Escola de SP proíbe mães de cuidarem de seus filhos com deficiência durante o intervalo das aulas
A matéria abaixo foi extraída do Blog Movimento Inclusão Já.
Na quarta-feira (08/02/12) Valdir Timóteo Leite, presidente do Movimento Inclusão Já, protocolou pedido de providências no gabinete do deputado Simão Pedro, presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de São Paulo, e também participou da primeira reunião da Comissão do ano.
Dia 07/02/2012 após a diretora do Colégio MMDC, em São Paulo, ter se recusado a receber um documento solicitando explicações do porquê as mães dos estudantes com deficiência estão proibidas de permanecerem na Escola e dar assistência a seus filhos, o “Movimento Inclusão Já” juntamente com as mães não tiveram outra alternativa e divulgaram o caso para conhecimento público.
O caso foi a público com vistas a mobilizar o poder Legislativo, Executivo e quem sabe futuramente o poder judiciário, caso não haja solução para proteger os estudantes e suas mães desse desrespeito por elas sofrido.
O fato principal é que nossos governantes não estão cumprindo com as Leis, a grande parte dos equipamentos públicos da Educação (ESCOLAS) não têm acessibilidade e não têm profissionais qualificados para darem assistência aos estudantes que têm deficiências severas e são totalmente dependentes.
Quando uma criança ou um adolescente está em período de aula dentro de um estabelecimento de ensino público, ele está sob a responsabilidade do Estado. Entretanto, neste caso, o Estado não está oferecendo condições mínimas a essas crianças e adolescentes.
Se o Estado não dá a estrutura necessária para a permanência desses alunos estudarem com dignidade, que nos digam O PORQUÊ PROIBIU AS MÃES DE DAR AUXILIO AOS SEUS FILHOS (AS)???
É justo uma mãe ver seu filho sofrer dentro de uma escola do ESTADO pelo fato do Estado não estar cumprindo com suas obrigações?
O deputado Simão Pedro se comprometeu a dar todos os encaminhamentos necessários e ficou de convocar reuniões na Comissão da Educação para tratar do assunto (Escolas sem preparo para atender as necessidades de estudantes com as mais diversas deficiências).
Constitucionalmente todos sabem que todos os prédios Públicos devem ter acesso adequado às pessoas com deficiência, então a pergunta é: Por que as Escolas de São Paulo ainda não foram adaptadas e preparadas para receber todos os cidadãos com deficiência???
Nós do Movimento Inclusão Já, não vamos descansar em quanto nossas crianças e adolescentes estiverem sofrendo esses maus tratos por parte do Estado.
Precisamos da compreensão e da ajuda da sociedade para mudar essas histórias tristes. As pessoas com deficiência devem ser respeitadas como toda e qualquer pessoa. Não deixe para lutar somente quando a deficiência chegar às casas dos senhores e das senhoras, já que infelizmente ninguém está livre de vir a ser uma pessoa com deficiência ou de nascer uma criança com deficiência em suas famílias.
Valdir Timóteo
Vídeo com depoimento das mães de crianças e adolescentes com deficiência que estão sofrendo com o descaso na rede regular de ensino.
Se o governo não cumpre sua parte, então pelo menos que haja sensibilidade, respeito e consideração por parte dos profissionais da educação em relação aos alunos com deficiência. Cabe a todos profissionais da escola otimizar recursos e criar canais de comunicação que considerem a questão da inclusão social como prioritária. E cabe ao governo assegurar uma política efetiva de inclusão nas escolas públicas e particulares.
Vale lembrar que o princípio fundamental da sociedade inclusiva é o de que todas as pessoas com deficiência devem ter suas necessidades atendidas (Vera Garcia).