Segregação no segmento de pessoas com deficiência: Carta em resposta a um político
Qualquer semelhança é mera coincidência
Nobre candidato,
Com o aumento dos acidentes de trânsito e esportes chamados de radicais e outras fatalidades, têm aumentado o número de pessoas com lesão medular (chamados de cadeirantes). As pessoas envolvidas nesta questão, a maioria bem esclarecida e bem sucedida financeiramente, buscam com mais afinco o cumprimento de seus direitos. Cobrando com mais empenho a questão da acessibilidade nos grandes centros das cidades, vagas para estacionar veículos em centros de maior frequência e reabilitação em Instituições de alto padrão. Uma parcela se envolve em partidos políticos, e de certa forma acabam tendo participação em cargo de alto escalão. Ressalto que existe dentro do universo da pessoa com deficiência várias patologias e a maioria são de pessoas de classe social de baixa renda e com a “falta desta conscientização” estas pessoas ficam na dependência de políticas públicas. Uma parte de políticos que dizem representá- los, não se esforçam nestas cobranças junto ao poder executivo nem mesmo criando projetos que beneficiem este segmento. Eles apenas criam leis de conscientização que apenas funcionam no papel, sem a devida fiscalização. Devido a estes fatores, as classes mais favorecidas, não têm interesse nas questões básicas em prol do coletivo, ou seja, não há solidariedade.
Candidato, na época que nos conhecemos foi um aprendizado importante para mim. Percebia que tínhamos relativamente os mesmos interesses e percebia que quando debatíamos um tema relacionado a uma reivindicação, na maioria das vezes, ficávamos num impasse, mas tudo acontecia independente da associação em que participávamos.
Vejo hoje nas redes sociais, me baseando nos “1000 Amigos” que tenho e os mesmos ligados aos segmentos, que existem divisões com “posturas de segregações”, cada um visando seu interesse pessoal, principalmente quando envolve a questão da sobrevivência… Acredito que pessoas com deficiência de classe social alta, formados profissionalmente e também outra parcela de famílias bem sucedidas financeiramente, não farão algo a outro segmento sócio econômico inferior.
Quanto a ser um representante parlamentar: você sabe como funciona nosso sistema político partidário, e eu particularmente, acho ultrapassado e perverso, pois tudo é um jogo de interesses e mesmo que você tenha vontade política de fazer algo para o segmento, você vai ser barrado no discurso de falta de verba e outros. Isto prova que tudo vai ficar como está. Muitas promessas e projetos que sempre serão protelados, criando se assim uma falsa expectativa aos segmentos que se sentem prejudicados. Creio que tudo isto acontece, devido ao fato de ficar “amarrado” e subordinado ao partido político.
Candidato sei que tem boa intenção e infelizmente é assim que as coisas funcionam. Hoje tenho outra filosofia em relação à política e partidos: por outro lado tento dar minha contribuição através de artigos que escrevo e também faço comentários em matérias em que acho necessário, criticando ou elogiando, no entanto sempre procurando me manter neutro em campanhas políticas e partidárias. Procuro manter essa postura, visando o benefício de todas as camadas sociais.
Peço desculpa por não participar deste processo, pois recebi outros convites e todos tiveram a mesma resposta. Mas quem sabe na época da eleição eu possa contribuir na divulgação dos candidatos que eu achar que sejam honestos e coerentes em seus projetos.
Na possibilidade de se candidatar, não se esqueça de lutar e realizar seu projeto e pedir o comprometimento do seu partido.
Desejo sucesso e continuamos amigos.
Abraço!
