Educação Inclusiva

Professora aborda legislação sobre inclusão de pessoas com deficiência

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“NÃO HAVERÁ SOCIEDADE INCLUSIVA, ENQUANTO NÃO TIVERMOS PESSOAS INCLUSIVAS”, afirma a palestrante.

por Susana Sarmiento

A professora Karina Pagnez, fez a palestra de abertura na 5º Semana de Inclusão Educacional. O evento aconteceu de 16 a 20 de agosto, no Senac Consolação.

Pedagoga e doutora em Psicologia da Educação, Karina iniciou sua explicação falando do conceito de normalização, mostrando que esse princípio traz, implicitamente, o conceito de normalidade (um atributo do sujeito a partir de critérios externos e sociais). Dessa forma, o normal e o anormal não se encontram dentro da pessoa, mas naquilo que os outros percebem nesse indivíduo. “Esse conceito é compreendido da seguinte forma: alguma coisa é normal. E o que é o normal? Aquilo que faz parte da norma? Isso está dentro de mim ou fora? Isso é uma convenção social e não tenho que encaixar dentro dos meus padrões. Preciso lidar com as diferenças. Hoje temos dois grandes monstros: o preconceito e a discriminação“, alertou.

A pedagoga afirmou que o conceito inclusão também é social. “Começou nos Estados Unidos na década de 1960. Antes disso as pessoas diferentes eram classificadas como loucas”, contou a professora.

“Quem nunca se sentiu excluído? Quem nunca viu numa vaga de emprego que é preciso ter boa aparência e o que é isso? A mulher precisa ser magra, alta e bonita. Estamos falando da inclusão de todos, independente de orientação sexual, de origem, de etnia, e todos nós temos histórias de superação. Para o movimento da inclusão das pessoas com deficiência, significa torná-las participantes da vida social, econômica e política, assegurando e respeitando seus direitos na sociedade, no Estado e no poder público.”

Na lei
A professora afirmou que direitos da “Declaração Universal dos Direitos Humanos”, de 1948 são importantes. “É uma conquista. A nossa sociedade precisa pensar em como atender a essas demandas. Quem aqui não tem nenhuma necessidade especial? Quem aqui pode dizer que é totalmente normal? Ninguém”, defende Karina.

Mais específica é a “Declaração dos Direitos das Pessoas com Deficiência”, de 1975. Karina explicou que essa legislação pontuou que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos civis e políticos dos demais indivíduos. “As pessoas com deficiências têm o direito de desenvolver capacidades que as tornem, tanto quanto possível, autoconfiantes. O direito ao tratamento médico, psicológico e reparador, incluindo próteses e órteses, visando a sua reabilitação, bem como o acesso a serviços que as habilitam a desenvolver capacidades voltadas para sua integração ou reintegração social”.

A palestrante comentou também que esse documento precisa ser entendido dentro das condições reais, não se caracteriza pela simples extinção ou retirada de serviços ou auxílios especiais.

Fonte: http://www.setor3.com.br/ (23/08/2010)
Referência: Rede Saci

Veja também nesse blog:
Discriminação e preconceito na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
Mitos e preconceitos em torno do aluno com deficiência na escola regular e na escola especial
Inclusão ou segregação?
A luta contra o preconceito

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Vera Garcia

Paulista, pedagoga e blogueira. Amputada do membro superior direito devido a um acidente na infância.

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