Austríacos desenvolvem tablet voltado para deficientes visuais
Usando tecnologia de “líquido inteligente” para converter texto em braille em seu display, BLITAB promete ser de grande utilidade
Existe atualmente uma vasta quantidade de informação disponível ao nosso alcance, mas uma tela de toque padrão não tem muita utilidade para os deficientes visuais. A austríaca BLITAB quer mudar isso, pretendendo lançar um tablet que propõe um método de conversão de texto em braille na tela.
“BLITAB é o primeiro tablet tátil do mundo para deficientes visuais,” afirma a empresa. “Nosso tablet é um dispositivo de última geração para leitura e escrita que exibe uma página inteira de texto em braille, sem quaisquer elementos mecânicos.”
Como a empresa explica ainda, o BLITAB é semelhante a um leitor de e-book, mas tem uma exposição líquida inteligente que cria “pequenas bolhas físicas” em sua superfície, ao invés de utilizar recursos visuais em uma tela de LCD tradicional. Graças à tecnologia Liquid Smart, essas bolhas se transformam em texto e uma página inteira pode ser lida e escrita em braille através do Teclado Perkins. O software do aparelho também pode reconhecer o texto a partir de um drive USB ou uma página web e imediatamente converte as letras na tela.
Vários produtos até agora têm tentado fornecer uma interface em braille, mas até agora esses dispositivos não foram acessíveis e portáteis o suficiente. Nos existentes, a conversão em braille vem de forma desajeitada, e os add-ons que se integram a um dispositivo móvel ou um a desktop exibem apenas alguns caracteres de cada vez, não documentos inteiros. Por outro lado, o BLITAB pode entregar 13 a 15 linhas por vez, sem qualquer add-on.
A empresa possui atualmente um protótipo funcional do tablet BLITAB para deficientes, mas ainda precisa trazer um produto final para o mercado. É possível que a BLITAB lance o tablet em algum momento de 2016, mas os austríacos ainda estão tentando angariar fundos para isso se tornar realidade. Enquanto isso, confira o vídeo abaixo para ter uma idéia melhor do conceito.
Fonte: Diário de Pernambuco
Tenho certeza de que o mercado brasileiro vai evoluir neste sentido, criando mais soluções interativas e criativas pra pessoas com necessidades especiais. Vejo por exemplo o WebLibras que traduz conteúdos textuais do seu site para libras através de um avatar animado 3D. Vejo estudantes da USP que criaram um projeto chamado Smart City Guide que é um App voltado para pessoas cegas usando a tecnologia Beacons interagindo com o aplicativo mostrando como são as ruas através de um mapa térmico.
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