Cadeirante pede ajuda a ministro e ganha R$ 40 para cadeira de rodas
Vergonhosa a atitude do ministro Marcelo Castro dando esmola ao cadeirante que necessita de uma cadeira de rodas motorizada! Encaminhasse o cadeirante para alguma secretaria, mas jamais ele deveria dar esmola.Vergonhosa também é a situação que se encontra o SUS (Sistema Único de Saúde), pessoas com deficiência esperam mais de 2 anos por uma cadeira de rodas básica, como já foi relatado aqui no blog! Vergonha Nacional!
Lamentavelmente na nossa sociedade, o ser humano “vale” pela sua produção e riqueza, no momento em que fica impossibilitado de exercer seu papel profissional, recai sobre ele a imagem de uma pessoa inútil e de menos-valia. Infelizmente isso nos remete ao século XIX, onde as pessoas com deficiência que sobreviviam iam trabalhar em circos ou pediam esmola. Ou seja, quando pensamos que demos um passo à frente em relação a inclusão, surge o senhor ministro Marcelo Castro, demonstrando através do seu preconceituoso gesto, representando por milhares de políticos que pensam da mesma forma, que a nossa sociedade continua aprisionada na questão da barbárie do preconceito. (Comentário de Vera Garcia- Blog Deficiente Ciente)
Vejam o que diz o jornal O Globo:
Piauiense, que circula pela Esplanada dos Ministérios, abordou o titular da Saúde
O ministro Marcelo Castro passou incólume a uma multidão de jornalistas que participavam de uma coletiva na entrada privativa do Ministério da Saúde, mas não escapou a Marcílio Pereira da Silva. Cadeirante depois de sofrer um AVC, o piauiense de 53 anos, que perambula pela Esplanada dos Ministérios pedindo dinheiro, ganhou R$ 40 de Castro. O objetivo, segundo ele, é comprar uma nova cadeira de rodas.
Natural de Bom Jesus (PI), Marcílio garante que conhece o ministro de Teresina, desde criança. E disse que Castro também o reconheceu e pediu para ele “passar lá” depois, antes de entrar no carro oficial e partir, na cena captada pelo GLOBO. Com a fala afetada pelo AVC, Marcílio mostra convicção de que terá a cadeira de rodas doada pelo ministro, mas, no momento seguinte, duvida da possibilidade.
— Já juntei R$ 100. Ele me deu R$ 40, mas a cadeira custa R$ 6 mil. É elétrica —diz Marcílio, com dificuldade de articular as palavras.
O piauiense afirma que Castro é um “homem bom” desde os tempos da suposta convivência no Piauí. Hoje, Marcílio mora em Planaltina, em Goiás, com a mulher e os três filhos dela. Diz que recebe uma pensão do pai, falecido, mas que tem de dividi-la com os oito irmãos. Nas ruas, pede dinheiro para ajudar a pagar o aluguel e para comer, afirma.
Marcílio conta que precisa da nova cadeira elétrica porque está com um problema na coluna e a atual faz as dores ficarem ainda piores. Para comprovar nome, endereço e telefone, lança mão de uma bolsa de plástico que carrega a tiracolo. Para ultrapassar algumas barreiras que dificultam a acessibilidade, pede ajuda às pessoas, que demonstram já conhecer o cadeirante.
Fonte: http://oglobo.globo.com/
Ué, engraçado que na foto ele está aceitando o dinheiro… cada uma… hipocrisia é deficiência de caráter.
Eu ando muito cansada de andar aqui na minha cidade Itabira que tem varios morros onibus são poucos ou melhor que não passam na rua em que moro.