Acessibilidade Web é um dever cívico
Caro leitor,
O colega Reinaldo Luz Santos, publicitário e micro empresário, escreveu um interessante artigo sobre a Acessibilidade na Web. Reinaldo pretende com este artigo conscientizar empresários e profissionais de diferentes áreas sobre a importância da democratização, usabilidade e acessibilidade na internet.
O publicitário também criou um projeto chamado “É Bom ser do Bem” que tem como objetivo conscientizar as pessoas de que posturas, práticas e pequenas ações no dia a dia podem estimular um sorriso do próximo e cronstruir um mundo melhor. Vale a pena conferir!
Acessibilidade Web é um dever cívico
Acessibilidade. Você sabe o que é? Pra que serve e a quem ajuda? Pois saiba primeiro: “Acessibilidade web é um dever cívico”.
Claro que essa afirmação é uma opinião pessoal, mas minha intenção com tal premissa é por um bom motivo, promover o início de um debate ou minimamente uma breve reflexão sobre o assunto. Para que vocês possam pensar no tema e entender como ele influencia seu negócio ou posicionamento na web, descrevo abaixo alguns pontos sobre o que é acessibilidade na web e como isso nos afeta direta ou indiretamente.
Meu nome é Reinaldo Luz Santos, sou publicitário e empreendedor da área de criação e gestão de informação na web. Já há algum tempo minha empresa tem estudado maneiras de fazer uma internet mais democrática e eficiente no quesito ligado a navegação e usabilidade.
Alguns de nossos estudos foram baseados em normativas do W3C (World Wide Web Consortium), um órgão oficial que regulamenta as tecnologias e padrões usados no desenvolvimento de ferramentas web. Além disso, a base do nosso conhecimento foi em trabalho de campo, aplicando na prática algumas das diretrizes do W3C e até criando saídas inteligentes para nossos modelos de desenvolvimento.
Com isso, quase 2 antes que o assunto tomasse a atenção da mídia, nós já aplicamos conceitos de usabilidade, navegação intuitiva e acessibilidade web na maioria dos nossos projetos, criando inclusive alguns casos de sucesso que nos geraram contatos de empresas de fora do país nos tratando como “experts” no assunto. Não achamos que é pra tanto, mas com certeza ver um novo site ou ferramenta com esses conceitos aplicados nos dá um prazer mais intenso do que o provocado pelo retorno financeiro. É uma satisfação como cidadão.
Mas pra que entendam o grau de motivação em que estamos trabalhando nesses conceitos, vamos entender o que é acessibilidade aplicada à internet.
O que é Acessibilidade Web?
O termo “Acessibilidade” significa permitir que pessoas com deficiências ou mobilidade reduzida participem de atividades que incluem o uso de produtos, serviços, locais e informação, além de permitir o uso destes por todas as parcelas da população. O decreto federal de número 5.296, de 02 de dezembro de 2004, já prevê tais direitos. Em suma, um local ou produto acessível é aquele que permite uso de todas as pessoas, de forma o mais independente possível de sua condição física.
Acessibilidade web, ou na internet, possui igual intuito. Permitir acesso democrático a sites, ferramentas, aplicações ou serviços baseados na rede de computadores, a internet.
Para isso é fundamental que tais ferramentas sigam alguns padrões, normativas ou recomendações do W3C. A acessibilidade na Internet, em síntese, engloba os fatores abaixo:
Sites e aplicações previamente desenvolvidos possibilitando que as pessoas possam perceber, compreender, navegar e interagir com seu conteúdo.
Navegadores, tocadores de mídias e ferramentas que possuam meios de comunicação com tecnologias especialmente designadas e criadas para pessoas com deficiência, permitindo assim o acesso e utilização dos mesmos
Por que ter um site acessível?
Talvez o complemento a pergunta seja “Por que ter um site acessível e com usabilidade amigável?”.
Começando pela usabilidade, imagine-se fazendo o planejamento do seu site. Com certeza você será levado a prever o publico alvo de visitantes que ele terá ou que espera ter. Jovens, adultos, antenados ou não, conhecedores ou não de navegação na web, crianças talvez e idosos muito provavelmente. E isso sem citar ainda portadores de alguma deficiência.
Seu site pode ser planejado e desenvolvido para um público especifico, por exemplos os Geeks, modernos e antenados. Ai fica fácil. Agora imagine seu cliente, podendo ser ele um empresário de sucesso com pouco tempo pra se aprofundar em informática. Sim, esse usuário existe. Ou então imagine uma senhora com 65 anos acessando seu site. Ou, para simplificar, imagine simplesmente um profissional liberal com agenda apertada.
