Césio-137, Lembram-se? Acessibilidade Atitudinal!
Caro leitor,
Veja mais uma interessante e reflexiva crônica da amiga e candidata a vereadora da cidade do Rio de Janeiro, Deborah Prates.
Descrição da imagem para deficientes visuais: Num fundo preto, em forma de um trifólio, o mesmo nome que se dá às ervas com folhas em forma de trevo, aparece um círculo amarelo no meio, com três setores circulares amarelos: um na diagonal superior direita, outro na diagonal superior esquerda e o outro embaixo. Esse é o símbolo mundial da radioatividade, onde cada setor representa uma das três radiações (alfa, beta e gama)
“Todos fecham seus olhos quando morrem, mas nem todos enxergam quando estão vivos”. Parafraseando Augusto Cury é que insisto em repetir que o pior cego é o que não quer ver.
Quem tem mais de 25 anos talvez ainda se lembre do medonho acidente ocorrido em Goiânia com o “CÉSIO-137”; entrementes, quem tem menos de 25, muito provavelmente, NUNCA ouviu falar no assunto. Então é que vale lembrar de um aparelho hospitalar que fora descartado num ferro-velho e desmontado por humanos curiosos como se fora um aparelho elétrico de uso caseiro como, por ilustração, um ferro de passar. Distante dessa simplicidade! Em seu interior fora achado uma “lampadazinha” num tom esverdeado prateado, brilhante, linda! Seria a lâmpada mágica de Aladim? Não. Cuidava-se do perigoso elemento atômico/ radioativo de nome “CÉSIO-137”.
Entrevista com Deborah Prates (Candidata a vereadora na cidade do Rio de Janeiro – PSDB)
Cidade Acessível: A história da carochinha se passa na RJ?
Pedalando na Acessibilidade
Por total despreparo dos órgãos do poder público no trato com materiais radioativos, quase 15 dias foi o tempo que levou para que as autoridades em energia nuclear detectasse o problema. Muitas pessoas foram contaminadas e as consequências são, até hoje, apesar do inenarrável sofrimento das vítimas, mal enfrentadas.
Nesse setembro/2012, recordo esses lamentáveis fatos para ratificar aos amigos que cidade acessível é para todos. Ué, o que esse episódio tem a ver com acessibilidade?
Tudo! Nessas minhas andanças pela RJ, em busca da vereança tenho conversado com pessoas que trabalham em clínicas diversas e hospitais para saber se nesses últimos 25 anos receberam orientações – de quem de direito – acerca dos aparelhos manuseados. Perguntei, mais precisamente, se sabiam dizer quais deles continham elementos radioativos, bem como, em caso de desfazimento, para onde deveriam levá-los. As respostas foram NÃO.
Então é que pergunto para vocês que me leem: De que serviu a horrorosa experiência com o “CÉSIO-137”, se os Srs. Gestores/Administradores não capacitaram os técnicos competentes, nem informaram/educaram a população sobre como lidar com riscos de contaminação radioativa?
Brasileiro é Povo solidário nas desgraças, no entretanto, os fatos logo caem no esquecimento. Vale nova indagação: Na possibilidade de novo acidente estaríamos preparados para tomar as medidas de proteção à saúde pública?
Percebam que falo de conscientização da sociedade como um todo e não de medidas voltadas para o seguimento das pessoas com deficiência. Assim, saltam aos olhos de quaisquer mortais que a implementação da ACESSIBILIDADE ATITUDINAL é para ontem! Ah, outra pergunta: A quem interessa educar/informar a população? Mais outra: Somos ou não os culpados por tudo de mal – culturalmente falando – que nos acontece?
Insisto que é a ACESSIBILIDADE ATITUDINAL o carro-chefe das acessibilidades. Sei que o meu trabalho, por enquanto, é de formiguinha. Nada obstante, creio nele! Novamente, para a reflexão de todos deixo o pensamento de Abraham Lincoln. “Ninguém é suficientemente competente para governar outra pessoa sem o seu consentimento”.
Queridos amigos, creiam no potencial da mulher com deficiência e votem 45.200, em DEBORAH PRATES, nesse outubro/2012.
Carinhosamente.
DEBORAH PRATES