O Que a Jornalista Isabel Ferrari Aprendeu com o Filho Autista
Isabel Ferrari é jornalista, comunicadora há mais de 20 anos e mãe do João Pedro, um menino autista de 13 anos. O diagnóstico veio cedo, antes dos 3 anos, e desde então Isabel escolheu viver essa jornada com o que ela tem de mais forte: amor e coragem.
Ela conta que, desde o início, decidiu que o autismo não seria um peso, e sim parte da caminhada de ser mãe. Ao invés de se lamentar, ela se entregou com alegria à experiência de criar o filho autista com acolhimento e leveza.
“Meu filho não é um diagnóstico. Ele é uma criança inteira, com sentimentos, talentos e uma essência única. Eu estou criando uma criança, não um rótulo.”
Isabel não romantiza a maternidade atípica, mas acredita no poder de enxergar o filho além dos desafios. Ela busca constantemente aprender sobre o autismo para oferecer o melhor suporte possível, sem jamais esquecer que João Pedro é, acima de tudo, uma pessoa com infinitas possibilidades.
A Comunicação como Ferramenta de Transformação
Como jornalista, Isabel entende que a informação tem um papel essencial na quebra de preconceitos. E foi com esse olhar que ela atuou como mediadora do debate “Autismo: Conhecer para Entender, Acolher e Incluir”, realizado na PUCRS.
O evento reuniu professores, estudantes e profissionais com o objetivo de aprofundar a compreensão sobre o transtorno do espectro autista e incentivar uma cultura de inclusão. A atuação de Isabel como mediadora foi marcada pela sensibilidade de quem vive o tema na pele — como mãe e como cidadã engajada.
Diagnóstico Precoce e Respeito ao Tempo de Cada Criança
Isabel reforça a importância do diagnóstico precoce, que pode mudar o caminho de desenvolvimento de muitas crianças. Ela lembra, no entanto, que cada criança tem seu tempo, e não se deve transformar o desenvolvimento em uma competição.
“Não é uma corrida. É um processo contínuo, e o mais importante é reconhecer as capacidades individuais e garantir apoio real para cada criança.”
Falar é Quebrar o Silêncio
Para Isabel, quanto mais falamos sobre o autismo e outras condições que ainda são cercadas por desinformação, mais nos aproximamos da empatia.
“As pessoas só têm medo do que não conhecem. Quando falamos com naturalidade, mostramos que é possível conviver, acolher e respeitar.”
Por Trás do Diagnóstico, Sempre Existe Amor
A história de Isabel é um exemplo de como o amor, quando unido à informação e à coragem, se torna uma força de transformação social. Ela é uma entre tantos pais que se dedicam, lutam, se emocionam e não desistem de oferecer aos filhos um mundo mais justo e acolhedor.
Assim como ela, há muitos pais — famosos e anônimos — que estão diariamente na batalha pela inclusão com seu filho autista. Seja nos bastidores ou sob os holofotes, todos têm algo em comum: o amor incondicional e a esperança de um futuro com mais respeito, apoio e empatia.
Vamos continuar essa conversa? Compartilhe, comente, marque alguém que você admira nessa jornada. A inclusão começa quando escolhemos não ficar em silêncio.