Crianças deficientes ficam sem tratamento por falta de transporte
PREFEITO DE SÃO LUÍS DE QUITUNDE ALEGA QUE NÃO É OBRIGAÇÃO DA PREFEITURA PRESTAR TAL ATENDIMENTO
A Gazetaweb recebeu, na tarde desta quinta-feira, dia 2 de setembro, uma denúncia que reflete mais um caso de desrespeito a crianças portadoras de deficiência física e mental. Conforme e-mail enviado a esta redação pelo remetente Everaldo Costa, a prefeitura do município de São Luís Quitunde, distante 59 quilômetros de Maceió, suspendeu o transporte que crianças com necessidades especiais utilizavam para realizar seus tratamentos na capital alagoana, através da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).
De acordo com o documento enviado, são cerca de quarenta crianças sem atendimento médico há quase trinta dias. A população já pediu providências ao prefeito Cícero Cavalcante, mas sequer foi atendida. “Não fomos atendidos pelo prefeito porque ele alegou que somos contra a candidatura da filha dele a deputada estadual“, conta o e-mail.
No texto escrito, consta ainda a informação de que a população já buscou ajuda do Ministério Público Estadual (MPE) e agora aguarda uma resposta.
O que diz a APAE
Em entrevista à Gazetaweb, a assistente social da Associação, Maria das Graças, contou que, de fato, as crianças e seus pais estão sem transporte para se locomover do município à capital. Ela conta que a própria APAE realizava o transporte dos pacientes, mas devido ao corte de verbas, não foi possível continuar prestando tal serviço. “Depois deste corte de verba ficou inviável continuar com o transporte dos pacientes. Agora eles estão por conta própria, e muitos deles não têm renda suficiente para vir nos dias dos tratamentos”, destacou.
O que diz a prefeitura
A reportagem da Gazetaweb entrou em contato com o prefeito Cícero Cavalcante, que relatou a dificuldade de desenvolver ações nesta época de eleições. “Era a prefeitura que colocava o combustível no ônibus da APAE para fazer o transporte das crianças daqui e até do município de Porto Calvo. Mas eles não estão mais com o transporte e agora fica complicado conseguir um ônibus para este público uma vez que estamos em época de eleições”.
O prefeito alegou ainda que não foi procurado por nenhum pai de criança deficiente para fazer a reclamação. “Ninguém me procurou até agora, mas eu estou aqui pronto para servir, apesar de esta não ser uma obrigação diretamente minha, e sim do governo federal. Mas todos sabem que o que está ao meu alcance, eu faço“, finalizou.
Fonte: http://gazetaweb.globo.com/ (03/09/2010)
Referência: Rede Saci
Obs. Coloquei algumas frases em negrito para destacar.
Veja também nesse blog:
Deficiente físico vai à escola em carrinho de mão por falta de transporte especial
Acesse aqui e veja outras matérias sobre transporte adaptado.
para este ''prefeitinho'' de 1/2 tigela…que o povo marque bem o nome dele e ''promova a exclusão'' dele !
Concordo com você, Edson. Está notícia é revoltante! E nesse jogo de empurra-empurra ou por um capricho do prefeito, as crianças com deficiência são prejudicadas. Estão sem atendimento médico há quase trinta dias!
Eu soube disso no dia do debate dos presidenciáveis, na Band, em que Serra disse a Dilma que o PT cortou o transporte das crianças da APAE e ela não soube rebater. A única coisa que ela disse é que nunca no Brasil um deficiente foi tão bem tratado quanto durante o governo de Lula. Bastante cara-de-pau, hein?
Beijos flor
Que absurdo, hein, Tahiana!Falta muito para que uma pessoa com deficiência seja tratada com respeito no Brasil.
Beijos, querida!