Capacitação de trabalhadores ainda é deficiente nas MPE
Investimento em formação de funcionários está entre os desafios para preparação de empresas para exigências do mercado de trabalho; substituição tributária também foi destaque em debates do V Congresso da Micro e Pequena Indústria
Micro e pequenas empresas ainda destinam pouco de seus orçamentos em capacitação. Esta foi uma das constatações e um dos desafios destacados na primeira palestra do V Congresso da Micro e Pequena Indústria, realizado nesta quinta-feira (14), em São Paulo (SP).
Segundo o superintendente do Sebrae São Paulo, Ricardo Tortorella, apesar do conhecimento gerado no Brasil estar ganhando reconhecimento internacional, menos de 23% das micro e pequenas empresas (MPE) do estado investem em treinamento e capacitação de trabalhadores. Ainda há muita dificuldade em levar esse conhecimento gerado nas universidades para dentro das empresas, completou.
De acordo com pesquisas realizadas pelo Sebrae São Paulo, empresas que investem em capacitação desde o planejamento dos negócios sobrevivem mais no mercado. Hoje, a mortalidade das MPE está em 27% (ainda no primeiro ano de atividade). A mortalidade das empresas cujos empresários fazem o Empretec, nosso principal curso, é de menos de 10%. Isso prova a importância de se saber planejar antes de abrir, de saber gerir, de estar capacitado e atualizado, afirma Tortorella.
O superintendente ressaltou ainda a importância de implantar noções de empreendedorismo desde os primeiros anos escolares. O processo de educação começa com a criança. Assim como se estuda história e geografia na escola, é preciso aprender, desde cedo, a ser empreendedor. Nós temos técnicas maduras para ensinar empreendedorismo. Precisamos tirá-las da gaveta e colocá-las em prática.
São Paulo – A importância de se investir em capacitação também foi destacada pelo superintendente do Sesi/Senai, Walter Gonçalves. Segundo ele, as áreas de ciência e tecnologia, principais incentivadoras de produtos e processos inovadores, ainda recebem pouco investimento. No Brasil, apenas 2% dos cursos superiores são das áreas de Engenharia e Ciência, declarou.
Capacitação para identificar novas oportunidades de mercado, processos que respeitem o meio ambiente e os princípios de sustentabilidade e as oportunidades que prometem gerar novos negócios e empregos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil, também foram temas debatidos durante a palestra.
Desta palestra, participaram também o coordenador da Coordenadoria de Desenvolvimento Regional e Territorial da Secretaria de Desenvolvimento do Governo de São Paulo, Hans Schaeffe, o diretor do Departamento de Infraestrutura da FIESP, Carlos Calvacanti, o diretor da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras ANPEI, Fabio Bueno Netto, o diretor de Meio Ambiente do Ciesp, Eduardo San Martin, e o superintendente nacional do Instituto Euvaldo Lodi IEL, Carlos Roberto Rocha Cavalcante.
Sobre o Congresso
O V Congresso da Micro e Pequena Indústria foi um evento realizado pela Fiesp e pela Ciesp. O congresso faz parte de uma semana de eventos voltados para micro e pequenas empresas em todo o Estado de São Paulo, em comemoração ao mês do empreendedor. Mais informações em http://www.fiesp.com.br/congressompis/
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Autor: Do Sebrae/SP
Fonte: http://www.jusbrasil.com.br/