Ok, agora junte esses perfis de profissionais entrando no seu site e demorando alguns segunda para encontrar o menu escondido, os links minúsculos, os títulos apagados ou as cores chocantes contrastando com o texto. Terror total. Isso é pedir zero de ROI (Retorno sobre Investimento) para seu site. O tempo de captação de atenção do internauta é medido em algumas frações de segundos. Se ele não entende rapidamente como navegar, ele sai! Simples assim.
Fugir dos excessos em design. Organizar claramente o conteúdo. Diagramar corretamente os elementos e informações conforme o grau de importância. Essas são apenas algumas das práticas para se criar um site amigável quanto a usabilidade e navegação.
Pense agora em alguns dos perfis que citei como exemplo. O idoso, o senhor sem tempo, a criança ou jovem ainda sem grande experiência. Finalmente traga para esse exercício as pessoas portadoras de deficiência visual. Essas são as pessoas que precisamos incluir digitalmente! Falando ainda e apenas de internet, sua empresa ou negócio precisam estar preparados para receber todas as pessoas. Seu site tem no mínimo o dever cívico de ser acessível!
Na verdade essa é uma escolha que as empresas podem fazer, mas com certeza é uma questão, não de decretos de lei, mas de conscientização e cidadania.
A lógica é bem simples. Sites bem escritos, quanto a conteúdo, design e programação, são bem interpretados por pessoas com pouco conhecimento, dificuldade de visão e até mesmo por pessoas com deficiência visual completa. Essas pessoas podem utilizar navegadores especiais que só interpretam o que encontrarem em texto no site ou mesmo utilizar os softwares chamados “Leitores de Tela” que literalmente lêem a tela com voz sintetizada. Tudo isso só funciona com um site preparado para tais visitantes.
Por que ter um site acessível?
Talvez o complemento a pergunta seja “Por que ter um site acessível e com usabilidade amigável?”.
Começando pela usabilidade, imagine-se fazendo o planejamento do seu site. Com certeza você será levado a prever o publico alvo de visitantes que ele terá ou que espera ter. Jovens, adultos, antenados ou não, conhecedores ou não de navegação na web, crianças talvez e idosos muito provavelmente. E isso sem citar ainda portadores de alguma deficiência.
Seu site pode ser planejado e desenvolvido para um público especifico, por exemplos os Geeks, modernos e antenados. Ai fica fácil. Agora imagine seu cliente, podendo ser ele um empresário de sucesso com pouco tempo pra se aprofundar em informática. Sim, esse usuário existe. Ou então imagine uma senhora com 65 anos acessando seu site. Ou, para simplificar, imagine simplesmente um profissional liberal com agenda apertada.
Ok, agora junte esses perfis de profissionais entrando no seu site e demorando alguns segunda para encontrar o menu escondido, os links minúsculos, os títulos apagados ou as cores chocantes contrastando com o texto. Terror total. Isso é pedir zero de ROI (Retorno sobre Investimento) para seu site. O tempo de captação de atenção do internauta é medido em algumas frações de segundos. Se ele não entende rapidamente como navegar, ele sai! Simples assim.
Fugir dos excessos em design. Organizar claramente o conteúdo. Diagramar corretamente os elementos e informações conforme o grau de importância. Essas são apenas algumas das práticas para se criar um site amigável quanto a usabilidade e navegação.
Pense agora em alguns dos perfis que citei como exemplo. O idoso, o senhor sem tempo, a criança ou jovem ainda sem grande experiência. Finalmente traga para esse exercício as pessoas portadoras de deficiência visual. Essas são as pessoas que precisamos incluir digitalmente! Falando ainda e apenas de internet, sua empresa ou negócio precisam estar preparados para receber todas as pessoas. Seu site tem no mínimo o dever cívico de ser acessível!
Na verdade essa é uma escolha que as empresas podem fazer, mas com certeza é uma questão, não de decretos de lei, mas de conscientização e cidadania.
A lógica é bem simples. Sites bem escritos, quanto a conteúdo, design e programação, são bem interpretados por pessoas com pouco conhecimento, dificuldade de visão e até mesmo por pessoas com deficiência visual completa. Essas pessoas podem utilizar navegadores especiais que só interpretam o que encontrarem em texto no site ou mesmo utilizar os softwares chamados “Leitores de Tela” que literalmente lêem a tela com voz sintetizada. Tudo isso só funciona com um site preparado para tais visitantes.
Amigos e inimigos da acessibilidade web
Como eu disse anteriormente, criar um site acessível é um caminho que começa no planejamento e completo aqui, começa pela escolha do profissional ou empresa produtora. O conceito é fácil de compreender, como explicado acima, porém a aplicação reserva alguns passos técnicos. Não dá para descrever todas as técnicas aqui, pois acabaria por ser uma dissertação superficial. Mas é possível conhecermos, resumidamente, alguns amigos e inimigos da acessibilidade web.
