Agredido por exigir desocupação de vaga para deficiente, gaúcho se desmotiva para lutar
Caro leitor,
Lembra do caso do empresário que teria uma filha cadeirante e repreendeu um motorista que estava na vaga reservada para pessoas com deficiência no Rio Grande do Sul? Esse mesmo empresário foi ferido nessa briga e passou por uma cirurgia. Após um ano, veja abaixo como ficou a situação do empresário Léo Mainardi.
Há um ano, Léo Mainardi sofre com sequelas físicas e psíquicas da agressão
Atingido com uma barra de ferro há um ano ao advertir um motorista de que ele estacionara em uma vaga para deficiente, Léo Mainardi afirma que as suas sequelas não são apenas físicas. As dores e as cirurgias a que precisou ser submetido também o desmotivaram a exigir o cumprimento das leis e das regras de convivência. Enfim, o cidadão se calou.
Um ano depois de se insurgir contra o que considerou um caso de falta de civilidade no trânsito, o comerciante Léo Mainardi, 50 anos, sofre todos os dias as dolorosas consequências de seu ato. Atingido na cabeça por um motorista a quem chamara a atenção por ter estacionado em uma vaga reservada a deficientes, em um supermercado da Capital, ele continua limitado 12 meses depois pelas sequelas daquela tarde. E, pior, as consequências não são apenas físicas. Antes empenhado, no dia a dia, em promover e estimular a conscientização no trânsito, ele confessa que agora, amedrontado, fecha os olhos para as barbaridades de todo dia.
O episódio que mudou a vida de Mainardi ocorreu em 18 de abril passado, no estacionamento do supermercado Makro, no bairro Anchieta. Pai de uma cadeirante de 26 anos, deficiente desde o nascimento, o morador de Novo Hamburgo revoltou-se ao ver o comerciante Rudicir Fernandes de Freitas, 34 anos, ocupar indevidamente uma vaga de estacionamento reservada a pessoas com dificuldade de locomoção. Na briga que se seguiu, após agressões verbais, Mainardi levou uma pancada na cabeça, o que o deixou com um coágulo e forçou a realização de cirurgias:
– Eu disse que a vaga era para deficientes e que analfabetismo não é deficiência. Não coloquei da melhor maneira. Poderia ter dito de outra maneira – avalia hoje.
(Mainardi concedeu uma entrevista ao Jornal Zero Hora)
O comerciante ficou mais de dois meses afastado do trabalho e deve se submeter em breve a uma nova cirurgia. A entrevista destas páginas não tem o objetivo de retornar ao fato, hoje nas mãos da Justiça e de advogados. Ao ler as declarações de Mainairdi, o leitor vai perceber que o tema, aqui, é a cidadania – ou melhor, a costumeira falta dela, em especial nas ruas e rodovias do país. Na conversa, o agredido relata que, por causa das perfurações no crânio, teve de mudar tudo em sua vida para evitar o risco de batidas na cabeça, que podem ser fatais.
O caso deu origem a um inquérito policial, que levou o Ministério Público a denunciar Freitas por lesão corporal grave. A primeira audiência foi marcada para setembro.
– Fiquei aflito com a espera, mas vi um caso como o do Eliseu Santos, que está fechando um ano e só agora estão começando a ouvir as testemunhas. Ou seja, é demorado mesmo – resigna-se Mainardi.
Zero Hora procurou Rudicir de Freitas, mas ele preferiu não comentar o assunto.
Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/
Blog da Insegurança (charge)
Veja:
Delegado bate em cadeirante em briga por vaga especial em São José dos Campos (SP)
Gleisi Hoffmann registra caso de tetraplégica agredida por causa de vaga em estacionamento
E por falar em briga por causa de vaga preferencial, como anda o caso do delegado que bateu no cadeirante? Segundo a última informação que recebi, o procedimento administrativo contra o delegado deve ser concluído até a metade de abril e vai definir se o delegado será ou não punido.
Oh Vera, eu fiquei com muita pena ao saber que a senhora agredida, esta a pensar desistir de lutar,
Séra que as autoridades Brasileira não vão fazer nada, para tentarem acabar com esses desrespeito?
É uma vergonha. Não acredito.
Um beijo grande meu, para a senhora que foi agredida.. E que tenha muita coragem e luta até ao fim, para aqueles vagabundos serem punidos.
Beijo Vera.
Nelson Mend
Creio que essas lutas um dia não seram em vão, vejamos casos apos muitas lutas conseguiram se resignar dos laços que os cercavam, dando liberdade para vários grupos, estamos pedindo não só o nosso direito, mais o da pessoa qualquer que seja ela. Temos que defender o direito a vida e não a segregação cultural. Falando a esse respeito de vaga, vejo algumas infrações em minha própria faculdade, que professores de direito colocam na vaga para pessoas com deficiencia e outra na clinica que faço fisioterapia na cidade de Fortaleza. Sinto pena desse senhor ter sido agredido, por alguem que não conhece o próprio direito, como diria esse chavão, aquele que não conhece sua própria historia, está condenado a repeti-la. Vamos divulgar nossas opniões e vigiar o direito e dever de cidadão.