Marcelo Rubens Paiva é multado pela CET em vaga para deficiente que ajudou a criar
O escritor Marcelo Rubens Paiva, de 54 anos, autor de livros como “Feliz Ano Velho” e “Malu de Bicicleta” e colunista do jornal O Estado de S.Paulo, decidiu escrever sobre o trânsito de São Paulo. Dessa vez, no entanto, abriu mão dos atributos de ficcionista. Tratou, sim, da realidade de um cadeirante nas ruas da capital paulista. Multado três vezes por estacionar o carro em vagas para pessoas com deficiência, Paiva intrigou-se, uma vez que sempre exibiu a licença para portadores de necessidades especiais.
Revoltado com a situação, o romancista publicou um desabafo no blog hospedado no portal Estadão.com.br, num texto intitulado “Bullying municipal”. “Estranhamente, comecei a ser multado, mesmo tendo a licença. Não foi uma. Foram três vezes. Em vagas que me são familiares. Sim, nos horários em que parei. As placas dos carros que uso estão corretas. Os carros estão no meu nome. A licença, tirada na Prefeitura, idem. Estou lá cadastrado. Não checaram.”
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Na última autuação, datada de fevereiro e testemunhada por ele, parece ter descoberto o que acontece. Depois de parar o carro na altura do número 709 da Alameda Tietê, nos Jardins, na zona sul, numa vaga indicada para deficientes, passou pela rua uma viatura da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Ele estava na calçada do Bar Balcão, conversando com amigos. Reparou no veículo oficial, dentro do qual um marronzinho olhava para o carro.
“Acenei para o guardinha e falei: ‘Opa, o carro é meu e a licença está no para-brisa’. Dei um tchau e ele foi embora. Mas depois chegou essa multa”, disse nesta quarta-feira, por telefone. O incômodo do escritor é, principalmente, pelo fato de o agente de trânsito não ter descido da viatura para checar se o documento que o permite estacionar ali de fato se encontrava à mostra. “Não estava chovendo, não havia nenhum impedimento. Estão fiscalizando uma coisa de forma errada e punindo quem está certo.”
O autor recorreu, até mesmo enviado fotos do carro com a licença, mas, há poucos dias, recebeu a resposta do Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV), da Secretaria Municipal dos Transportes: o pedido de revisão da multa foi rejeitado. Considerada leve, a multa custa R$ 53,20, além de três pontos na carteira.
“O que eu percebi é que os guardinhas que ficam fazendo essas rondas não saem do carro para ver a licença. Eles acham que ninguém tem licença, que todo mundo para por malandragem. É o cúmulo da incompetência dupla.” Paiva foi a primeira pessoa de São Paulo a receber a licença que autoriza deixar o carro em espaços dedicados a portadores de deficiência.
“Fui eu que tive essa ideia, ainda era a administração do Paulo Maluf.” Na cerimônia de inauguração das primeiras vagas para portadores de deficiência, em meados dos anos 1990, na Praça Benedito Calixto, em Pinheiros, na zona oeste, ele recebeu a primeira licença da cidade. A Prefeitura informou que “o condutor não portava o cartão Defis em área visível no carro”. O comunicado acrescenta que o recurso do escritor à multa não era “uma defesa baseada em formalidades do auto de infração”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo
O problema que este cartão que foi criado no CONTRAM, na verdade não resolve o problema dos estacionamentos especiais para os deficientes que conduzem seus veiculos. Já oficializamos ao CONTRAM, no Caso a Associação dos Deficientes de Linhares devido a forma incorreta que o Cartão é usado. O cidadão que não quer ser identificado como deficiente mas que usar o direito do deficiente, coloca o CARTÃO no painel do carro e quem precisa de estacionar não vê o cartão no painel e não tem como saltar do carro no meio da rua para se certificar se ele tem ou não um cartão no parabrisa ou no painel do veiculo. Tem que se usar e exigiir o simbolo Internacional e Acesso na Traseira do veiculo.