Pernambuco deve melhorar acessibilidade para turistas deficientes
Hotéis, bares, restaurantes, táxis e outros locais que recebem turistas vão ter que se adaptar ao programa ‘Pernambuco Sem Barreiras’
Locais que recebem turistas, como hotéis, bares, restaurantes e táxis, vão ter que se adaptar ao programa Turismo Acessível – Pernambuco Sem Barreiras. Os profissionais terão que criar condições para atender melhor os turistas com deficiência, com problemas de mobilidade, idosos, mulheres grávidas e crianças.
A iniciativa começou com a assinatura de um convênio entre a Secretaria de Turismo de Pernambuco (Setur-PE), a Associação Brasileira de Bares e Restaurante (Abrasel) e a Associação Pernambucana de Cegos (Apec) no dia 6 para que os bares e restaurantes do Estado ofereçam cardápios em Braille. Também será lançada uma cartilha que reúne informações sobre o programa e a legislação específica para os portadores de deficiência.
“A partir de hoje (06/10) começamos as parcerias do projeto e queremos estar, até a Copa do Mundo, com equipamentos hoteleiros, bares e restaurantes aptos a receberem o turista com deficiência”, disse o secretário de Turismo de Pernambuco, Sílvio Costa Filho. “Pernambuco recebe quase 80 mil turistas com deficiência, que passam em média sete dias no Estado e 95% deles vêm com acompanhantes. Precisamos melhorar para receber esse turista”.
Ainda de acordo com o secretário, outros projetos estão em andamento. “Infelizmente temos problema histórico de cultura dos gestores públicos de não se preocupar com a acessibilidade do município”, avaliou Sílvio Costa Filho. “Mas agora temos um projeto conjunto com a Prefeitura do Recife para investir no Recife Antigo acessível. Vamos investir R$ 600 mil para tornar Centro de Convenções acessível, além de fazer todo um trabalho de sensibilização”.
De acordo com o presidente da Abrasel-PE, Mário Jorge Carvalheira, o cardápio de todos os bares restaurantes da associação vão ser traduzidos em Braille, em um total de 240 estabelecimentos participando em todo o Estado. “O cardápio vai ser confeccionado pela Apec e em 90 dias já teremos nos restaurantes, no mínimo dois por estabelecimento”, informou.
Sobre modificações no espaço físico para melhorar a acessibilidade, o presidente de Abrasel-PE afirma que é um processo mais complexo. “É muito necessário, temos que respeitar as pessoas com deficiência física”, disse. “Mas isso requer uma programação mais complexa, de reforma dos restaurantes, dos corredores e dos banheiros, para aumentar a acessibilidade”.
Outra área que requer atenção especial é o Recife Antigo. “A Rua do Bom Jesus, que era um ponto marcante, hoje peca, tem pouco movimento, muitos bares e restaurantes estão fechados”, observa Mário Jorge Carvalheira.
“Requisitamos a revitalização à Prefeitura do Recife, mas o processo é mais complexo, passa pela ocupação do bairro no expediente de trabalho. É um espaço maravilhoso para arquitetura, publicidade, escritórios de informática. O Bairro do Recife precisa ter fluxo durante o dia para, à noite, ter resultado”.
Fonte: http://pe360graus.globo.com/ (08/10/09)
Referência: Rede Saci