Falta de cadeira de rodas adequadas em hospitais e clínicas brasileiras: até quando?
Como todos sabem, na grande maioria dos hospitais e clínicas só tem o modelo convencional de cadeira de rodas destinado às pessoas com mobilidade reduzida e paraplégicos.
As pessoas com paralisia cerebral, tetraplégicos, pessoas obesas, por exemplo, precisam levar sua cadeira de rodas até as clínicas ou hospitais para que possam ser atendidos. É lamentável! E quem não possui carro passa por dificuldades, pois alguns taxistas e motoristas de aplicativos não quererem levar a cadeira, sempre com a alegação de que não cabe nos portas malas.
Como eu tenho uma filha com paralisia cerebral espástica e ciente de que hospitais e clínicas só trabalham com modelo convencional de cadeira de rodas, precisei adaptar um encosto de cabeça e os acessórios em uma cadeira convencional apenas para evitar esses transtornos.
Diante desse quadro, é preciso que as autoridades exijam esse direto de ampliar os vários tipos de cadeiras de rodas em clínicas e hospitais conforme a necessidade de cada paciente.
Já encaminhei um pedido de projeto de Lei a então Deputada Federal e hoje Senadora Mara Gabrilli para fazer algo nesses sentido. Até hoje estou esperando…
Podia se criar um projeto obrigando os estabelecimentos de saúde e outros, a ter cadeiras de rodas conforme a necessidade do paciente. As pessoas que têm tetraplegia, paralisia cerebral espática e outros também são pacientes e precisam de um atendimento digno em qualquer hospital ou clínica.
Aparentemente os chamados “Representantes Parlamentares Defensores do Segmento”, não se preocupam com determinadas situações que passam no dia a dia de famílias de pessoas com deficiência. Preferem apenas ficar no discursos e promessas de épocas de campanhas eleitorais, infelizmente!
Fotos extraídas da Internet: exemplos de três modelos acessíveis
Por José Deoclécio de Oliveira