Casa acessível e amigável
A matéria abaixo foi extraída da Revista Casa & CIA.
Construir uma casa acessível não se resume a pensar em pessoas com mobilidade reduzida. É necessário possibilitar a todos uma vida melhor. Veja grandes ideias!
Por Maria Claudia Araújo Perassolli
A chamada arquitetura universal projeta ambientes para que todos possam usar – pessoas em cadeiras de rodas, com dificuldades de locomoção ou mesmo idosos que precisam de cuidados especiais. “Trata-se de pensar em uma casa acessível e amigável para toda a família, em projetos que não prezem apenas a facilidade de acesso, mas também itens que permitam um uso seguro e simples da casa, diminuindo seus riscos”, afirma a arquiteta Sandra Perito, do Instituto Brasil Acessível.
De acordo com Sandra, o ideal é trabalhar a acessibilidade de uma casa ainda em seu projeto. “São diversos detalhes que precisam ser atendidos em uma casa acessível, e durante uma reforma, muitas vezes, isso não é possível ou o custo torna-se inviável.” A arquiteta cita o exemplo dos interruptores, que em uma casa acessível precisam ser iluminados e ficar a 45 cm do piso. “Imagine trocar todas as caixas de interruptores de uma casa e seus acabamentos em uma reforma. O custo seria muito alto”, complementa.
A BANCADA NA COZINHA (projeto Sandra Perito) possui duas estações de trabalho em desnível, uma com vão embaixo, possibilitando a utilização por peso as em cadeiras de rodas. A torneira tem alavanca de girar, fácil de manusear, e o piso é antiderrapante.
Além das noções da arquitetura universal para se construir uma casa ou reformar um ambiente, para alcançar a acessibilidade os arquitetos contam com as diretrizes da NBR 9050. “Ela ajuda a direcionar o que precisa ser reformado nos ambientes, tanto em espaços públicos como em residências particulares”, afirma Mariana Alves, arquiteta especializada no assunto. “O que mais acontece hoje é a reforma de certos ambientes para que se adaptem às novas condições do morador, seja por uso de cadeira de rodas ou dificuldade de locomoção de um idoso”, completa.
Os espaços que precisam de mais cuidado na hora de reformar são o no banheiro e a cozinha. “Nos outros você pode arrumar os móveis ou abrir mais espaço, mas na cozinha e banheiro precisamos trocar peças, piso e instalar componentes de segurança.”.
O ASSENTO REMOVÍVEL (Deca) traz mais segurança na hora do banho para quem tem dificuldade de locomoção. O produto é feito de aço inox e, em certos casos, pode ser revestido por camadas de PVC antibacteriano. Resistente à corrosão, o assento suporta peso superior a 150 quilos. Preço sugerido: R$ 390.
NESTE BANHEIRO ACESSÍVEL , da arquiteta Sandra Perito, o boxe abre para os dois lados, 80 cm de vão, para a entrada da cadeira de rodas. As barras de apoio oferecem segurança na hora do banho, assim como o alarme de emergência instalado dentro do boxe. Na bancada, os móveis com rodízios deixam o espaço livre.
MARÍ ANÍ OGLOUYAN projetou este apartamento acessível para um cadeirante, considerando as necessidades do proprietário. Na entrada do banheiro, junto ao vaso (louças Deca), portas de correr e barras facilitadoras de acesso (Keuco), fornecidas pela Metalbagno Spazi. As pastilhas pretas usada no revestimento são da Colormix.
Itens obrigatórios
Produtos e algumas lições básicas ajudam a trazer mais segurança para uma casa. “Os tapetes devem ser retirados, para diminuir o risco de quedas e de que enrosquem na cadeira de rodas. As maçanetas devem ser do tipo alavanca, que facilitam o uso, e as áreas de circulação devem ter 1,2 m de diâmetro”, afirma Mariana.
Entre os produtos que ajudam a deixar a casa mais acessível estão as barras de apoio, que podem ser instaladas dentro do banheiro – ao lado do vaso sanitário e no interior do box. No banheiro, cozinha e áreas externas é preciso colocar piso antiderrapante.
No boxe do banheiro o ideal é a instalação de portas de correr ou com abertura para fora, assim é possível ajudar uma pessoa em caso de queda. O assento removível para o banho também facilita o dia. “Além disso, a altura da bancada do banheiro precisa ser adequada e os móveis podem ser com rodinhas, para que não atrapalhem quem usa cadeira de rodas”, sugere Sandra.
Já na cozinha é preciso planejar tampos com variações altura, e o recomendado é que a pia seja regulável, possibilitando o uso por pessoas com diferentes estaturas ou mesmo sentadas. E torneiras do tipo alavanca ou cruzeta, que permitem o fácil acionamento.
Outros itens tecnológicos como sensores de presença, alarmes de emergência e interruptores remotos ajudam a deixar a casa mais segura e amigável.
O BOX TAMBÉM É EQUIPADO com barras facilitadoras de acesso e a porta de vidro (AZV ) de três folhas tem abertura bem ampla para permitir a passagem de andador ou cadeira de rodas. Os acessórios são da Interbagno.
Veja:
Hola Vera: Me recuerdas ? Te escribi varias veces desde Lima- Peru, mi comentario respecto a esta nota es que solo el discapacitado, puede valorar lo que significa realmente el poder hacer la mayor parte de cosas en su vida, en forma lo mas independiente posible; tener la suerte de lugares acondicionados especialmente, ayuda MUCHO a conseguirlo.
Como te mencione’ antes, tengo 57 anos, a los 9 meses de vida me ataco la poliomielitis por lo que realmente nunca camine, la polio que me dio fue muy severa y me ataco tronco y las 4 extremidades. Aprendi a vivir con esto y soy feliz; tengo una linda familia con 4 hijos, 2 nietos.
SIEMPRE busco el ser cada vez menos dependiente, aunque se que es muy dificil.
Desearia contactar-dialogar contigo, se que Brasil tiene mucho que mostrar a peruanos en temas de discapacidad.
Mi correo: kytalledo@gmail.com , mi cel 994 276 372
Gracias.
Hugo.
É tudo maravilhoso, uma estrutura que qualquer pessoa com deficiência deve ter direito de usufruir, porém é algo muito além de praticamenrte 99% dessas pessoas não tem condições de adquirir.
Mas fica a dica para que todos comecem a repensar o seu lugar na sociedade.
Bom dia, Vera, parabéns, pelo seu brilhante e constante trabalho!
Visitar o seu blog tornou-se um hábito saudável em minha rotina. Descubro a cada dia que, sim, as dificuldades são muitas, mas o trabalho a ser feito está gritando aos nossos ouvidos!!!!!!! E ele só pode ser realizado por nós deficientes. Só nós podemos mudar a realidade da exclusão, do preconceito. Delimitando nossos espaços com ousadia e respeito assim como você faz.
Afinal, “FUTURO,PRESENTE,PASSADO” e “para descobrir caminhos é preciso sair dos trilhos”Albert Einstein.
VIU COMO VOCÊ ME INSPIRA MENINA?
SOU DE BH MG.
Obrigada pelo carinho, Claudine!
rs… E pessoas como você me dá mais forças para continuar esse trabalho!
Um grande abraço!