Feira para pessoas com deficiência traz cadeira de rodas 'off-road'
(Se as calçadas brasileiras fossem boas e dentro das normas, o que deveria ser garantido por lei, não haveria necessidade da criação de uma cadeira de rodas como a “off-road”. Custa de 8 a 12 mil! – nota do blog)
Por Jairo Marques (Folha de S. Paulo)
Enquanto a Prefeitura de São Paulo exibiu uma cidade acessível e sustentável, e o governo do Estado mostrou um projeto de transporte totalmente inclusivo, a iniciativa privada apostou na realidade urbana; criou, entre outras invenções, uma cadeira de rodas “off-road”.
Com suspensão eletrônica inspirada na Ferrari para superar calçadas esburacadas e obstáculos em vias públicas, a cadeira high-tech e outros equipamentos para pessoas com deficiência foram apresentados na Reatech, maior feira de reabilitação do país, aberta ontem na capital.
A “Strix” foi testada em Parati (RJ), cidade histórica conhecida pelas ruas de pedra.
“Quando eu ia para o trabalho [em São José dos Campos, SP], sempre via um cadeirante parado na porta de casa. Perguntei a ele porque não saía e ele respondeu que era impossível devido à qualidade das calçadas. Isso mexeu comigo”, disse o engenheiro Breno Horta, um dos três idealizadores do projeto.
Com o sistema eletrônico, a cadeira vai se moldando ao relevo e evita que o cadeirante fique parado no buraco e tenha seu corpo projetado para a frente, caindo no chão.
A “Strix” teve apoio de R$ 1,4 milhão da Finep (Agência Brasileira da Inovação), levou dois anos para ficar pronta e deve estar no mercado até o segundo semestre, com preço equivalente ao de cadeiras importadas, avaliadas de R$ 8 mil a R$ 12 mil.
“Todo cadeirante tem receio ir para a rua com medo de cair em buracos. É uma invenção útil”, diz o esportista Evandro Bonocchi, tetraplégico.
CIDADE IDEAL
A prefeitura paulistana levou à Reatech estandes que simulavam uma cidade ideal.
Os custos da instalação de 400 m² não haviam sido fechados até ontem, mas envolveram uma réplica do Masp, de uma área verde, de um rio limpo e de outras estruturas urbanas que estariam preparada a atender a todos os públicos de forma sustentável.
“Sou otimista para fazermos uma cidade assim. Está na hora de uma virada na realidade das pessoas com deficiência”, diz a secretária municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marianne Pinotti.
Ela anunciou na feira a criação de uma “central de libras”(língua brasileira de sinais), que deverá ter cerca de 50 postos na cidade.
Por meio da central, uma pessoa surda que fale a língua brasileira de sinais poderá encontrar um intérprete que irá apoiá-lo em atividades pontuais, como registrar um boletim de ocorrência ou marcar uma consulta médica.
O governo de São Paulo está representado na feira com duas estruturas: uma institucional e outra exibindo réplicas de vários meios de transporte públicos que permitem acesso a todos, como vagões de metrô, balsas, ônibus.
A acessibilidade a todos os deficientes deve ser em sua totalidade,não apenas num sentido ou noutro.Assim,só poderemos afirmar que estamos caminhando realmente em direção à acessibilidade quando: todos os custos de quaisquer materiais e tratamentos destinados a todos os tioos de deficientes permitirem o pleno aproveitamento destes,independente de suas condições financeiras; todas as cidades estiverem totalmente facilitadas e projetadas para que todos os deficientes possam viver com a máxima desenvoltura,independência e segurança possíveis; houver uma educação maciça no quesito deficiência-todos os tipos de deficiência-para que cada indivíduo,no mundo inteiro,tenha a plena consciência das deficiências e do lugar do deficiente na sociedade e,com esta consciência,saber tratar com respeito,dignidade,naturalidade,sabendo que
cada deficiente é um ser como qualquer outro,tem o seu valor como qualquer outro,e não merece ser rejeitado,assim como nenhum ser existente merece ser rejeitado, sabendo também que todos os humanos, de alguma forma,são deficientes e,ninguém nunca está livre de sofrer um problema maior e necessitar de cuidados especiais.Acredito que possam existir mais itens a serem incluídos nesta lista,os quais não consigo pensar,no momento.Quem quiser está livre para incluir.Mas,se todos, no mundo todo,se esforçarem para atingir estas metas mencionadas,vejo um caminho largo rumo à verdadeira acessibilidade.
Desejo que me informe tudo que apareça de novo no mercado referente a acessibilidade.