Brasileira com paralisia enfrenta falta de mobilidade e se forma em letras
Uma brasileira que teve poliomielite – paralisia infantil – acaba de se formar em Letras na Universidade Federal do Acre (Ufac), no campus Floresta, em Cruzeiro do Sul.
Devido à paralisia, Rita de Cássia digita apenas com um dedo da mão. Ela também tem dificuldades na fala, por isso, usa a escrita para contar tudo que passou.
Os médicos disseram que por ser autista ela nunca poderia trabalhar; Hoje ela é advogada!
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Ela conta que até aqui, o duro não foi estudar e sim enfrentar a falta de mobilidade.
“Lá [campus Floresta] não tinha nenhuma cadeira para me receber. Para eu poder, de fato, estudar na Ufac, tiveram que pedir uma cadeira emprestada da Escola de Ensino Médio Dom Henrique Ruth. Eu lutei para a Ufac comprar a cadeira desde o primeiro período e só consegui esse privilégio quando eu praticamente já estava saindo da universidade. Mas, agora está lá”, disse ao G1.
Chegar até a faculdade também era difícil. Ela contava com carona dos colegas de sala, ajuda do tio Eden e também da Secretária da Mulher.
Transporte público só veio depois que ela procurou o poder público para reivindicar seu direito.
Na formatura, no mês passado, Rita de Cássia foi certificada como a melhor da turma.
Inspirar
Rita de Cássia, foi aprovada na 7ª chamada do Sisu em 2015, aos 20 anos na época.
Apaixonada por literatura, ela é atleta de bocha, bailarina e mantém uma coluna no jornal impresso local, onde escreve sobre perseverança e inspira outras pessoas.
“Eu quero inspirar as pessoas com tudo o que enfrentei para ser grande”, diz.
Agora a recém-formada planeja contar sua trajetória em um livro, falando dos desafios e força de vontade para vencer as adversidades.
Com informações do G1
Fonte: http://www.sonoticiaboa.com.br