Cadeirante é impedido de entrar no Banco Bradesco
PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO!
Caro leitor,
A matéria abaixo foi extraída do Jornal Fato Paulista, edição nº 166. Veja a reportagem.
Funcionária da agência Itaquera do Bradesco, exigiu que o cadeirante Valdir Timóteo apresentasse a carteira de identidade e o cartão do banco para liberar a sua entrada no estabelecimento bancário. A vitima registrou Boletim de Ocorrência no 32º Distrito Policial de Itaquera.
Você antes de entrar em uma agência bancária teve que apresentar a carteira de identidade e o cartão do banco comprovando que é correntista? Já passou por tamanho constrangimento na frente de sua família? Se ainda não passou, você pode ser a próxima vítima de funcionários de estabelecimentos bancários despreparados e quiçá preconceituosos. Os assaltos a bancos continuam a engrossar as estatísticas da Secretaria de Segurança Pública e o despreparo de seguranças e de alguns bancários engrossam os atos de desrespeito aos direitos do consumidor. As polêmicas “portas giratórias” e seus não menos polêmicos “botões de acesso” já foram responsáveis por casos escabrosos como do deficiente que foi obrigado a deixar as muletas do lado de fora (por incrível que possa parecer este caso aconteceu e foi noticiado neste Fato Paulista), o caso do professor de Educação Física que tinha pinos de metal na perna e foi proibido de entrar no banco (também notícia neste jornal) e até o cliente que foi alvejado a bala por seguranças. Já aconteceu de tudo e muito pouco foi feito em prol das vítimas.
Agora a vitima é o cadeirante, Valdir Timóteo, que queria apenas “pagar algumas contas e fazer um depósito em sua conta corrente”. Ele não pôde entrar, teve que ouvir que teria que se identificar e somente depois de mostrar toda a sua indignação, a funcionária do banco “permitiu” que Valdir adentrasse na agência que é correntista há mais de três anos.
Valdir Timóteo conta que no dia 9 último, ao lado de sua esposa Francisca L.S. Leite, foi até o Bradesco Itaquera para pagar contas e fazer um depósito. Sua esposa entrou na agência e pediu para funcionária Giorgia Castanheiro Xavier para que a porta fosse liberada para Valdir entrar na agência. “A funcionária do Bradesco disse que eu só poderia entrar na agência seu apresentasse o meu RG e o cartão bancário para comprovar se eu era realmente cliente do banco. Caso contrário eu teria que ficar do lado de fora”, explica Valdir, não escondendo o seu constrangimento.
“Fiquei revoltado e perguntei a todos que adentravam na agência se estavam sendo obrigados a mostrar o RG e o cartão do banco. Somente eu tive que passar por esta humilhação. Quando falei que iria ligar para a Policia, ela resolveu liberar a minha entrada”, completou. No mesmo dia Valdir Timóteo registrou Boletim de Ocorrência no 32º DP de Itaquera.
A reportagem do Fato Paulista ouviu o presidente da ANDECON – Associação Nacional de Defesa do Consumidor – Rodinei Lafaete, que classificou o episódio como um flagrante ato de discriminação. “Independente da pessoa ser ou não ser cliente da agência, o Banco não pode impedir o acesso para pagamento de contas. Conforme disposto na resolução 2878/01 do Banco Central. Entendo o fato de exigir o documento para que o mesmo comprovasse ser cliente como um flagrante ato de discriminação conforme previsto na lei 7.716/89. Afronta ao direito de ir e vir prevista na Constituição Federal do Brasil”, explica Rodinei Lafaete.
A Assessoria de Imprensa através de nota apenas informou que “O Bradesco está apurando o caso”.
Veja:
Acho esse acontecimento uma tremenda falta de consideração; independente de ser uma pessoa com ou sem deficiência. Tratando-se de uma pessoa com deficiência, a imagem que passa é que ela é um ser indefeso e tem que aceitar todas as imposições. Porém, não é bem assim. Elas têm direitos e deveres como todas as outras pessoas. Existem Leis que dever ser cumpridas sem que a polícia seja acionada.
Era para rir no final? Isso foi uma piada?
Ontem mesmo estive no Bradesco Anchieta, não apresentei nada para entrar. Detalhe, nem estava com o meu cartão, olha que sou correntista, minha agencia fica na Santa Cruz. Não provei nada. Já ouvi algumas vezes em banco, que algumas pessoas que querem assaltar, passam por pessoas com deficiência, pois não passam pela porta giratória. Também já escutei de segurança de agencia bancária que o gerente que tem que autorizar a entrada, pois, caso seja um assalto o gerente é o “culpado”, afinal ele liberou a entrada do assaltante. Agora, qual gerente garantiu que EU não ia assaltar o banco?
Nossa sociedade está em pânico com tanta violência. Algumas ações, levam a cair na discriminação. Medidas de segurança precisam existir, discriminação, pre conceito e preconceito não.
Interessante , o mesmo aconteceu com meu marido, mas no banco do Brasil, o segurança tbem o impediu de entrar no banco e ele irritado com aquilo, com toda razão, fez um boletim de ocorrência e ainda fez o segurança pedir desculpas na frente de todo mundo q presenciou o fato, logo depois, ele entrou com uma ação na justiça por danos morais, e mais algumas coisas, foi julgado e ele ganhou a causa, o banco teve q pagar uma grana pelo ocorrido, só assim eles aprendem a respeitar….