Cadeirantes da UEG pedem cumprimento da Lei da Acessibilidade
A Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela Presidência da República, estabeleceu critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência com mobilidade reduzida. Desde então essas pessoas que precisam se locomover utilizando rampas, por exemplo, travaram uma luta para que esse direito seja conquistado na prática. Em Jaraguá vários prédios públicos ainda não dispõem de acessibilidade para cadeirantes, um deles é o da UEG (Universidade Estadual de Goiás), essa semana alunos procuraram a Folha de Jaraguá, para reclamar do problema.
De acordo com o ex-vereador, Marquinhos Gonçalves, que é cadeirante e estuda na instituição, alguns alunos o procuraram para que ele fosse o porta voz e reivindicasse esse benefício. “Somos 5 pessoas portadoras de deficiências físicas que necessitam da acessibilidade. A Lei nos garante isso, mas a nossa Universidade ainda não fez as adaptações, então nossa reclamação é no sentido de que providenciem essa questão” frisou.
Quando em campanha pela direção da UEG, o hoje Reitor, Professor Haroldo Reimer, fez o compromisso de resolver a questão. Ele tomou posse em novembro do ano passado. “Ele nos prometeu solucionar o problema, até agora nada foi cumprindo, embora compreendemos que ele tomou posse recentemente, mas aguardamos que sejam tomadas essas providências. Ele mesmo disse a vários acadêmicos que se nada fosse feito poderíamos procurar o Ministério Público” disse Marquinhos.
De acordo com o ex-vereador, a questão da acessibilidade não está ligada apenas aos cadeirantes, mas a todas as pessoas que tem dificuldades de locomoção. “Temos lá a questão das gestantes, alunas que muitas vezes tem que levar o seu bebê no carrinho, além de pessoas que fazem uso de muletas ou andadores” exemplificou.
Marquinhos disse que estuda no primeiro piso, mas eventualmente quando há trabalhos, precisa da solidariedade de amigos, funcionários da UEG e dos alunos para carregá-lo até o segundo andar. “O que me deixa triste é saber que essa unidade foi construída após a criação da lei de acessibilidade e o projeto dela não contemplou essa questão. Quero frisar aqui, que a direção da unidade de Jaraguá, faz o que pode para nos ajudar, mas depende da reitoria para resolver o problema” concluiu.
Fonte: Folha de Jaraguá