O que está por trás de uma convulsão – Parte 4
Caro leitor do blog Deficiente Ciente,
Dando continuidade ao estudo sobre convulsão e epilepsia, extraído da Revista Viva Saúde, veja abaixo o diagnóstico e o tratamento.
Fio desencapado
A convulsão causada pela febre é a mais comum na infância. Acomete de 2% a 5% das crianças até cinco anos de idade, sendo mais frequente até os três anos. A convulsão durante a febre é relativamente comum: “No caso de convulsão febril, a quase totalidade dos casos é considerada benigna, principalmente até os cinco anos de idade.
Nessas situações, não se indica tratamento específico”, avisa o neuropediatra Rubens Wajnsztejn.
O que acontece é que a febre, mesmo que seja muito pouco acima do normal, funciona como um estímulo altamente irritativo para o imaturo sistema nervoso do bebê, que ainda não está devidamente protegido contra excitações desse tipo. Ou seja: a convulsão por febre se dá de uma forma parecida com as pequenas faíscas ou curtos circuitos que acontecem em um fio elétrico desencapado, sem a devida proteção do revestimento.
Diagnóstico e Tratamento
A primeira providência do profissional diante de um quadro de convulsão é analisar ao máximo a história clínica do paciente, fazer um exame clínico minucioso e pedir testes que avaliem as taxas de glicose, cálcio e eletrólitos no sangue para poder determinar a causa das crises.
Com frequência, o médico também pede exames de imagem do cérebro, como o ultra-som, uma tomografia computadorizada ou uma ressonância magnética para investigar eventuais lesões cerebrais, hemorragias, defeitos congênitos ou a presença de tumores que possam ser detectados por esses testes. Um eletroencefalograma (EEG), exame que mede a atividade elétrica do cérebro, pode também ajudar no diagnóstico do tipo de convulsão e qual a sua localização de origem. O objetivo da análise de todos esses dados é descobrir a causa para depois fazer o tratamento mais indicado.
Antes de tudo, é preciso tratar a causa da convulsão. Poe exemplo: nos casos em que as convulsões por uma baixa de glicose no sangue, é a hipoglicemia que deve ser tratada por um endocrinologista, pois a causa é metabólica. Em alguns pacientes, depois de tratada a causa, a convulsão resolve por si só.
Porém, nos casos de convulsões recorrentes (epilepsia), os médicos lançam mão de medicamentos específicos, conhecidos como anticonvulsivantes (ou antiepiléticos) para controlar as crises. Entre as medicações mais conhecidas estão o fenobarbital e a fenitoína.
Fonte: http://saude.abril.com.br/