Apple, Google e Facebook lançam recursos e manuais de acessibilidade
No dia 20/5, Dia Mundial de Conscientização sobre a Acessibilidade, em alusão à data e para aumentar a inclusão, empresas como a Apple, Google e o Facebook anunciaram novos recursos e manuais de acessibilidade para seus serviços.
No caso da Maçã, foram mostradas novidades para usuários pessoas com deficiências motoras, visuais, auditivas e cognitivas. Para usuários com mobilidade reduzida, o Apple Watch ganhará uma versão do AssistiveTouch, que já está presente em dispositivos como o iPhone.
A ferramenta permite uma navegação por gestos e será lançada no relógio inteligente junto com uma atualização de software ainda neste ano.
A gigante também revelou o lançamento do SignTime (ferramenta que permite contato com a AppleCare e atendimento ao cliente por meio de língua de sinais); sons de fundo para evitar distrações; customização de texto específica para cada aplicativo, para pessoas com daltonismo e ainda novos emojis que representam pessoas que usam tubos de oxigênio, implantes cocleares e capacetes.
No caso do iPad, ele terá suporte ao rastreamento ocular, o que tornará possível o uso do tablet apenas com os olhos. Com a tecnologia, um ponteiro acompanha o movimento dos olhos e um olhar prolongado funciona como um clique.
O Google lembrou que o Maps possui ferramentas que indicam se determinado local possui mesas, banheiros, assentos, elevadores e entradas acessíveis para cadeirantes, por exemplo. Para aumentar o escopo, a companhia lançou um atributo com sistema de som que indica lugares como cinemas e bibliotecas que possuem sistemas compatíveis com aparelhos auditivos.
Entre as funcionalidades oferecidas pela companhia está o Live Transcribe, que permite que pessoas surdas ou com deficiência auditiva possam conversar usando apenas um celular Android; o Live Caption, que coloca legendas automáticas em vídeos, podcasts e mensagens de áudio e o TalkBack, que utiliza feedback falado para ler em voz alta notificações, aplicativos e muito mais.
Por último, a empresa também lançou um guia para auxiliar as pessoas a incluírem itens de acessibilidade na hora de escreverem um comentário ou uma crítica sobre um estabelecimento.
O guia indiano Tushar Suradkar criou um sistema para garantir que as pessoas lembrem de quais aspectos podem ser observados. São eles: piso tátil para pessoas com deficiência visual, acesso por rampas, entrada, banheiros, estacionamento e elevadores para cadeirantes.
“Tenho baixo índice de visão desde a infância”, explicou Suradkar. “Por isso, sei que lugares que frequentamos no dia a dia, como hospitais, pontos de ônibus, bancos e edifícios comerciais, precisam ser mais acessíveis para pessoas com problemas de visão”, complementou.
Já o Facebook preparou um guia especial com dicas sobre como as pessoas podem tornar suas publicações mais acessíveis nas redes sociais. “De acordo com as Nações Unidas, há cerca de um bilhão de pessoas no mundo com algum tipo de deficiência, portanto, é importante que, ao postar, elas também sejam consideradas”, ressaltou a empresa em comunicado.
Portanto, caso você queira deixar suas publicações mais acessíveis para pessoas com deficiências, a plataforma destaca as sugestões a seguir:
- Linguagem: frases simples e curtas facilitam a leitura para as pessoas com dificuldades cognitivas e de aprendizagem.
- Emojis: você sabia que cada emoji tem uma descrição de texto correspondente falada por leitores de tela para cegos? Portanto, é melhor usá-los do que criar emoticons usando texto (como ¯ \ _ (?) _ / ¯), que podem ser mais difíceis de identificar.
- Cores: posicione o texto sobre um fundo sólido ou contrastante e aumente o contraste entre o texto e o fundo para facilitar a leitura.
- Fotos: o Facebook e o Instagram possuem o Automatic Alt Text (AAT), uma tecnologia que usa a IA para gerar descrição automática de imagens. Você também pode adicionar uma descrição à legenda de cada foto postada. Quanto mais simples, melhor.
- Gifs animados: escolha GIFs que não pisquem mais do que três vezes por segundo e sejam executados por menos de 5 segundos porque imagens com padrões fortes, como as estroboscópicas, com tremulação, piscando e com flash, podem até causar convulsões em algumas pessoas.
- Vídeo: inclua legendas ou uma transcrição em seus vídeos. Sem eles, seu vídeo excluirá pessoas surdas ou com deficiência auditiva. É possível utilizar o recurso de legendagem automática para os vídeos do Facebook Live.
Fonte: https://www.tecmundo.com.br/
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