Cadeirantes precisam esperar

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Portadores de deficiência reclamam da demora para conseguir acesso aos ônibus urbanos Caxias do Sul – É cada vez mais comum encontrar nas cidades espaços e vias adaptadas para o uso dos portadores de deficiência física. Mas quando se refere ao uso do transporte coletivo em Caxias, ainda há dificuldades a serem superadas. Em alguns casos, é preciso esperar cerca de uma hora até a chegada de outro ônibus adequado.

A frota adaptada da Viação Santa Tereza (Visate) atende 59 das 80 linhas da cidade. Apesar de cobrir quase 75% dos trajetos, o número de ônibus que possuem acessibilidade é reduzido: apenas 27% da frota de 313 ônibus.Isso obriga aqueles que não possuem veículo particular e precisam do transporte a programar bem os horários. (grifo meu)

Para suprir carências impostas por novas leis de proteção do deficiente, foram necessárias adaptações de ruas, prédios e meios de transporte. Segundo dados da Associação Regional de Deficientes Físicos (A/Rampa), cerca de 10% da população caxiense sofre de algum tipo de deficiência (múltipla, auditiva, visual, física, Síndrome de Down ou Alzheimer).

Quem precisa usar o transporte público no dia a dia, seja para o trabalho, estudos ou tratamento médico, não tem vida simples. É o caso da atendente de telemarketing Cassandra Gomes, 28 anos. Cadeirante há 10 anos, ela precisa pegar dois ônibus para se deslocar de casa, no bairro Parque Oásis, até o local de trabalho, no Floresta.

Para cumprir o trajeto em tempo, ela precisa se apressar. Depois de sair de casa, Cassandra segue até o Centro, onde toma a condução para o destino final. Se perder o ônibus das 8h, terá que esperar até as 9h para que outro veículo adaptado passe para buscá-la no Parque Oásis. Quando isso ocorre, o atraso é de uma hora, no mínimo.

– O ônibus para perto da minha casa, mas tem que ser tudo cronometrado. Se perder o ônibus adaptado, chego bem atrasada – comenta.

Mesmo com as dificuldades, Cassandra ainda vê qualidades no serviço prestado. A presidente da A/Rampa na cidade também. Elisabeth Maria de Césaro diz que Caxias é um dos poucos municípios que possui serviço específico para cadeirantes.  Para casos especiais, em que a pessoa não tem condições de se deslocar, a Visate ainda oferece um transporte de porta a porta, mediante inscrição na Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade Urbana. (grifo meu)

No ano passado, na renovação de contrato para prestação do transporte público em Caxias, a Visate foi cobrada para realizar melhorias no serviço prestado aos portadores de deficiência. A concessionária promete que 100% da frota será adaptada até o final de 2010.

Número de cadeirantes
Segundo dados da Visate, cerca de 140 cadeirantes utilizam o transporte coletivo por dia. Esse número corresponde a cerca de 2% do total de usuários da concessionária.

Como fazer para utilizar o serviço:
– Para usar a chamada Linha 62, o usuário precisa realizar inscrição na Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade Urbana (SMTTM).
– A secretaria fica na Rua Moreira Cesar, 1666, bairro Pio X. O telefone é o 3290.3900.
– Para o cadastro, o portador de deficiência precisa levar um documento de identificação, comprovante de residência e o atestado médico com a Classificação Internacional de Doença (CID).
– Além dos formulários, a avaliação da secretaria inclui
uma visita na casa do portador de deficiência, para verificar a distância da residência até a parada de ônibus e se existem obstáculos.
– Essa visita é feita na terceira quarta-feira de cada mês.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/
Imagem: http://independencia.revistadoonibus.com.br/

Obs. Terminologia correta para as expressões da matéria acima, segundo Romeu Kazumi Sassaki :
“Portador(es) de deficiência”  “portador(es) de deficiência física”
Termo correto: Pessoa(s) com deficiência

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