Janeiro de 2014
José Deoclécio de Oliveira
Veja:
Amigo, só tenho que concordar com você, ainda mais porque colaborar com um ou outro candidato é se comprometer com este ou aquele partido. Sabemos bem como se comportas as campanhas políticas todas embasadas em promessas que jamais serão cumpridas e caem no esquecimento depois de serem eleitos. Em seguida perdemos os canais de contato com esses políticos pois fecham suas páginas nas redes sócias, não nos atendem ao telefone e seus assessores não nos deixam chegar até eles. Em suma, viram deuses e o “Olimpo” fica impossível ser atingido. Já ouvi de uma tal senhora, já na câmara, que ela estava lá para atender a todos os brasileiros e não apenas para as demandas das pessoas com deficiência. Outro retrucou que as reivindicações não poderiam ser atendidas porque não passava de mero paternalismo. A seriedade e comprometimento de alguns candidatos se naufraga no estrelismo e glamour de uma farra política que fica muito a dever às expectativas geradas no momento de pedir nosso apoio. Parabéns pela coragem da resposta, se bem que era bem isso que todos deveriam ouvir.
Grande Deoclécio gostei muito do texto e você tem toda razão quanto às cooptações e as amarras que os partidos e suas coligações partidárias impõem aos políticos eleitos, mas tem um segredinho que os parlamentares podem fazer e não o fazem, lhe garanto que esse segredinho pode melhorar a vida de todas as pessoas sem exceção, e para a sua surpresa não depende de apresentar nenhum projeto de Lei basta o parlamentar tomar as atitudes certas, dentro das atribuições de um legislador eleito além de apresentar e votar projetos ele é um fiscal das Leis e na atualidade entre tantos parlamentares não os vejo eles fiscalizarem e cobrarem o cumprimento de suas próprias Leis, isso porque prendem seus rabinhos com os governos.
Quanto à união dos políticos eleitos pelo bem comum seria muito bom e um sonho lindo se isso viesse a acontecer, te adianto que eu particularmente jamais me aliaria a certos politiqueiros (as) falsos (as) mentirosos (as) somente votaria favorável em seus projetos com a convicção de que não seria mais uma enganação como muitos projetos que conhecemos lindos no papel e inexequível na pratica, respeito a sua opinião mais vejo que embora você seja muito inteligente conhece muito pouco de como um bom político deve agir no meio das “COBRAS”, eu acredito que através da política mesmo com todas as amarras podemos fazer muito pela população, dizer sou A partidário ou que todos os políticos não prestam ou são iguais é um grande erro de parte da população, Tudo passa por decisões políticas e queiram ou não sempre vai ter alguém decidindo por aqueles que se omitem ou se acovardam diante das mais diversas questões a serem debatidas e resolvidas.
Penso que bons políticos não devem participar de negociatas, bons políticos devem fazer tudo dentro da maior transparência possível e ouvindo a voz do povo, afinal é para o povo que os políticos devem trabalhar.
Meu nome esta a disposição do PRP se nas convenções do partido entenderem que devo ser candidato a algum cargo vou encarar de peito aberto e de cara limpa mesmo sabendo que as chances de ser eleito são muito pequenas devido a falta de recursos financeiros para fazer a população saber da eventual candidatura, mas só de ter o prazer de tirar muitos votos dos politiqueiros desonestos já vale a pena concorrer.
O mandato do parlamentar deve ser pautado pelo povo, mas o parlamentar deve dar prioridade às questões prioritárias que garantam a vida de todos com dignidade, coisas essas que a grande maioria não prioriza.
Deoclécio se um pré-candidato apresentar seus projetos a população antes da hora pode ter certeza de que os espertalhões vão mudar alguns itens e protocolar no lugar do pré-candidato e depois só vai colocar em discussão para se auto-promover-se sem a verdadeira intenção realizar aquilo, política não é coisa simples.
Sei que não posso consertar o mundo, mas tenho a certeza de que posso ajudar a melhora-lo muito assim como venho fazendo em minha trajetória de ativista social, se cada um de nós fizer um pouquinho de bem ao próximo estaremos melhorando o mundo.
Vera Garcia obrigado por todo bem que você faz a nossa sociedade com esse seu trabalho neste blog maravilhoso, Love TU rsrs bjsss.
Obrigada, querido! Beijos!