Anac vai rever normas de atendimento a cadeirantes
Em todo o País, Infraero tem apenas 4 ambulifts, equipamentos para tirar pessoas com problema de mobilidade dos aviões
Para garantir os direitos dos passageiros com algum tipo de deficiência física, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou em 2007 uma série de normas que gerem o acesso desses passageiros aos aeroportos e aviões. Tais normas estão sob revisão e, segundo a Anac, deverão ser colocadas sob consulta pública no próximo mês.
De acordo com a resolução, é dever das companhias aéreas assegurar o movimento de pessoas portadoras de deficiência* ou com mobilidade reduzida entre as aeronaves e o terminal. “As empresas deverão oferecer veículos equipados com elevadores ou outros dispositivos apropriados para efetuar o embarque e desembarque nos aeroportos que não disponham de pontes de embarque, ou quando a aeronave estacionar em posição remota”, diz a norma. Além disso, as empresas devem ter funcionários capacitados para atender, acompanhar e acomodar nos assentos os passageiros que necessitam de assistência especial.
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À Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) cabe a responsabilidade de delimitar áreas específicas para o desembarque e embarque de passageiros portadores de deficiência e reservar pelo menos 2% do total de vagas nos estacionamentos.
Elevadores. A Infraero afirma que a prática comum dos aeroportos é de tentar organizar o desembarque para que os aviões que possuem passageiros com deficiência física utilizem as pontes de desembarque e evitem o uso dos elevadores. Mesmo assim, a empresa disponibiliza elevadores especiais – os ambulifts -, que podem ser utilizados pelas companhias. A empresa possui, no entanto, apenas quatro elevadores, espalhados pelos maiores aeroportos do País: Guarulhos e Congonhas em São Paulo, Galeão, no Rio, e Brasília.
Procuradas, as principais companhias aéreas disseram possuir equipamentos suficientes para o transporte dos deficientes. A TAM diz ter ambulifts em Guarulhos e Congonhas e cadeiras motorizadas nos outros aeroportos. AGol, por sua vez, afirmou que 60 cadeiras facilitam a subida e a descida dos passageiros cadeirantes nos aeroportos. Já a Azul disse ter quatro ambulifts – dois em Viracopos , um em Confins e um que entrará em serviço no Galeão neste semestre. Ainda de acordo com a empresa, 12 cadeiras robóticas atendem os demais aeroportos.
Segundo a Anac, o número de pessoas que solicitaram atendimento especial entre 2009 e 2011 estava em torno 2,7% – a maioria eram menores desacompanhados, crianças de colo, idosos e gestantes.
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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai apurar o caso do escritor Marcelo Rubens Paiva. Se a ocorrência de infração for verificada, a TAM pode levar multa entre R$ 10 mil e R$ 25 mil.
A Anac aprovou, em 2007, uma série de normas sobre o acesso de passageiros cadeirantes a aeroportos e aviões. Elas devem ser levadas para consulta pública em agosto.
De acordo com a resolução, é dever das companhias assegurar o transporte de pessoas portadoras de deficiência entre as aeronaves e o terminal. “As empresas deverão oferecer veículos equipados com elevadores ou outros dispositivos para o embarque e desembarque nos aeroportos que não disponham de pontes de embarque, ou quando a aeronave estacionar em posição remota”, diz a norma. Além disso, as empresas devem ter funcionários capacitados para atender esses passageiros.
À Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) cabe delimitar áreas específicas para embarque e desembarque e reservar ao menos 2% de vagas nos estacionamentos.
A Infraero afirma que dispõe de elevadores especiais – os ambulifts -, que são usados pelas companhias. A empresa, no entanto, tem apenas quatro equipamentos, em Guarulhos, Congonhas, Galeão e Brasília.
Procuradas, as principais companhias aéreas disseram ter equipamentos suficientes para o transporte de cadeirantes. / J.D.
Fonte: Estadão
*De acordo com a Convenção da ONU e da legislação brasileira a terminologia correta é “pessoa com deficiência” (Nota do blog).
A ANAC é a mais uma prova cabal que é mais um mecanismo de fiscalização do governo que não funciona, esses acontecimentos quanto a dificuldade enfrentadas pelos deficientes físicos em aeroportos acontecem há anos e nada foi feito.Mas agora depois que um cidadão que aparece na mídia constantemente, agora vai rever normas.
Por que não se manisfestou antes?
Não sabia desses problemas antigos?
Uma vergonha esses aeroportos, fiz uma viagem semana passada e tive que passar para uma cadeira totalmente irregular e depois com a ajuda de 4 pessoas ser arrastado pela escada até o avião!!! VERGONHA!
Tenho uma filha cadeirante de 9 anos e até hoje, ainda consigo carregá-la nos braços da cadeira de rodas dela até a poltrona do avião. Inclusive no aeroporto de Florianópolis é preciso subir a escada do avião com ela no colo…
Outra questão é: Por que no embarque ela é chamada com prioridade, sempre, no desembarque é a última a desembarcar??? No desembarque não existe “prioridade” alguma !!!!