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Oito dicas para pessoas com deficiência física viajarem

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Hotéis adaptados e roteiros para aproveitar a temporada

Se há pouco mais de 10 anos encontrar um cadeirante de mala pronta para viagem era fato inusitado, a realidade agora é outra.

Ainda bem. Cada vez mais, hotéis, pousadas e agências de turismo estão abrindo os olhos para o potencial do turista de cadeira de rodas.

Antes tratado na improvisação e na boa vontade, hoje em dia o turista cadeirante é visto como uma pessoa economicamente ativa e que exige tratamento diferenciado -além de estar disposto a pagar por isso.

De olho nesse mercado, várias agências já se especializaram em dar atendimento ao turista cadeirante, incentivando donos de hotéis e lugares turísticos a abrirem suas portas para esse público.

Para ajudar, a Embratur lançou até mesmo um Manual de Recepção e Acessibilidade de Pessoas Portadoras de Deficiência a Empreendimentos e Equipamentos Turísticos. Sua utilização, apesar de não ser obrigatória, dá uma boa noção das mudanças que devem ser feitas nos projetos hoteleiros.

Mas os motivos de alegria acabam por aí. Ainda não existe um guia de viagens do Brasil para portadores de deficiência que compile todas as informações para o turista cadeirante. Por isso, a maior parte das informações ainda é passada no boca-a-boca e nas dicas de outros viajantes. Encontrar um hotel com quarto adaptado, guias treinados e atrações que contem com o mínimo de acessibilidade é uma missão que ainda exige horas de telefone e de pesquisa pela Internet -e muita dose de paciência.

Portanto, na hora de programar o destino das férias, antecipação é a palavra-chave para não transformar o período de descanso em um tremendo abacaxi.

Como o número de hotéis que oferecem quartos adaptados ainda é escasso, quem deixar para a última hora corre o risco de ficar sem lugar para dormir. Em lugares badalados no inverno, como Campos do Jordão, a oferta de hotéis é mínima, e a procura, máxima. Ganha quem chegar primeiro.

SÃO PAULO

* Campos do Jordão (180 km de SP)
Destino mais badalado do inverno paulistano, Campos do Jordão é ideal para aqueles que querem sentir um pouco da Europa gastando em reais. O programa ideal é escolher um dos charmosos restaurantes do centro turístico com mesas na calçada -o que ajuda a esquecer problemas com acessibilidade dos estabelecimentos comerciais.

Experimente tomar um chocolate quente a dois ou mesmo dividir um fondue com os amigos numa noite fria. Se você não curte lotação, evite finais de semanas prolongados e feriados.

Como chegar:
São duas horas de carro. Vá pela rodovia Ayrton Senna até o entroncamento com a Dutra. Depois, siga pela Floriano Rodrigues até chegar a Campos.
Dica: o Grande Hotel Senac Campos do Jordão – Rua Frei Orestes Girardi, 3.549, Campos do Jordão – SP. Central de reservas: 0/xx/11/3673-1311
http://www.grandehotelsenac.com.br/
Conta com dois apartamentos bem adaptados para deficientes.

* Brotas (240 km de SP)
Capital do ecoturismo, a cidade abriu as portas para o cadeirante que gosta de emoção. Arborismo e rafting são algumas das atividades que podem ser realizadas por portadores de deficiência. As atividades, organizadas pela agência EcoAção, contam com a participação de guias treinados especificamente para atender portadores de deficiência. Na primeira experiência, realizada há dois anos, 10 amputados desceram os rios de Brotas dentro de bóias de rafting.

Como chegar: pela Anhanguera ou Bandeirantes, siga até Limeira. De lá, siga pela SP- 310 e acompanhe as placas.
Dica: EcoAção – R. Mário Pinotti, 205, Brotas – SP, 0/xx/14/3653-8040
http://www.ecoacao.com.br/
Reserva pousada adaptada para portadores de deficiência. Na cidade, vença o medo e encare pelo menos um desafio: rafting completo, arborismo (verticália).

