hospital das Clínicas, no bairro do Canela, munido com o cartão do SUS. Uma triagem é realizada para definir se a pessoa tem o perfil ideal para passar pelo tratamento, que é totalmente gratuito.

ATENÇÃO ESPECIAL– Segundo o professor Gildásio Dalto, a Bahia é um estado onde o surgimento de problemas ósseos são favorecidos pela própria condição genética da população, o que aumenta ainda mais a importância do trabalho desenvolvido no Hospital das Clínicas. “Vivemos em uma região em que os negros são maioria.

E a anemia falciforme, doença que atinge essa parcela da população, facilita a ocorrência de necroses ósseas. Sem tratamento, esse problema pode virar uma osteoporose em poucos anos”, descreveu o médico.

A anemia falciforme é uma doença hereditária que atinge principalmente a população afrodescendente. A doença é caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia.

Futuro da pesquisa – Além de atender pacientes com necrose óssea, a pesquisa com células-tronco desenvolvida no Hospital das Clínicas deve, em breve, atender também crianças com má-formação óssea. “A UFBA pretende montar uma rede de assistência para crianças com deformidades. Dependemos apenas da autorização do conselho superior de medicina”, adiantou Gildásio Dalto.

Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/

Capa da Revista Nordeste - Células-troncoBahia é capa da Revista NORDESTE por destaque em células-tronco

A reportagem de capa da Revista NORDESTE na edição 62, de janeiro de 2012,  com a reportagem “Milagre Científico”, trouxe um assunto que instiga muita gente: a recuperação do movimento de vítimas de acidentes, a partir de pesquisas com células-tronco. O personagem da matéria é o policial Maurício Borges Ribeiro, 47 anos, major da PM em Salvador, na Bahia, que havia ficado paraplégico após um acidente de trabalho há quase uma década.

Após uma cirurgia que extraiu células-tronco da sua bacia para a reconstituição de tecidos, Maurício começou a sentir novamente a sensibilidade da pele e formigamento nas pernas em apenas quatro dias. Mais de um mês depois, já foi possível caminhar com a ajuda de um andador e às sessões de fisioterapia.

Segundo a médica Milena Soares, que participa do projeto, esta fase de estudos só deve acabar no final de 2012. A segurança do procedimento está sendo avaliada. A pesquisa completa ainda deve durar de cinco a dez anos.

Fonte: http://www.wscom.com.br/

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Vera Garcia

Paulista, pedagoga e blogueira. Amputada do membro superior direito devido a um acidente na infância.

11 comentários sobre “Bahia é destaque com células-tronco

  • AMO O SITE DE VCS, GOSTARIA QUE FALASSEM SOBRE A SINDOME DE WEST COM EVOLUÇÃO PARA LENOX GASTAUT, E SE AS CÉLULAS TRONCO TEM ALGUM RESULTADO EM CRIANÇAS NESSA SITUAÇÃO, POIS TENHO UMA FILHA DE 5 ANINHOS COM ESSA SINDROME.

    Resposta
    • Obrigada, Adriana! Vou pesquisar e se encontrar algo interessante relacionado a síndrome, divulgarei.
      Abraços,

      Resposta
  • Cara Vera Garcia.
    Bom dia..Gostaria informações onde eu posso me dirigir para fazer um tratamento de celulas tronco na minha cadelinha paraplegica (raça pug) com um problema de nascimento na setima vertebra.
    Agradeço antecipadamente sua atenção.
    Atenciosamente.. Aurelio Cabral.
    email aureliocabral38@hotmail.com
    Salvador, BA. 20/11/2012

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    • Olá Aurélio,

      Infelizmente, não tenho essa informação.

      Abraços.

      Resposta
  • siria de nazare oliveira ferreira

    gostaria de saber se as celulas tronco tambem podem ser usadas no tratamento do glaucoma?

    Resposta
  • Boa tarde.
    Adorei o site de voces, e, como possuo toxoplasmose na retina, fiquei muito feliz em saber que tem estudiosos tão competentes no nosso País.
    Espero poder ter ótimas notícias sobre a cura da deficiencia que possuo nos olhos.
    abraços

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  • Gostaria muito de saber quando começa as pesquisas com pessoas que ficaram cegas por causa de problemas na retina , pois gostaria muito de colocar meu pai na fila de espera pois ele não vê nada há 04 anos . Aguardo resposta com muita esperança.

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  • Boa tarde. Estou pesquisando sobre tratamento com células tronco e vi que já tem pesquisa para paciente com lesão medular. Minha mãe sofreu um grave acidente de carro no qual ficou com tetraparesia. Gostaria de saber se a pesquisa também está sendo feita nessa área e como faço para incluí-la no tratamento, até mesmo como voluntária

    Resposta
  • Meu pai sofreu um acidente a 9 anos..e teve paralisia do lado direito do corpo, com o passar dos anos, teve melhora através de Fisioterapia.Mas a recuperação total…ou mais avançada o neurologista dele disse que se dá atrás da implantação de células tronco.Gostaria de saber se no Hospital das clínicas teria esse tratamento, mesmo que particular???

    DESDE JÁ AGRADEÇO A ATENÇÃO.

    ATT KEITH.

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  • Gostei muito de saber dessas possibilidades tem previsão de quando começará atender bebê com mielo?

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  • Olá, gostaria de saber se tem tratamento para Ataxia a partir de células tronco??

    Resposta

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