Casal com nanismo gera criança sem problema físico
Os “pequenos” Fabíola Dreher Guimarães e Fernando Vieira Guimarães comemoram a chegada de Lívia, que nasceu nesta segunda (25) em Campinas
A ciência garante que é possível, mas a maioria duvida: pessoas pequenas podem gerar filhos que terão estatura padrão. Fabíola Dreher Guimarães e Fernando Vieira Guimarães são a prova viva disso. O casal, que mora em Campinas, deu à luz, nesta segunda-feira (25), Lívia, uma bebê com saúde e que não terá problema de crescimento. Qual a expectativa da mamãe novata? “Se Deus me deu uma filha e ela terá uma estatura padrão, é porque eu terei capacidade de criá-la!”
O parto aconteceu na Maternidade de Campinas e Lívia veio ao mundo pelas mãos dos médicos Francisco Carmona e Márcia Teresinha Stefano Carmona. A bebê nasceu às 19h, pesando 2,865kg e com 48,5cm de comprimento. A doutora Márcia acompanhou toda a gestação.
Fabíola tem 21 anos e mede 1,20m. Fernando tem 28 anos e mede 1,35m. Eles se conheceram há cerca de três anos, pela internet. “O Orkut tem uma comunidade só de gente pequena”, explica Fabíola, contando que foi pela web que travou os primeiros contatos com Fernando. Em maio de 2009, eles se viram pela primeira vez, “numa balada de pequenos” – diz a jovem – em São Paulo. Começaram a namorar e, em um ano, estavam casados.
Nenhum dois dois nasceu em Campinas. Ela é da cidade de Cianorte, no Paraná. Ele nasceu na Capital paulistana. “Vim para Campinas em busca de melhores oportunidades, tanto de estudo quanto de trabalho”, conta Fabíola que escolheu a cidade porque sua irmã já morava por aqui. Fernando veio atrás de Fabíola. “Me apaixonei por ela”, confessa.
Histórico
A história de vida de Fabíola e de Fernando são bem diferentes, assim como a origem de seus respectivos nanismos acondroplásico. Este é o nome científico da patologia que acomete a maioria das pessoas que não desenvolvem um tamanho de estatura padrão. Vulgarmente chamados de anões, as pessoas com nanismo, em geral, não ultrapassam 1,40m de altura. O problema de crescimento pode ter origem glandular ou óssea. No caso da acondroplasia, é óssea. Por causa de uma mutação no momento da gestação, acontece uma má formação óssea que vai comprometer o desenvolvimento do esqueleto do feto.
Fabíola é a única “pequena” de sua família – é assim que ela prefere ser denominada. A caçula de três irmãs surpreendeu os pais ao nascer. Ela conta que sua mãe nunca teve uma posição médica oficial explicando o motivo de ter sido afetada com a acondroplasia. “Baladeira” – como ela própria se define – Fabíola diz nunca ter se sentido rejeitada. “Minha mãe nunca me tirou do público. Ela tinha lanchonete e eu ficava o tempo todo com ela. Todo mundo me conhecia. Eu ia pra balada desde criança, com as amigas da minha irmã.”
Já Fernando é filho de uma mulher que também tinha esta má formação óssea. Mas a mãe dele, por sua vez, também era a única com essa característica. “Minha mãe era a 18ª de uma prole de 20 filhos e foi a única que nasceu com nanismo”, relata Fernando, cujos pais eram da Bahia.
Mas ter nascido com acondroplasia foi o que menos pesou na infância de Fernando: ele não conheceu o pai; perdeu a mãe aos 4 anos, passando ser criado pela avó; perdeu também a avó aos 11 anos; e foi criado pelos tios. “Meus tios não tinham filhos e me criaram com muito amor. Sou superfeliz, eles me ensinaram a ter dignidade”, afirma Fernando.
Gravidez
Fabíola ficou grávida sem planejar. Ela e o marido dizem que ainda era muito cedo, queriam esperar mais um pouco. No entanto, filhos sempre estiveram nos planos de ambos. “Sempre quis ser mãe”, conta ela, seguida de perto por ele: “Eu sempre quis ser pai. Acompanhar a gravidez da Fabíola me ajudou a crescer como pessoa. Casamento já era bom e, agora, está melhor ainda”.
Nos três primeiros meses, Fabíola passou muito mal por causa dos enjoos. Mas nada que não seja esperado da maioria das gestações. Depois, teve uma gravidez tranquila. Nem mesmo a barriga avantajada a impediu de ter uma vida normal, com agilidade e disposição.
Ela foi acompanhada durante toda a gestação pela médica Márcia Teresinha Stefano Carmona e fez ultrassonografia periodicamente – numa frequência maior do que a maioria das grávidas, para um completo monitoramento do crescimento do feto. “No começo, eu fiquei apreensiva, não sabia os riscos para a saúde da Fabíola e do feto. Poderia haver problema de toximia, a diabetes poderia aparecer precocemente e eu tinha, ainda, a preocupação com a formação do bebê”, conta a médica. “Mas tudo transcorreu normalmente.”
Fabíola e Fernando preferiam ter gerado um bebê como eles – que se tornasse também um “pequeno”. “Os médicos torciam para que nossa filha tivesse estatura padrão e achavam que a gente torcia pra isso também”, conta o pai. Ambos estão ainda em suspenso a respeito de como será criar uma criança “grande”.
