Sugestão Cultural – Filme: Mary e Max
A Sugestão Cultural de hoje é a animação “Mary e Max” com o título original “Mary and Max”. Trata-se de uma animação que aborda assuntos como amizade, alcoolismo, síndrome de asperger, solidão, bullying… Tudo é abordado de uma forma inteligente e irônica. Vale a pena assistir!
Sinopse
Uma história de amizade entre duas pessoas muito diferentes: Mary Dinkle (voz de Toni Collette), uma menina gordinha e solitária, de oito anos, que vive nos subúrbios de Melbourne, e Max Horovitz (voz de Philip Seymour Hoffman), um homem de 44 anos, obeso e judeu que vive com Síndrome de Asperger no caos de Nova York. Alcançando 20 anos e 2 continentes, a amizade de Mary e Max sobrevive muito além dos altos e baixos da vida. Mary e Max é viagem que explora a amizade, o autismo, o alcoolismo, de onde vêm os bebês, a obesidade, a cleptomania, a diferença sexual, a confiança, diferenças religiosas e muito mais.
Veja o que disse a crítica de cinema Ana Martinelli, do Cineclick a respeito da animação.
Se você gosta de animação provavelmente já viu ou pelo menos ouviu falar em Adam Elliot. Em 2004, o roteirista, animador e diretor ganhou o Oscar de Melhor Curta de animação por Harvie Krumpet.
Exibida no Anima Mundi do mesmo ano, a história do solitário e desajustado imigrante polonês foi agraciada com o prêmio de Melhor Filme escolhido pelo público brasileiro.
Antes do Oscar, o australiano realizou a trilogia Uncle (1996), Cousin (1998) e Brother (1999) respectivamente Tio, Primo e Irmão – enquanto estudava na Victorian College of the Arts em Melbourne.
Mary (quando criança a voz é de Bethany Whitmore, na idade adulta, Toni Collette) é uma menina australiana de oito anos. Max (Philip Seymour Hoffman) é um judeu novaiorquino quarentão. Nenhum dos dois se encaixa muito bem no ambiente em que vivem, são solitários e o mundo lhes parece intrigante e incompreensível.
O diretor opta por uma narrativa divida em blocos, na qual apresenta os personagens separados, une-os quando as cartas começam a ser trocadas e marca o tempo que passa. Narrativa simples, mas, no começo, tem ritmo irregular. Mas, através da sensibilidade de Adam Elliot em criar o mundo de Mary e Max, sempre separados e descobrindo o outro à distância, somos imersos em reflexões sobre o quanto o ordinário da vida pode ser incrível quando se dá atenção aos detalhes.
Após assistir ao filme, fiquei ainda mais curiosa em saber que a trama é baseada em fatos reais. Imaginava se tratar de um romance, mas na verdade, o diretor usou sua própria experiência (com licenças poéticas e criativas) e de um amigo com o qual se correspondeu por muitos anos.
Outra coisa legal de se ressaltar é a importância de uma animação para adultos chegar às salas comerciais de cinema.
Informações Técnicas
Gênero: Animação
Data de Lançamento: 2010-04-02
Duração: 88 minutos.
Diretor: Adam Elliot
Atores principais: Eric Bana, Toni Collette, Philip Seymour Hoffman, Bethany Whitmore, Barry Humphries
Produtor: Melodrama Pictures
Escritor: Adam Elliot
Música: Dale Cornelius
Assista o trailer