Casal com síndrome de Down realiza sonho de subir ao altar
Com apoio da família, Jordana e Jivago superam barreiras do preconceito e se casam em Goiânia.
Um amor que supera preconceitos. Assim pode ser definida a história de Jordana Silva, de 20 anos, e Jivago dos Santos, de 28. O casal com síndrome de Down se conheceu em março de 2012 e garante que foi paixão a primeira vista. “Ela abriu a porta e quando a vi meu coração bateu forte. Naquele mesmo dia a pedi em namoro. Ela é toda linda”, se derrete o rapaz. Após quase três anos de namoro, eles subiram ao altar.
Jordana e Jivago se conheceram através do esposo da tia de Jordana, que conhecia a família de Jivago e foi o cupido da história. “Ele combinou para que os dois se conhecessem. Nós morávamos em Caldas Novas e ele foi até lá. Já no primeiro dia falou: ‘Quero namorar sua filha’. Quase morri!”, conta sorrindo o pai da garota, Sebastião Hélio da Silva, de 48 anos, bispo da Igreja Fonte da Vida. Ele diz que pediu para que orassem e esperassem para ter certeza daquele sentimento, mas cerca de uma semana depois eles já começavam o relacionamento. “A gente levava ele para encontrá-la em Caldas Novas e vice e versa. Um dia ele falou que queria ficar noivo, que queria casar, e ninguém tirou esta ideia da cabeça dele”, conta a mãe do noivo, a professora Dinorá Maria dos Santos, de 58 anos.
Ela diz que o filho sempre teve muita curiosidade e falava que queria namorar, beijar na boca, mas ficava triste dizendo que nenhuma garota iria aceitá-lo. “Ele tinha se interessado por outra menina uma vez, mas a mãe dela não aceitava que tivessem um relacionamento, a tratava como criança e sem potencial. Sempre estimulei o meu filho e acredito que ele é capaz de fazer e ser o que quiser.”
Cerca de dois meses após o noivado, a família da noiva precisou se mudar para Salvador (BA), mas a distância só aumentou ainda mais o sentimento entre os dois. “Chorei muito com saudade dele. Mas a gente conversava por telefone ou no bate-papo do facebook. Ele passou um mês lá com a gente, eu visitei ele aqui também, foi muito bom”, conta a jovem noiva.
O casal vai passar a noite de núpcias e outras duas noites em um hotel de luxo de Goiânia. Os pais vão ficar próximos. “Mas em quartos diferentes”, ressalta a garota, que teve um chá de lingerie surpresa preparado pelas amigas que já fez em Salvador.
A mãe dela, a bispa Keila Maria Miranda da Silva, de 43, diz que sempre conversou sobre sexualidade com a filha. “Desde o início da puberdade eu ia explicando as coisas na medida da curiosidade e da maturidade dela. Quando eles ficaram noivos, fui a preparando, explicando sobre sexo e também sobre relacionamento”, explica.
Inicialmente, eles irão morar com os pais da garota, em Salvador, mas já foi acordado que também passarão um tempo com Dinorá, em Goiânia. “Ele já sabe se cuidar muito bem e até cozinha de tudo. A medida que forem se acostumando, tendo mais independência, pretendo construir um barracão aqui em casa para eles viverem o tempo que estiverem por aqui”, pontua a professora.
A psicóloga Patrícia José, especialista em síndrome de Down, explica que o namoro entre pessoas com a síndrome é comum e saudável. No entanto, alguns pais não aceitam o relacionamento afetivo dos filhos com Down. “Eles precisam entender que eles possuem algumas limitações, mas não o pacote completo delas. Eles possuem hormônios, desejos, sonhos para o futuro, como qualquer pessoa comum”.
Patrícia, que é psicoterapeuta voluntária na Associação Down de Goiânia (Asdown) conta no local existem vários casais, alguns com planos de casamento. “Sempre digo que assim como todo adolescente, é preciso conversar, explicar, impor limites. A diferença é que estes pais terão que estar dispostos a se envolver mais na vida social dos filhos, levando, buscando, acompanhando.”
Assista o vídeo:
Fonte: O Popular
Olá, gostei muito, achei bem esclarecedor, estou pesquisando para meu artigo de Pós-graduação Gestão de Politicas Públicas. Consegui adquirir meu automóvel com isenção , a deficiência foi classificada como “monoparesia ” ( falta de força no braço esquerdo por sequela, retirada de Câncer de mama ) . Não foi fácil, por isso estou escrevendo o artigo. Se você tiver material bibliografico , Legislação, tudo sobre as Lei me envie pelo meu e-mail. Tambem tenho um blog http://discursosocial.com. Obrigada Elaine Suely