“No começo, eu estava pirando com o fato do bebê não ser um ‘pequeno’”, confessa Fernando. “Mas, agora, penso que tudo será uma questão de como vamos educá-lo.” A mamãe ainda não sabe como vai agir e se sentir frente à doce Lívia que acaba de nascer. Mas sabe o que quer para o futuro de sua bebê: “Quero que ela estude e aprenda várias línguas”.
Fonte: Correio Popular de Campinas (25/07/11)
Fotos: Janaína Maciel/AAN
Eu, tio do orgulhoso e feliz Papai Fernando, adorei a matéria, informativa, orientativa, com um apelo para uma visão mais profunda e consciente do que é o “nanismo”. Muitos anões, não foi o caso do casal Fabíola e Fernando, sofrem com o preconceito e a discriminação, por parte de cidadãos comuns e até do poder público, faltando-lhes ações objetivas direcionadas ao transporte e ao emprego, principalmente.
De Maceió/AL, Idenor Vieira Guimarães
A cada história ou relato que leio aqui me torno mais humana! É assim que me sinto! Este blog é fonte de aprendizado para a vida, e como é emocionante ler histórias de amor e superação como esta do belo casal de Campinas.
A foto expressa a felicidade dos dois em estarem trazendo ao mundo um filho querido.Parabéns ao casal e muitas felicidades para a linda família.
Vera, parabéns mais uma vez!
Obrigada, Simone!
Realmente é uma linda história!
Conheço a Fabíola e fiquei muito emocionada com a sua linda história…..!
felicidades mamãe!!!….bjus
LEILA, CIDADE GAÚCHA-PR
Poxa, estou encantada com o que tenho encontrado de publicações sobre Nanismo. Acho que vou dar início a uma nova paixão( Enquanto Profª do Atendimento Educacional Especializado e Coordenadora de Educação Inclusiva) e encontrar parceiros para me orientarem quanto as adequações necessárias para que uma aluninha da minha escola não passe por constrangimento e/ou dificuldades na escola quanto a estrutura física.Tenho que confessar que demorei um pouquinho para atinar quanto aos possíveis prejuízos que seriam acarretados se continuassemos respeitando a vontade dela deliberadamente. Vou explicar: é que quando interrogada se queria um apoio para os pés, ela nunca quis. Com o tempo e através de pesquisa fui constatando que poderia ser prejudicial e entrei em contato com o portal do nanismo e foi bem legal e agora encontrei vcs. Amei! Aqui na escola há a disposição de atender os direitos que ela tem e acredito que com o tempo td estará adequado para atender as necessidades básicas dela. Um abraço e boa sorte nas publicações e divulgação do trabalho.
Obrigada, Ana Lúcia! Parabéns a você e a escola que acolheu e se preocupa com o bem estar dessa aluna! Isso é escola inclusiva!
Abraços,
ESSE LINDO E GRANDE CASAL MERECE SER MUITO FELIZ E A LÍVIA CHEGOU P/COMPLETAR ESSA FELICIDADE MERECIDA.
Olá Pessoal! Depois de quase 2 anos que fiz um comentário aqui (27.07.2011), voltei a ler a matéria publicada e lembrei com saudades dos meus felizes sobrinhos (Fernando e Fabíola), que hoje moram na capital de São Paulo, com sua linda e graciosa filhinha, que vem crescendo com muita saude. Que Deus também me dê esse privilégio, pois estou aguardando para as próximas horas a chegada a este mundo, da nossa filhinha Sara, a mais nova alagoana na área!
Fernando, Fabíola e Lívia! Que Deus continue abençoando e prosperando vcs!
De Maceió/AL, seu tio Idenor, com as saudações de toda a família.
Parabéns, Ideonor!
Que Deus abençoe você, sua filhinha e toda sua família.
Abraços,
OLÁ IDENOR, QUANTA SAUDADE, PERDEMOS O CONTATO HÁ MUITO TEMPO.
DESCOBRI QUE VC. ESTÁ EM MACEIÓ, QUERO DESEJAR A VC. UM FELIZ ANO NOVO EXTENSIVO A TODA SUA FAMILIA.
JOSÉ ROBERTO MAGALHÃES (seu companheiro do bombardino na Banda de Artur Alvim.
Meu grande amigo e irmão, José Roberto, companheiro de vários momentos de louvor e adoração através da Corporação Musical, uma Banda Marcial em Arthur Alvim, na Capital Paulista! Foi meu primeiro parceiro de bombardino, por vários anos! A segunda empresa em que eu trabalhei profissionalmente, em 1972, foi a H.K.Porter do Brasil S/A, sob a liderança deste meu grande amigo, que marcou a minha adolescência e juventude!
Hoje, aos 62 anos de idade, pai de oito filhos e avô de seis netos, lembro-me, com saudade, do tempo em que estivemos mais próximos.
Vou tentar te encontrar no Facebook para mantermos contato.
Só agora, que tive conhecimento da sua mensagem de dois anos atrás!
Te desejo um ótimo 2016, extensivo à família, sob as bênçãos e proteção de Deus!
De Maceió/AL, Idenor.