Com Síndrome de Down, modelo e estilista Madeline Stuart arrasa em Nova York
Sonho da jovem é participar no desfile anual da Victoria’s Secret
A moda caminha lentamente rumo à inclusão no mundo fashion, mas já temos visto casos recentes que nos enchem de orgulho. Um bom exemplo é a modelo Madeline Stuart, que tem Síndrome de Down e está brilhando na Semana de Moda de Nova York. Em seguida, parte para Londres e Paris.
Diretamente das redes sociais para as passarelas, a jovem australiana, natural de Brisbane, se tornou a primeira modelo profissional do mundo com a síndrome. Com mais de 60 desfiles no currículo, aos 21 anos, ela também é estilista e luta contra o preconceito da melhor forma possível: com talento.
Não à toa que sua grife, lançada em 2017 na Semana de Moda de Nova York, já está na terceira coleção. Chamada 21 Reasons Why, o nome é um trocadilho entre o cromossomo 21, causador da Síndrome de Down, e o livro 13 Reasons Why, de Jay Asher — inspiração para a série da Netflix.
No dia 7/9, a modelo desfilou a linha de roupas no The Angel Orensanz Foundation. As peças, superfemininas e fluidas, brincaram com o contraste do preto e branco, tie-dye e estampas florais.
Vem comigo conhecer a trajetória de Madeline!
Tudo começou em 2015, quando Rosanne Stuart, mãe de Madeline, comemorou nas redes sociais o fato de a filha ter perdido, por recomendação médica, 23 quilos. As fotos alcançaram mais de 7,2 milhões de visualizações e a jovem começou a receber convites para as passarelas: um grande sonho desde que assistiu aos desfiles de moda pela primeira vez, em 2014.
Depois de atrair atenção de grandes marcas, Madeline estrela, há três anos, o catwalk de países como China, Emirados Árabes e Rússia. Em Nova York, desfilou para diversas grifes – Rutu Bhonsle, Lulu Et Gigi, Topping Design e Fermata Couture –, além de ter sido convidada para a primeira fila de Marcel Astertag, Dan Liu e Nonie.
Em entrevista à Teen Vogue, a modelo relatou que ser levada a sério no mercado é um de seus maiores obstáculos:
“Sou profissional e tenho trabalhado muito para isso, por isso é difícil ser tratada diferentemente. Outro desafio é a parte financeira. Infelizmente, as pessoas pensam que me incluir já é um pagamento suficiente, mas, felizmente, meu empresário está lá para negociar por mim. Agora, percebi que é parte da minha função educar e isso apenas me incentiva a me esforçar para conquistar mais”, comentou.
Fonte: https://www.metropoles.com