Poder ilimitado: skatista amputado Buddy Elias
A matéria abaixo foi extraída do site Amputados Vencedores.
“Se você cair, pode quebrar a perna e ir pro hospital. Se eu cair, posso consertá-la.” Essa estranha e bem-humorada frase foi dita pelo skatista norte-americano Buddy Elias, 34 anos. Aos 29, Elias teve parte de sua perna amputada devido à doença de Buerguer, causada pelo consumo de tabaco e que tem como conseqüência principal a degeneração dos pés e mãos. Logo que ganhou uma prótese de fibra de carbono como nova perna, Elias recebeu o telefonema de um amigo de infância. “Você ainda anda de skate?”, indagou. Elias pegou a esposa e a filha, foi até uma loja, comprou um skate novo e se encontrou com o amigo num parque. Desde então, não deixou mais de andar de skate e ainda se aventura no wakeboard e no snowboard.
As histórias dos cento e poucos atletas do primeiro Extremity Games podem ter um começo triste, mas a superação que todos encontram, seja em cima de um skate ou escalando uma parede de sete metros, é uma vitória.
Nos dias 29 e 30 de julho, em Orlando, Estados Unidos, Elias e mais cem atletas participaram da primeira edição do Extremity Games, uma espécie de X Games para deficientes físicos. Além do skate vertical, aconteceram provas de wakeboard, BMX e escalada.
A idéia de se fazer uma competição de esportes radicais para atletas com próteses veio de Eric Robinson, presidente da College Park Industries, uma empresa que fabrica próteses voltadas a esportes como surf, skate e escalada. Sempre perguntavam a ele onde os amputados poderiam colocar à prova seus treinos e suas manobras. “Havia público, mas nenhum evento feito especialmente para que eles pudessem interagir”, diz.
Após o término do Extremity Games, toda a estrutura montada para o evento foi colocada à disposição dos deficientes físicos que queiram praticar esportes radicais. “O espaço servirá de clínica para as quatro modalidades disputadas neste ano”, comemora Eric. Além de promover o primeiro evento desse tipo, a organização colocou um belo incentivo aos atletas: uma premiação total de US$ 25 mil, sendo US$ 5 mil para cada primeiro colocado. A competição com o maior número de inscritos foi a escalada, disputada por 50 atletas numa parede de sete metros de altura.
No skate, Elias não levou o prêmio, mas deixou em palavras o espírito da competição. “Meu objetivo é mostrar que somos nós que colocamos limitações – além daquelas que deixamos que outras pessoas nos façam crer que existam. E o esporte é uma maneira de provar como elas estão erradas”, sentencia.
Fonte: http://gooutside.terra.com.br/
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