30 de maio- Dia Mundial de combate à Esclerose Múltipla
30 de maio é o Dia Mundial (de combate) à Esclerose Múltipla (EM) – “uma doença autoimune e degenerativa de caráter crônico’, explica o neurologista Roberto M. Carneiro de Oliveira. ‘Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, menor o efeito da doença e a carga de lesão ao longo do tempo”.
No Brasil, a doença que ataca o sistema nervoso central e que pode comprometer a coordenação motora, a visão e a fala, ficou conhecida pela população depois que a atriz Claudia Rodrigues, do extinto seriado ‘A Diarista’, da Rede Globo, anunciou no ano 2000 ser portadora da doença.
Em todo o mundo existem cerca de 2,5 milhões de pacientes diagnosticados, segundo a Federação Internacional de Esclerose Múltipla. No Brasil, são mais de 30 mil portadores, sendo que desse total apenas cinco mil recebem tratamento adequado devido à demora no diagnóstico, aponta a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem).
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Sintomas
Enfermidade de causas desconhecidas, a EM pode provocar dificuldades motoras e sensitivas, além de comprometer a qualidade de vida dos pacientes. Seus sintomas variam muito, não havendo um sinal típico. “Os mais frequentes são formigamentos em algum segmento do corpo, perda de força, alteração ou turvação da visão, perda de controle dos esfíncteres e faixa de dormência no tronco. Normalmente, eles aparecem insidiosamente e vão se agravando ao longo dos dias seguintes”, informa o especialista.
Tratamento
Os imunomoduladores são a primeira opção de tratamento da EM e chamados de drogas de primeira linha. Somente na falha deles é que se faz uso de outros medicamentos de efeito mais intenso, só que mais agressivas ao organismo. O interferon beta-1b (Betaferon) foi o primeiro imunomodulador disponível no mercado.
Além do remédio, enfrentar a EM com disposição é também muito importante: deve-se continuar a rotina, com boa alimentação, com atividades físicas diárias e saudáveis. “Os exercícios físicos podem reduzir a espasticidade – rigidez muscular –, por exemplo”, diz o médico.
Novo estudo
Em linha com o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, a Bayer HeathCare Pharmaceuticals anuncia os dados publicados pela revista Neurology sobre estudo de acompanhamento de longo prazo, com duração de 21 anos, realizado com pacientes tratados com interferon beta-1b (Betaferon).
A partir dos dados, é possível observar que pacientes com esclerose múltipla tratados anteriormente com interferon beta-1b tiveram uma redução de 46,8% no risco de morte (p = 0,0173), comparado com pacientes recebendo placebo até os primeiros cinco anos de tratamento. Os dados reafirmam o risco-benefício favorável do tratamento ao longo de duas décadas, além de apoiar a prática de iniciar precocemente a terapia.
O estudo também avaliou a relação da doença com a causa de morte. Dos pacientes para os quais as informações sobre a relação de morte com a EM se encontravam disponíveis, 78,3% foram determinados como sendo relacionados com a doença.
Em geral, as pessoas com EM têm uma expectativa de vida mais curta (cerca de 7 a 14 anos a menos) em comparação com a população em geral.
Fonte: http://www.rac.com.br/