Cota de pessoas com deficiência não é atingida em todos os bancos
Com programas especiais e investimento na capacitação, os bancos têm se destacado na contratação de pessoas com deficiência, mas nem todos atingem o número determinado pela Lei das Cotas, aprovada em 1991.
Desde então, a legislação determina que ao menos 5% dos funcionários de empresas com mais de mil empregados sejam “portadores de necessidades especiais”.
HSBC e Santander já atingiram esse índice.
No caso do HSBC, os funcionários com deficiência realizam um programa de inclusão de nove meses, de acordo com a diretora-executiva Vera Saicali.
O Santander, que chegou à cota no final do ano passado, “intensificou o trabalho com esse público em 2005″, conta a superintendente-executiva, Maria Cristina Carvalho.
O Itaú Unibanco tem mil vagas abertas para pessoas com deficiência. “Temos uma equipe exclusiva de 15 pessoas para a capacitação desses funcionários”, segundo o diretor Adriano Lima.
O Bradesco, por sua vez, também afirma aperfeiçoar a área. “Estamos adotando várias iniciativas para inserção de outras pessoas com deficiência”, segundo o diretor José Luiz Bueno.
O Banco do Brasil tem apenas 0,8% do quadro preenchido por funcionários com deficiência auditiva, física, mental ou visual. O BB afirma contratar todos os candidatos dessa categoria que acertam 50% das perguntas da prova de seleção.
“Os bancos são exemplos para as outras empresas. É o setor que mais contrata deficientes” diz Mônica Costa Almeida, da Plura Consultoria.
Por oferecer melhores cargos que os demais segmentos, o setor bancário é o mais procurado, segundo Andrea Schwarz, presidente da consultoria i.social Soluções.
“Há muitas empresas de outros setores que preferem pagar multa por não cumprir a cota a investir em capacitação”, diz. “Tem companhia aérea que contrata funcionário para deixar em casa.”
Fonte: Folha de São Paulo (12/01/2011)
Referência: http://www.sindicatocp.org.br/
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Não sabia que os bancos davam esse bom exemplo. E que bom que o Deficiente Ciente divulga essas informações! Assim seus leitores ficam bem orientados sobre como se posicionar no mercado de trabalho.
Paulo,
Na verdade, a maioria deles, só dão esse bom exemplo por cauda da lei de cotas que foi aprovada em 1991. Mas há bancos que se destacam mais que outros e procuram efetivamente incluir pessoas com deficiência.
A lei de cotas é muito polêmica. A meu ver, se a sociedade aceitasse as pessoas com deficiência de uma forma espontânea e garantisse oportunidades iguais para todos, não haveria necessidade dessa lei.
Obrigada pelos comentários, Paulo!