Conheça a diferença conceitual entre inclusão e integração
Num contexto integrativo, o máximo feito pela sociedade para colaborar com as pessoas com deficiência neste processo de inserção seriam pequenos ajustes como adaptar uma calçada, um banheiro ou até receber uma criança com deficiência intelectual na sala de aula, mas só se ela pudesse “acompanhar a turma”. Como raramente crianças com deficiência intelectual podem ter o mesmo ritmo de aprendizagem dos alunos sem deficiência intelectual, era certo que em breve, no máximo em dois ou três anos, aquele aluno seria sumariamente devolvido para a família.
A inclusão, ao contrário, nos aponta para um novo caminho. Nele, nossas decisões são guiadas pela certeza de que o direito de escolher seres humanos é filosoficamente ilegítimo, além de ser anticonstitucional.
Uma sociedade inclusiva tem compromisso com as minorias e não apenas com as pessoas com deficiência. Tem compromisso com elas e com sua diversidade e se auto-exige transformações intrínsecas. É um movimento com características políticas. Como filosofia, incluir é a crença de que todos têm direito de participar ativamente da sociedade. Como ideologia, a inclusão vem para quebrar barreiras cristalizadas em torno de grupos estigmatizados.
A inclusão é para todos porque somos diferentes.
Um pouco da história
A concepção de um mundo-mãe sempre viveu no desejo da humanidade, em diferentes épocas e civilizações. Mas foi só em 1981, ao instituir o Ano Internacional das Pessoas Deficientes, que a ONU oficializou o embrião do conceito de sociedade inclusiva. Entidades não-governamentais e governamentais, a mídia mundial, nações de portes diversos no cenário econômico- político internacional reafirmaram por 365 dias a necessidade de o planeta reconhecer com firmeza os direitos das pessoas com deficiência.
Em 20 de dezembro de 1993, no final da Década das Nações Unidas para Pessoas Portadoras de Deficiência, a Assembléia Geral da ONU assinou uma outra e decisiva resolução – a de no 48/06 – que adotou o documento Normas sobre a Equiparação de Oportunidades para Pessoas com Deficiência. Nesse documento deu forma às idéias do programa de 1982. São 22 normas que indicam os requisitos, as áreas-alvo e as medidas de implementação da igualdade de participação das pessoas com deficiência na sociedade. Mas esta conquista não ocorreu de um dia para outro, em um passe de mágica. Ela é resultado de um longo processo de luta e modernização no campo dos direitos humanos das pessoas com deficiência,que avançou do conceito de segregação institucional, passando pelo de integração até o chegar ao atual modelo de sociedade inclusiva.
O paradigma da integração, norteador de práticas sociais e políticas públicas pertinentes a pessoas com deficiência durante cerca de 40 anos (décadas de 50 a 80), teve seus méritos baseados no fato de que surgiu em substituição ao paradigma da segregação institucional.
Em que consistia essa prática? Para entendê-la melhor, é necessário retroceder mais ainda na história e lá encontrar o paradigma da exclusão das pessoas com deficiência.
No artigo “Como chamar as pessoas que têm deficiência?”, de Romeu Kazumi Sassaki (publicado em Vida Independente, julho de 2003), o autor descreve que durante séculos as pessoas com deficiência foram consideradas inúteis –um peso morto para a sociedade, um fardo para a família e sem valor profissional. Chamadas de ‘inválidas’, foram excluídas da sociedade, muitas delas literalmente exterminadas em certas culturas.
Veja abaixo as principais diferenças entre Integração e Inclusão
Fonte: Mídia e deficiência / Veet Vivarta, coordenação. – Brasília: Andi ; Fundação Banco do Brasil, 2003.
Olá querida!
Que bom que você publicou essa matéria em seu blog! Espero que as pessoas leiam, reflitam e comecem a lutar pela inclusão e não mais pela integração.
Bj,
Taísa Gomes Ferreira
Olá Taísa! Tudo bem?
Quando encontrei esta matéria, fiquei feliz, porque a explicação é bem clara a respeito da diferença entre inclusão e integração.
Agora estou mais feliz porque você gostou. rs
Bjs,
Muito bem escolhida essa matéria, gostei muito!! Exemplifica de maneira bem clara, a diferença entre duas coisas, que parecem iguais, mas que são muito diferentes.
Vera….você se supera, mais que uma tremenda blogueira, você é uma tremenda pessoa!!
Presentinho pra voc,adorei seu blog…
http://karina-borges.blogspot.com/2011/01/selinho-este-blog-e-recomendadissimo.html
Beijos
Obrigada, Flávinho! Como é bom receber sua visita!
Bjs,
Karina, obrigada pelo carinho!
Beijos,
Obrigada Vera por enriquecer minha vida.
Vejo matérias aqui que não são discutidas em cursos, ou se são… ficam no plano tecnico.
A pluralidade dos assuntos abordados aqui fazem toda a diferença.
Bjs.
Fico muito feliz em saber disso, Lenize! Obrigada!!
Beijos,
Vera..adorei conhecer o seu blog. tenho uma filha com 3 anos, tem Sindrome de down, então desde o seu nascimento resolvi levar informações sobre a síndrome ao maior número de pessoas que eu puder, e esse quadro com a diferença entre inclusão e integração é a melhor forma que pude para encontrar para poder defini-las. Muito obrigado.
http://clareardown.blogspot.com
Blog da minha Clara
Bjus com muita luz
Olá Mariah! Obrigada!
Fui conhecer seu blog. Parabéns pela iniciativa! Tenho certeza que sua experiência ajudará muitas mães de crianças com deficiência.
A Clara é muito linda!!
Beijos,
Prezada Vera!
Quero te agradecer pelas ótimas matérias. Esclarecimentos muito importantes e sempre oportunos como este, diferenciando “Integração de Inclusão”`. Pois neste momento que se questiona o atendimento dado pelas APAES na área da educação, mais do que nunca está se levantando este questionamento causando muita confusão e a falta deste entendimento.
Valeuuu….
Obrigada
Silna
Obrigada, Silna!
Beijos,
Bom dia
Muito boa mesmo essa explanação sobre essas diferenças.