Tribunal de Justiça emperra tratamento de garota com doença degenerativa
Lorena Santos precisa da liberação da justiça para ter passagens para tratamento na Tailândia
Sempre com um largo sorriso no rosto, alegre, brincalhona, mesmo se locomovendo ora com a ajuda de um andador, ora em uma cadeira de rodas, a bela Lorena Santos, 23 anos, moradora do Parque Cuiabá, na zona Sul de Cuiabá, enfrenta a burocracia da justiça brasileira, que com sua lerdeza a impede de realizar um sonho: ir para Bangkok, na Tailândia, para um tratamento a partir de células tronco para retardar sua doença, dar-lhe condições de uma vida melhor e, quem sabe encontrar a cura. Lorena sofre de uma doença degenerativa hereditária fatal, que afeta os músculos de seu corpo.
Desde cedo, Lorena teve de aprender a conviver com esta doença. Viu seu pai, um agente da Polícia Civil, definir com a doença até a morte. Aos 17 anos ela começou a sentir os primeiros efeitos da doença considerada fatal, ao começar a perceber que perdia os movimentos das pernas e até da fala. Começava ai uma árdua luta pela vida.
Agora, aos 23 anos, com a faculdade trancada e com o emprego perdido, pois não consegue mais realizar tarefas simples, Lorena viu na possibilidade de um tratamento com células tronco de, se não encontrar a cura total, pelo menos melhorar a sua qualidade de vida. O problema é que o tratamento não é feito no Brasil. Só na Tailândia é onde terá a possibilidade de se tratar regenerando o estado da doença em até um ano e, a partir daí, retardar sua evolução.
O problema é que sem recursos financeiros, sem condições de trabalhar, a única possibilidade de conseguir realizar o tratamento é viajando para Bangkok, na Tailândia. Lorena e sua família entraram com uma ação junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso solicitando que o governo do Estado pague as passagens – dela e da mãe Roberta – para que possa viajar e fazer o tratamento. Nem mesmo sendo levada pessoalmente ao Tribunal para mostrar seu quadro de saúde, a liberação do processo até agora foi realizado. A viagem está travada nas mãos da desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, que é relatora do processo e que não definiu uma data para despachar o processo e dos desembargadores Marcio Vidal, Luiz Carlos da Costa, José Zuquim Nogueira, Vandymara Paiva Zanolo e Antônia Siqueira.
Sabendo que para continuar vivendo é preciso realizar este tratamento com urgência, Lorena fez um post em desabafo tentando sensibilizar os desembargadores para a liberação do processo e pedindo a ajuda de amigos do Parque Cuiabá e de toda a Capital para conseguir os recursos necessários para custear a passagem, estadia, compra de remédios e despesas pessoais até que o processo seja liberado pela Justiça de Mato Grosso.
Em um dos post ela escreveu: “Pouco mais de um mês atrás fiz um apelo no facebook, mas meu processo foi para o colegiado. Sem prazo, sem data e sem previsão.. A doença não espera, senhores. Eu eu não posso mais esperar. Então venho humildemente pedir aos senhores desembargadores:
Relatora: Maria Aparecida Ribeiro;
Des. Marcio Vidal;
Des. Luiz Carlos da Costa;
Des. José Zuquim Nogueira;
Desa. Vandymara Paiva Zanolo;
Desa. Antônia Siqueira;
Preciso de urgência no caso.
“Saúde é direito de todos e dever do estado.”
Amigos, mais uma vez venho pedir ajuda para compartilharem.
“Um sonho sonhado sozinho é um sonho, um sonho sonhado junto é realidade.” ?? — sentindo-se esperançosa.
Em outro post ela escreve:
Enquanto a justiça estadual mantém sua morosidade, quem quiser ajudar basta entrar em contado com Lorena através de sua página no facebook, onde é só clicar Lorena Santos ou nos fones ligar no (65) 93353005 Roberta ou (65) 93172217 Maria Gabriela.