Crianças com deficiência inventam formas de brincar
Gabriel Fernandes, 10, é fera no videogame, nem lembra quando perdeu um jogo de corrida pela última vez. Lamiss Taghlebi, 7, adora brincar de escolinha. Fernanda de Souza, 5, é a artilheira no futebol do seu quintal.
Além de craques da brincadeira, os três possuem outra coisa em comum: têm deficiência intelectual e física e andam de cadeira de rodas. “Criança sempre dá um jeito de brincar. Não importam as limitações”, diz Lina Borges, terapeuta ocupacional da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente).
Para driblar as deficiências, as atividades são adaptadas. No futebol, por exemplo, a bola é mais pesada para que role mais lentamente, e as crianças jogam sentadas no chão.
Há duas semanas, durante o Teleton (evento do SBT que arrecada dinheiro para a AACD), Ivan Fontenelli, 4, andava pra lá e pra cá com seu skate. Com má formação das pernas e dos braços, é com ele que o menino se locomove. “Brinco de futebol, corrida, tudo. Tenho até duas namoradas”, conta baixinho para a mãe não escutar.
No próximo sábado, dia 1º, começa a 3ª Virada Inclusiva, organizada pelo governo de São Paulo em mais de 80 cidades, com lazer e esportes adaptados. Termina em 3/12, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (viradainclusiva.sedpcd.sp.gov.br).
Fonte: Bruno Molinero, Folha de São Paulo