Amigos da acessibilidade
Crie um site com os requisitos abaixo e terá um site acessível. Essas são apenas algumas dos muitas das diretrizes.
– Acerto: Conteúdos em texto, com opção de ampliação de tamanho de fonte
– Acerto: Links em texto, ao invés de imagens, com bom tamanho de visualização
– Acerto: Opção de teclas de atalho para saltar aos principais links e áreas do site
– Acerto: Títulos declarados em destaque para identificação dos softwares leitores de tela
– Acerto: Opção de mudança de layout para modelo em alto contraste preto e branco
Entre vários outros
Inimigos da acessibilidade
Fuja dos erros abaixo se você quer ser uma empresa ou profissional consciente
– Erro: Menus de navegação em flash ou imagem
– Erro: Imagens sem declaração de descrição na tag ALT
– Erro: Animações e elementos em flash usados de forma exagerada
– Erro: Site fetos completamente em flash
– Erro: Cores ou elementos de design não pensados para gerar contraste com o conteúdo
Entre vários outros
Adendo técnico
Vale ressaltar que a tecnologia flash não é inimiga mortal da acessibilidade web. A Adobe divulga, desde a versão MX, que está seguindo requisitos de acessibilidade da Seção 508 e que prove suporte ao MSAA (Microsoft Active Accessibility). Porém vale lembrar que animações ou scripts em flash precisam ser usados com extrema cautela e conhecimento. Na dúvida o uso das folhas de estilo CSS, documentos XHTML e demais técnicas sugeridas pelo W3C merecem profunda atenção e prioridade.
Como construir um site acessível?
Um site acessível perde um pouco em design ou elementos gráficos? De um ponto de vista, talvez. Mas se o profissional ou empresa que estiver desenvolvendo unir o conhecimento técnico sobre acessibilidade a criatividade e saídas inteligentes, não. Não necessariamente se perde em design. Ganha-se em mensagem transmitida. Mais pessoas irão ver e compreender esse site!
O importante é pensar que, em acontecendo dilemas de perda de detalhes visuais, deve se lembrar o que vale mais priorizar. Um site bem desenhado e eficiente não é um site cheio de efeitos visuais, mas um site que informa, se faz entender, se faz navegar e trás resultados sem excluir nenhum perfil de pessoa.
Hora de re-modelar ou construir sites acessíveis! Agora é colocar em prática.
Primeiro Passo. O primeiro passo é a conscientização das empresas e profissionais da área sobre a importância de construir sites que promovam a inclusão digital, a usabilidade amigável e a acessibilidade.
Segundo Passo. Tendo esse primeiro passo dado, o segundo é contratar um profissional, agência ou produtora web que conheça as técnicas e conceitos para o planejamento e elaboração de um site com tal meta. Ser acessível, democrático em seu conteúdo e bem escrito em seus códigos e desenho estrutural.
Terceiro Passo. O terceiro passo, sendo esse já de responsabilidade da produtora ou profissional especializado, é escolher ou assessorar na escolha de uma linguagem de programação mais adequada ao projeto e de um gestor de conteúdos preparado para criar conteúdos acessíveis. Aqui cabe também o papel da empresa que precisa confiar na empresa ou profissional e nos direcionamentos que ele der. O resultado final pode ou não ser assertivos dependendo desse aceite.
Por fim trago de volta a indagação do título do artigo. “Acessibilidade web é um dever cívico”. Sim, não? Impossível ter uma resposta que não seja pessoal ou subjetiva. Vale sim pensar que os tempos mudaram. A tecnologia por si só não é mais o astro principal. A tecnologia é apenas um instrumento ou ferramenta que tem a missão de levar a informação. Essa sim, a informação, o conteúdo, relevante ou não, é o que realmente conta. E esse só tem sentido quando se faz acessível e entendível a todas as camadas da população!
Fontes de Pesquisa:
w3c.org, presidencia.gov.br, freedomscientific.com, acessibilidadelegal.com
Reinaldo Luz Santos
reinaldo@praxys.com.br
http://www.praxys.com.br/
Muito obrigado Vera. Espero que esse artigo ajude a disseminar o conceito de acessibilidade na web também!
Importante isso neh amiga.
Mais portas que se abrem.
Bjos achocolatados
Sou eu quem agradeço, Reinaldo. Parabéns!!
Tenho certeza que este artigo contribuirá e muito na conscientização das pessoas, no que diz respeito a acessibilidade na web.
Realmente há exagero nesses recursos gráficos, principalmente flash. Chega a um ponto em que não só fica difícil atender a parâmetros de acessibilidade como o site fica brega, mais enfeitado que quarto de motel de beira de estrada, e a navegação fica irritante. Outra coisa que incomoda são as pop-ups.