BAHIA

* Itacaré
Um dos mais novos destinos da Bahia, a pequena Itacaré está se tornando a Meca daqueles que procuram aliar a paz e o sossego das praias baianas com a beleza dos antigos casarões. Além disso, o ecoturismo começa a surgir como nova opção de aventura. Para quem procura tranqüilidade, é bom evitar os meses de alta temporada, quando as praias lotam.

Como chegar: de São Paulo, há vôos partindo direto para Ilhéus. A estrada BA-001 liga as duas cidades.
Dica: a agência FreeWay Adventures – tel. 0/xx/11/5088-0999 – http://www.freeway.tur.br/

* Maraú
Considerada uma das mais belas praias do Brasil, Maraú é hoje um dos destinos mais comentados nas revistas de turismo. Não é à toa: com praias belíssimas, de areias cristalinas e águas quentes, o lugar agrada a qualquer um.

Como chegar: a partir de Ilhéus, pela BR 030.
Dica: o acesso é complicado, por isso, usar os serviços de uma agência pode economizar bastante tempo e paciência. A FreeWay Adventures – Tel. 0/xx/11/ 5088- 0999 – http://www.freeway.tur.br/

MINAS GERAIS

* Araxá (380 km de BH)
As águas sulfurosas e radioativas da cidade se tornaram o principal motivo para visitar Araxá. Com propriedades terapêuticas, as águas da estância são o motivo de orgulho da população local: até mesmo Getúlio Vargas teria curado uma gastrite com as águas de lá.

Como chegar: há vôos regulares partindo de São Paulo para a cidade mineira.
Dica: a agência Ortega Tour – tel. 0/xx/11/ 3256-5530 – http://www.ortegatour.com.br/

ARGENTINA

* Buenos Aires
Os argentinos se orgulham da origem italiana e espanhola de seu povo. O reflexo dessa imigração se encontra espalhado por toda a capital, Buenos Aires: são centenas de cafés e edifícios com arquitetura que mais lembra uma capital européia. Com a desvalorização do peso, os preços estão bem convidativos. Aproveite para encher a mala de compras e renovar o guarda-roupa.

Como chegar: de São Paulo, há vários vôos diários para Buenos Aires.
Dica: problemas de acessibilidade aliados com obstáculos no idioma espanhol pedem uma agência especializada. A Ortega Tour – tel. 0/xx/11/3256-5530. http://www.ortegatour.com.br/

Fonte: http://www.morrodesaopaulo.com.br/

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Vera Garcia

Paulista, pedagoga e blogueira. Amputada do membro superior direito devido a um acidente na infância.

3 comentários sobre “Oito dicas para pessoas com deficiência física viajarem

  • Essa sua preocupação com a acessibilidade é sempre muito importante. Seu blog merece destaque!

    Beijos

    Resposta
  • Obrigada, Tahiana! Esse é assunto que preocupa muito a todos nós, pessoas com deficiência. Um dia ainda chegaremos lá…

    Beijos, querida!

    Resposta
  • Tenho 58 anos, poliomielite na infância que apesar das sequelas MSE e MID,não me atrapalharam em levar uma vida sem barreiras.Cadeirante hã 4 anos, após 5° ,cirurgia lombar, que afetou a perna normal.Agora resolvi passear.Fui a Bonito e cheguei a flutuar.Deu a maior canceira no meu marido, motorista da vam, fotógrafo, guia, enfim, um alvoroço.Todos muito amáveis e solicitos.Acredito que se nós impusermos a nossa presença, os locais vão ficando envergonhados com a falta de estrutura e acabam melhorando a acessibilidade.
    Como sou “nova” no meio, preciso Aprender muito com vocês.
    Paradas acessíveis nas estradas, hotéis, bares ,restaurantes e pontos turísticos.

    Alguém já foi no Parque dos Sonhos?

    Aguardo contato

    margarethmjmourao@gmail.com
    .

    Bjim!

    Resposta

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