Pesquisa com células-tronco mira paraplegia
Após quatro anos de testes em animais domésticos, uma terapia inédita para devolver sensibilidade a vítimas de trauma raquimedular – lesão que causa comprometimento da função da medula espinhal – começa a ser testada em humanos na Bahia.
O tratamento, desenvolvido por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-BA), em parceria com os Hospitais São Rafael e Espanhol e a Universidade Federal da Bahia (Ufba), consiste na aplicação de células-tronco mesenquimais, retiradas da medula óssea da bacia dos próprios pacientes, diretamente na região onde ocorreu o trauma.
O procedimento foi testado inicialmente em dois gatos, no início de 2007. Eles não tinham sensibilidade nem controle da musculatura do abdome à cauda. Em um mês, recuperaram a sensibilidade. Um deles voltou a ficar sobre as quatro patas 15 dias após o início do tratamento.
(Veja: Bahia fará testes com células-tronco em pessoas paraplégicas)
No total, dez animais domésticos, entre cães e gatos, foram submetidos ao procedimento. Todos haviam perdido completamente os movimentos dos membros inferiores após traumas. Monitorados por um ano, eles recuperaram a sensibilidade dos membros e o controle da bexiga. A maioria também voltou a se sustentar sobre as quatro patas e alguns ensaiaram passos.
O primeiro paciente humano foi um policial militar de 45 anos, que perdeu a sensibilidade dos membros inferiores há cinco anos, após cair do telhado. Ele recebeu uma cultura de células, cultivada por um mês, no último dia 14. Agora, passa por duas sessões de fisioterapia, diariamente, e está sob monitoramento.
Além dele, 19 voluntários serão submetidos ao teste, nesta fase, que deve seguir até o fim do ano. Os pacientes são escolhidos com base em um perfil bastante específico, que inclui itens como trauma fechado (sem exposição da medula), ocorrido há mais de seis meses e que resultou em paraplegia completa.
“Neste momento, o foco principal do teste é a segurança do procedimento. Por isso, trabalhamos com culturas pequenas de células”, diz a médica responsável pela triagem e acompanhamento dos pacientes do Hospital São Rafael, Ticiana Ferreira.
A coordenadora do Centro de Tecnologia e Terapia Celular do Hospital São Rafael e pesquisadora da Fiocruz-BA, Milena Soares, porém, adverte que o procedimento está apenas no início dos testes. “A gente ainda não sabe qual seria o número ideal de células para que os pacientes voltem a ter sensibilidade, pode ser até necessário aplicar mais de uma dose para que se tenha os resultados esperados”, afirma.
Por outro lado, ela lembra que, em animais, os primeiros resultados foram detectados poucas semanas depois da aplicação das células – e que, em humanos, os efeitos podem ser potencializados. “É mais difícil fazer fisioterapia em animais – e, às vezes, seus donos não tinham disponibilidade para levá-los ao tratamento”, argumenta. “Em dois ou três meses esperamos ter algum tipo de resposta.”
Esperança
TICIANA FERREIRA
HOSPITAL SÃO RAFAEL
“Temos a expectativa de que (o paciente que recebeu as células-tronco adultas) volte a ter sensibilidade e a controlar alguns músculos, talvez em seis meses”
Veja:
Estamos cursando a pós em Inclusão Social o que nos tem levado ao interesse sobre tudo o que se refer a deficientes, ficamos muito contentes ao ler sobre há possibilidade de pessoas com paraplegia poderem voltar a ter seus movimentos. Sabemos que o Brasil está em passos vagarosos, mas já é um começo. Desejamos sucesso a todas as pessoas que estão participando dessa experiência
Olá. tenho 41 anos sofri um acidente faz 21 anos tive uma lesão medular e perdi os movimentos do joelhos para baixo.
Consigo ficar em pè;falta pouca coisa pra andar. quero ser voluntário se pode me ajudar fico grato.
Sidney,
Segundo a médica Ticiana Ferreira, que participa da seleção dos pacientes, ela explica que o voluntário tem que apresentar lesão fechada, na qual não há secção da medula. “Ela não pode ter sido exposta, a fratura não pode ser total, a coluna tem que estar apenas lesionada. Por isso, o estudo só é realizado com pacientes que sofreram queda de uma altura elevada, mergulho em águas rasas e acidentes desse gênero.” O tratamento ainda não é aplicado a vítimas de lesão com arma de fogo ou arma branca. Para participar do estudo, o paciente deve ter entre 18 e 50 anos e apresentar trauma raquimedular com lesão completa há pelo menos seis meses.
Acredito que posteriormente a pesquisa será realizada em pacientes com outros perfis.
Caso queira entrar em contato:
Centro de Biotecnologia e Terapia Celular da Bahia: http://www.cbtc-hsr.org/index.php e também envie um email para Ticiana ticiana@cbtc-hsr.org
Olá meu nome é Davi tenho, 33 anos sou Paraplégico á 10 anos minha Lesão é T10 é incompleta então sofro dores nas pernas 24horas por dia sem parar e mexo minha perna direita mas sinto dores intensa não aguento mais sofrer me ajudem gostaria de ser cobaia assim que precisar de cobaia me avisa,por favor. obrigada.
Olá, Boa Noite, quero ter noticias sobre os voluntários da seleção do teste de medula óssea para ver a evolução, tenho 36 anos e a 8 sofri um acidente de moto que me levou a uma paraplegia.Espero muito a cura com ansiedade me de notícia no meu email.
Olá Luciano!
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Abraço,
oi boa noite meu nome e italo aconteceu um acidente comigo perdi o movimento das pernas minha lesao e t5 e t6 tou 1ano 3meses na cadeira de roda cinto muito choque nas pernas consigo mecher meus dedos dos pés de vez e quando e sinto tbm dor na parte da lesão.
queria ser cobaia nessa experiência espero ser chamado tomara que eu consiga obrigado!!
Boa tarde vera.
Tenho um amigo que tem “atrofia muscular progressiva”, ele teve conhecimento do tratamento que a Universidade da Bahia está realizando através da terapia celular e quer se inscrever e participar do teste. Você poderia me informar o site ou link para realização da inscrição?
Obrigado pela atenção!
Boa Tarde, Adriano!
Entre em contato com o Centro de Biotecnologia e Terapia Celular da Bahia: http://www.cbtc-hsr.org/index.php e também envie um email para Ticiana ticiana@cbtc-hsr.org