O que torna alguém especial para você?
Acabei de participar agora a pouco de um chat no Facebook com o amigo Rubens Vieira, da Special Kids Phtography. O Rubens e sua equipe desenvolvem um trabalho grandioso em relação às crianças com deficiência. Utilizam a fotografia como instrumento de inclusão.
Nesse chat, Rubens sabiamente questionou o que é ser uma pessoa especial. O que torna seu amigo, filho, vizinho… enfim uma pessoa que você admira, ser tão especial? Sabemos que o termo “excepcional” e “especial” foram utilizados largamente nas décadas de 50, 60 e 70 para designar a deficiência de uma pessoa, contudo no sentido estigmatizante. No entanto, em pleno século 21, ainda nos deparamos com o uso desse termo nesse sentido. É preciso muita união para desmistificá-lo.
A sociedade precisa passar, urgentemente, por um processo de humanização a fim de libertar-se de vários tipos de preconceitos e aceitar o que é diferente. Afinal todo ser humano é único e especial, sem exceção.
Assim como o blog Deficiente Ciente, a Special Kids Photography comemora 2 anos de aniversário. E para este final de ano eles estão planejando um projeto que será realizado em Goiânia. Aguardem!
No site da Special Kids, Rubens Vieira levanta a seguinte questão e inicia uma campanha “Por que o termo “especial” é um elogio prá uns e tão pejorativo para outros? O que faz um carioca achar que é preconceito chamar o filho dele de Especial e ao mesmo tempo uma gaúcha reconhecer o quanto a sua filhinha é especial na vida dela?”
Acesse o site Especial? Sim! e veja como participar!
Adorei este post, sempre levantei a bandeira de que a deficiência não torna uma pessoa especial.
bjs
Que bacana, Carolina!
Você faz um trabalho super legal no blog “Meu filho é deficiente. E agora?”.
Bjs,
O “amor”, nos faz pessoas “especiais”!!
Linda frase, Flávinho!!
Não é comentário. Não me considero deficiente. Acho que ninguém deveria se “intitular” deficiente. Todos, seja qual for sua “situação”, não podemos ser considerados, “deficiente”. Acho que o que falta, é a humanidade. Hoje, agora mesmo, À 18:10 horas, do dia 05.08.11, saí de minha casa, e fui ao centro. Perto de um “balão” (destes que os “engenheiros” formam para melhorar o trânsito da cidade) que cruzam 5 vias, vi uma pessoa com cadeira de rodas, motorizada, tentando atravessar a(s) via(s). Tentei ajudá-la, atravessando meu carro no cruzamento, e fazendo sinal com o braço, para fora do carro, para quem estivesse no cruzamento, deixasse a pessoa atravessar. Sabe o que eu escutei?. “Olhe o sinal de pare, na esquina”. Não consegui que ela continuasse seu caminho. Fui embora triste. PS.: Não pude descer do carro para ajudá-la, pois também tenho problemas de locomoção. O que falta, na realidade, é o amor ao próximo. Não é uma lei, que vai por na cabeça de uma pessoa, ser humano. É ensinar à este ser humano, a entender as dificuldades dos outros e, principalmente dele, a não agir com o amor, a compreenção, e aceitar a situação, dele e as dos outros.
Comovente esta história, Gumercindo.
Infelizmente vivemos numa sociedade individualista, preconceituosa e narcisista.
A frase do momento é “E eu com isso!”. Esse processo de humanização do qual falei, deve ser iniciado na infância. É papel da família dar uma boa educação aos filhos, ensiná-los desde pequenos o respeito ao outro, a cooperação, solidariedade, conviver com as diferenças… Para que mais tarde essa criança não se torne um ser humano tão cruel.
Concordo com o Gumercindo na questão da humanização. O exemplo que dá é aterrador. Felizmente em Portugal isso nunca vi, ou ouvi comentar algo parecido. Geralmente todos os condutores param para as pessoas atravessarem as ruas, independentemente de terem mobilidade reduzida, ou não.
Não concordo quanto á preocupação com palavras que nos associam. Para mim (sou tetraplégico) é-me indiferente tratarem-me por deficiente, especial, pessoa com deficiência, mobilidade reduzida…
Fiquem bem
Você percebeu quanta diferença entre o Brasil e Portugal na questão do respeito ao outro, Eduardo. Infelizmente esse caso que o Gumercindo contou, é um entre milhares. O problema daqui já começa na educação de berço até o descaso e omissão das autoridades governamentais em relação aos segmentos vulneráveis.
Abraços e fique bem!
Parabéns pelo post. O trabalho do Rubens, juntamente com equipe do Special Kids é sem sombra de dúvida um trabalho maravilhoso.
Acho que as pessoas são especiais pelo momento em nossas vidas: minha familia é especial, assim como os meus amigos. O caráter de cada um também é uma forma de definir se a pessoa é especial ou não.
Beijos, Kica