Pessoas com deficiência intelectual podem ter filhos sem deficiência?
Muitas pessoas ficam em dúvida quando se toca no assunto de deficiência intelectual. Mas a resposta é “depende”.
Depende do tipo de deficiência intelectual que os pais possuem.
Existem milhares e milhares de diagnósticos diferentes para esse tipo de problema.
Para darmos continuação ao nosso papo de hoje, vamos entender um pouco mais sobre deficiência intelectual, venham comigo.
O que é deficiência intelectual
A deficiência intelectual é conhecida pelo funcionamento cognitivo que não se iguala à média esperada, ou seja, está abaixo do que é considerado normal.
Os pais normalmente tem dúvidas se deve aos campos que supostamente podem ser direta ou indiretamente afetados pelo desempenho cerebral da criança.
Essa é uma dúvida que não deve ser pautada numa suposição, mas sim por uma certeza através de um diagnóstico certificado de um profissional da saúde.
Como é um caso que limita algumas habilidades das pessoas, ele sempre deve ser examinado e analisado de forma isolada, por conta das particularidades de cada caso.
O que causa?
As pessoas que formam a comunidade médica trabalham com diversas linhas de pesquisa quando se trata de deficiência intelectual. Percebe-se que ela provém de um aspecto multifatorial.
O que isso quer dizer, é que uma criança com resultado que seja positivo para a deficiência intelectual apresenta características no desempenho por 1 ou 2 motivos, dos mais variáveis possíveis.
Ações de Prevenção
Existem sim casos que podem ser evitados. A pessoas podem desenvolver a deficiência depois do nascimento.
Uma curiosidade que poucas pessoas sabem é que a exposição da criança ao mercúrio pode ser um grande perigo para o feto, falando em casos de gravidez.
Por isso, é indicado, depois do nascimento, que a criança evite peixes (possuintes de mercúrio). É importante também que a mãe fique longe desse tipo de alimento na gestação e na amamentação.
Uma outra ação preventiva é procurar um médico especialista e seguir a risca todas as recomendações indicadas por ele durante o período em que a criança corre risco de adquirir deficiência intelectual.
Lembre-se! Essas são ações preventivas e cada uma delas é válida. Essas são algumas das indicações para crianças que não possuem o diagnóstico após o nascimento.
Diagnóstico de Tratamento
Como já falado anteriormente, o diagnóstico deve ser válido, quando vindo de um médico profissional da área de saúde.
O tratamento pode ser realizado de várias maneiras com o apoio de uma equipe multidisciplinar, ou seja, de várias áreas que podem ajudar no melhor desenvolvimento da criança, considerando suas características intelectuais.
Algumas das principais áreas que ajudam no desenvolvimento de pessoas com deficiência intelectual são:
- Psicologia;
- Fonoaudiologia;
- Pedagogia;
- Psicopedagogia;
- Terapia ocupacional;
- Etc.;
Para podermos finalizar o assunto, vamos para uma resposta mais direta sobre o título desse artigo “Pessoas com deficiência intelectual podem ter filhos sem deficiência?”:
Como disse na introdução no nosso assunto, a resposta é “depende”. Por que depende?
As lesões mentais não genéticas, ou seja, que foram adquiridas antes, durante ou após o parto, permitem que os pais gerem filhos sem deficiência.
Se tratando de doenças herdadas geneticamente tem de ser analisadas separadamente, caso a caso.
Há casos de pessoas com deficiência intelectual que geraram filhos sem deficiência, como exemplo, o caso de Maria Gabriela A. Demate e de Fábio M. de Moraes, ela com síndrome de down e ele com atraso mental.
Os dois se conheceram na APAE e o casal iniciou o namoro e, logo, com o apoio das famílias, foram morar juntos. A gravidez de Gabriela só foi descoberta no sexto mês de gestação, quando Fábio confidenciou a um amigo que à noite eles ficavam vendo a barriga dela mexer. O nascimento da filha Valentina, é um dos 50 casos registrados no mundo de filhos de mãe com síndrome de Down.
As mulheres com deficiência intelectual podem engravidar, e tem 85% de chances de gerar uma criança sem a mesma herança genética – como ocorreu com Maria Gabriela. Já os homens com síndrome de down, na sua grande maioria, são estéreis.
Uma observação é que o Fábio teve dificuldade de registrar a paternidade de sua filha no cartório. Depois com a ajuda de uma juíza, ele conseguiu declarar que era o pai de Valentina e namorado de Gabriela. E fez questão de enfatizar sua participação para a concepção da filha.
CONCLUSÃO
É muito importante que se aborde este assunto para quebrar os tabus e mitos a respeito, que fomentam preconceito e discriminação contra pessoas com deficiência intelectual.
Essa quebra de tabu deve começar em casa. Os cuidados com a saúde, aliados à possibilidade de interação com a sociedade, ampliam as chances da pessoa com deficiência intelectual viver de forma mais independente. Então o primeiro passo deve começar pela família, que precisa evitar infantilizar principalmente as pessoas com Down dentro e fora de casa.
O comportamento infantilizado aparece por falta de oportunidades de interação e superproteção. A família protege demais e não permite que a pessoa cresça, não a deixa decidir, escolher, errar, enfim correr o risco. Infelizmente esse tipo de tratamento perpetua outros mitos em relação a essas pessoas, de que eles não podem estudar em escolas consideradas ‘normais’, trabalhar e ter relacionamentos amorosos, afirma a pediatra Ana Claudia Brandão.
E finalmente a sociedade precisa fazer sua parte. Portanto, é de suma importância uma sociedade multifacetada, com espaço para pessoas com deficiência intelectual vivendo harmonicamente com o resto da sociedade. Isso se inicia por uma Educação de qualidade que esteja de olhos abertos para a diversidade humana.
Espero ter ajudado a dar mais clareza no assunto. Não se esqueçam de curtir e compartilhar esse artigo com seus amigos e familiares.
Abraço!
Vera Garcia (Administradora dos Blogs Deficiente Ciente e Criança Especial)