Deficiência não aparente: o que você precisa saber
Ter uma deficiência aparente já não é fácil, imagina quando essa deficiência não aparece.
Lamentavelmente a sociedade brasileira só enxerga a deficiência de uma pessoa quando essa é visível. Por exemplo, há compreensão no caso de pessoas que tem dificuldades motoras, como é o caso de usuários de cadeira de rodas, no caso de pessoas amputadas, paralisia cerebral, deficiência visual, etc. No meu caso, por exemplo, amputada de um braço, minha deficiência é visível, qualquer pessoa pode ver. Sendo assim, não tenho problemas em relação a vaga preferencial, quando pago meia entrada no cinema e por aí vai. Entretanto no caso de pessoas que tem fibromialgia, esclerose múltipla, deficiência auditiva, doença crônica e pessoas ostomizadas, estas geralmente enfrentam situações constrangedoras e humilhantes por falta de conhecimento e compreensão da sociedade. Sofrem muita discriminação.
A sociedade precisa compreender que ter uma deficiência não significa que a pessoa necessariamente terá que usar uma cadeira de rodas ou que ela precisa ser amputada. Acredito que o que contribui muito pra isso, são aqueles cartazes (ícone de um homem na cadeira de rodas) que encontramos nas filas de lugares públicos e vagas de estacionamento. E ao ver esses cartazes, normalmente as pessoas sem deficiência pensam que só mesmo cadeirantes têm esse direito. Isso precisar desmistificado.
O mesmo acontece com pessoas cardiopatas ou usuárias de próteses, que geralmente são confundidas como pessoas preguiçosas. As pessoas não entendem que elas sentem fraqueza, fadiga e dores.
É claro que existem pessoas oportunistas, mas precisamos observar muito antes de julgar, pois ninguém tem informações o bastante para fazer um veredicto e colocar-se acima dos fatos e da verdade. Ao invés de julgar ofereça uma ajuda, um apoio… Se a pessoa realmente estiver precisando ela vai agradecer. Tente fazer isso.
Pratique também a empatia, procure se colocar no lugar do outro!
Finalizo esse artigo citando um famoso versículo bíblico:
“Não julgueis para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.” (Mateus 7:1-2)
E você, já sofreu algum tipo de discriminação por ter alguma necessidade especial não aparente? Já sofreu algum comentário maldoso? Compartilhe conosco deixando aqui seu comentário.
Vera Garcia (criadora do blog Deficiente Ciente)
Assista o vídeo:
No tocante a deficiência não aparente,acho importante acrescentar pessoas,crianças jovens com deficiência mental grave. Tenho uma filha de 14 anos porém com idade cognitiva de 3,e aparência “perfeita”,já sofri muita descriminação em ônibus, vagas de deficientes físicos por conta desta condição.
Olá! Tenho ATQ Bilateral.
Tenho 1,90 de altura, na verdade o que mais me constrange é ter que negar certo a tipos de ajuda quando sou solicitado ou quando eu deveria ir sem ser, como por exemplo ajudar carregar um cadeirante pra dentro de um ônibus ou situações semelhantes.
Tbm tenho ATQ D e sempre passo por constrangimento no onibus quando uso os assentos preferenciais , sempre alguém já vem pedindo pra mim levanta pq to ocupando banco doa idosos etc …. É difícil todo dia a mesma situação
Olá, meu nome é David,infelizmente eu sofro por te uma deficiência,não aparente.. a minha deficiência é intelectual leve Cid:70quem olha pra mim não vê nada, até que superei,bastante minha limitação na escola, empregos, mais já sofri muito preconceito nas empresas ,por não parecer, já fui tachado, de todo o tipo de discriminação,me chamavam especial, doidinho, mesmo eu fazendo minha função correta isso era só pela fato de eu entrar como pcd. já sofri de mais por isso e sofro quando eu estou trancado no meu quarto as lembranças, me machuca de mais sabem as pessoas não entendem cada tipo de deficiência têm um gral,acham que agente vivem no mundo da lua,tratam agente como crianças,literalmente incapacitados, más não é isso temos, nossas capacidade,como, qualquer pessoa comum e também limitações como uma pessoa normal.hoje sou casado,tenho um filho.lindo de 7 anos que eu cuide, eu batalhei pra vestir,sua roupa,e alimentado sabem falam pra mim parabéns David seu filho é muito, educado, graças a meu bom Deus, ele meu deu essa força , porque se fosse pelo homem, eu estava derramado nas minhas frustrações do passado minha infância for marcada de muitos sofrimentos, mais estou de pé graças ao meu bom Deus é a fé se fosse pra contar toda minha história daria um filme kkkkkkkkk O melhor dessas história é que eu estou de pé ??
Nossa esse artigo foi um dos melhores que ja li, parabéns. Tenho 25 anos e possuo artrite reumatóide e fibromialgia, por ter uma doença não visível ja passei e ainda passo por dificuldades. Não consigo liberação para bilhete especial, mesmo ja tendo perdido a força das mãos e joelhos, passo por grandes apuros em transportes públicos. Não quero o bilhete pela gratuidade mas pela opção de poder sentar, acessar os elevadores, pois subir escadas é uma tortura. Não consigo emprego a quase 1 ano. As vagas comuns não me aceitam por ter uma doença e as de cota não me aceitam por não ser uma deficiência visível. Não passo pela aprovação no auxílio doença por que ainda sou nova e minha doença ainda não me incapacitou, eu posso trabalhar mas por vaga de cota por ter algumas limitações, mas não estão me aceitando como dito anteriormente. Fora as críticas recebidas de pessoas que acham que é frescura, manha ou preguiça. O que mais quero é voltar a trabalhar e seguir uma vida normal, mas a sociedade não tem me deixado fazer isso.