Por que a queda de um cadeirante gerou polêmica no revezamento da tocha
Fábio Aleixo (Do UOL, em São Paulo)
A queda de um cadeirante durante o revezamento da tocha olímpica causou muita polêmica nas redes sociais, gerou um vídeo que viralizou de forma negativa com mais de 5 milhões de visualizações e causou constrangimento para João Paulo Nascimento, jogador da seleção brasileira de basquete em cadeira de rodas.
O atleta de 25 anos participava do revezamento no último dia 4 em Anápolis (GO) quando caiu ao passar o fogo para outro condutor. Sem ajuda dos voluntários, ele se levantou e voltou à cadeira. Foi o suficiente para diversos comentários maldosos serem feitos em seu perfil no Facebook e pessoas começarem a questionar sua idoneidade e deficiência física. Muitos disseram se tratar de uma farsa do Comitê Organizador para emocionar o público.
A repercussão foi tamanha que João gravou um vídeo e postou em seu Facebook para esclarecer o assunto e explicar às pessoas qual era a sua deficiência. Ele tem geno valgo, a doença do joelho em “X”. As pernas não ficam alinhadas e os joelhos se aproximam, deixando os pés afastados, o que dificulta o caminhar.
Ao UOL Esporte, o atleta mostrou-se chateado com todo o ocorrido, mas afirmou que isso serve como uma lição para as pessoas e para esclarecer que nem todo cadeirante é paraplégico ou não tem todos os movimentos da perna.
“Vejo de forma muito negativa tudo o que aconteceu e fiquei muito chateado. Tive conhecimento por meio de uma amiga da faculdade que havia recebido o vídeo e diversos comentários. Fui muito xingado nas redes sociais e tive de ler muitas coisas maldosa de pessoas que não têm conhecimento. Minha mãe ficou revoltada com tudo isso”, afirmou João.
“Mas se há algo positivo nisso tudo é que serviu para as pessoas entenderem que nem todo cadeirante é paraplégico. Eu tenho este problema de geno valgo que não me permite correr ou ficar muito tempo em pé”, explicou.
João defendeu a seleção brasileira de cadeira de rodas pela primeira vez em 2014 e está na expectativa de ser convocado para a disputa dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Em seu dia a dia, ele não costuma usar cadeira de rodas, mas a utilizou no revezamento para simbolizar sua vida esportiva.
O basquete de cadeirantes, assim como outras modalidades, não é restrita apenas a paraplégicos. Amputados e pessoas com deficiência de locomoção, por exemplo, podem praticá-lo. A classificação de cada tipo de deficiência é feita pelo Comitê Paraolímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês).
Assista o vídeo:
Fonte: UOL
DESCULPE, MAS NÃO FOI O JEITO QUE ELE LEVANTOU E SENTOU NA CADEIRA DE RODA E SIM O JEITO DELE CAIR, ELE FOI ÁGIL E COM RAPIDEZ NAS PERNAS PARA NÃO CAIR E TER QUE TENTAR SE SEGURAR COM AS MÃOS, ISSO QUE DEIXOU BEM CLARO NO INICIO DELE COMEÇAR A CAIR , ELE PASSOU COM RAPIDEZ E AGILIDADE ESPANTOSA TIRANDO AS PERNAS DE BAIXO DO ANGULO DA CADEIRA E SE SUPORTANDO NAS PERNAS ANTES DE CAIR, DETALHE PELO MEU COMENTÁRIO, SOU DEFICIENTE FÍSICO.