Bullying em escolas
Dando continuidade ao assunto sobre bullying, na postagem anterior, vimos suas características e os seus tipos, hoje veremos como ocorre o bullying em escolas.
Em escolas, o bullying geralmente ocorre em áreas com supervisão adulta mínima ou inexistente. Ele pode acontecer em praticamente qualquer parte, dentro ou fora do prédio da escola. Um caso extremo de bullying no pátio da escola foi o de um aluno do oitavo ano chamado Curtis Taylor, numa escola secundária em Iowa, Estados Unidos, que foi vítima de bullying contínuo por três anos, o que incluía alcunhas jocosas, ser espancado num vestiário, ter a camisa suja com leite achocolatado e os pertences vandalizados. Tudo isso acabou por o levar ao suicídio em 21 de Março de 1993. Alguns especialistas em “bullies” denominaram essa reação extrema de “bullycídio”.
Os que sofrem o bullying acabam desenvolvendo problemas psíquicos muitas vezes irreversíveis, que podem até levar a atitudes extremas como a que ocorreu com Jeremy Wade Delle. Jeremy se matou em 8 de janeiro de 1991, aos 15 anos de idade, numa escola na cidade de Dallas, Texas, EUA, dentro da sala de aula e em frente de 30 colegas e da professora de inglês, como forma de protesto pelos atos de perseguição que sofria constantemente. Esta história inspirou uma música (Jeremy) interpretada por Eddie Vedder, vocalista da banda estadunidense Pearl Jam.
Nos anos 1990, os Estados Unidos viveram uma epidemia de tiroteios em escolas (dos quais o mais notório foi o massacre de Columbine). Muitas das crianças por trás destes tiroteios afirmavam serem vítimas de bullies e que somente haviam recorrido à violência depois que a administração da escola havia falhado repetidamente em intervir. Em muitos destes casos, as vítimas dos atiradores processaram tanto as famílias dos atiradores quanto as escolas.
Veja: Bullying contra alunos com deficiência
Como resultado destas tendências, escolas em muitos países passaram a desencorajar fortemente a prática do bullying, com programas projetados para promover a cooperação entre os estudantes, bem como o treinamento de alunos como moderadores para intervir na resolução de disputas, configurando uma forma de suporte por parte dos pares. Dado que a cobertura da mídia tem exposto o quão disseminada é a práctica do bullying, os júris estão agora mais inclinados do que nunca a simpatizar com as vítimas.
Em anos recentes, muitas vítimas têm movido ações judiciais diretamente contra os agressores por “imposição intencional de sofrimento emocional”, e incluindo suas escolas como acusadas, sob o princípio da responsabilidade conjunta. Vítimas norte-americanas e suas famílias têm outros recursos legais, tais como processar uma escola ou professor por falta de supervisão adequada, violação dos direitos civis, discriminação racial ou de gênero ou assédio moral. O bullying nas escolas (ou em outras instituições superiores de ensino) pode também assumir, por exemplo, a forma de avaliações abaixo da média, não retorno das tarefas escolares, segregação de estudantes competentes por professores incompetentes ou não-atuantes, para proteger a reputação de uma instituição de ensino. Isto é feito para que seus programas e códigos internos de conduta nunca sejam questionados, e que os pais (que geralmente pagam as taxas), sejam levados a acreditar que seus filhos são incapazes de lidar com o curso. Tipicamente, estas atitudes servem para criar a política não-escrita de “se você é estúpido, não merece ter respostas; se você não é bom, nós não te queremos aqui”. Freqüentemente, tais instituições (geralmente em países asiáticos) operam um programa de franquia com instituições estrangeiras (quase sempre ocidentais), com uma cláusula de que os parceiros estrangeiros não opinam quanto a avaliação local ou códigos de conduta do pessoal no local contratante. Isto serve para criar uma classe de tolos educados, pessoas com títulos acadêmicos que não aprenderam a adaptar-se a situações e a criar soluções fazendo as perguntas certas e resolvendo problemas.
Veja: Bullying no trabalho é comum, mas vítima nem sempre percebe
Fonte: Wikipédia
Veja também nesse blog:
Do bullying ao preconceito: os desafios da barbárie à educação – Parte 1
Bullying e ciberbullying – o que fazer com isso?
O Bullying é um acto muito preocupante e que se deve ter a máxima atenção ao que se passa…
A atenção deve ser redobrada principalmente nas escolas, porque é ai que se encontram as pessoas de idades desiguais. Isto tudo pode levar ao desespero e até mesmo à morte de várias pessoas!!!
(Aluna do 8ºano- Área de Projecto)
P.S:Veja e Comente o nosso bloger…
Olha, este blog é muito bom, e o bullying uma grande maldade que precisa ser abolida. Eliane pós graduando em Ed. Especial
Vou ser bem sincero, sem demagogia, mas mesmo sendo contrário ao suicídio eu não culparia uma vítima de bullying que faz uma chacina escolar. Os verdadeiros culpados são os pais que permitem e até incentivam comportamentos agressivos dos filhos e administradores escolares covardes que não tratam os "bullies" com o devido pulso firme e esperam para fazer alguma coisa quando a vítima reage de forma violenta (aí vem aquela ladainha de sempre sobre "desproporcionalidade" que os grupelhos de "direitos humanos" usam para criticar Israel no combate aos terroristas e a polícia brasileira no combate ao tráfico e à ladroagem que anda à solta nas nossas ruas).
As escolas sempre tem empurrado com a barriga a questão do bullying, e por comodismo preferem punir com rigor a vítima no momento em que reage. Dizem que aqui no Rio Grande do Sul tem uma lei antibullying, mas desde quando eu voltei a morar em Porto Alegre eu fiquei sabendo de pelo menos um caso de uma vítima de bullying que após reagir com firmeza acabou sendo assassinada a tiros.