Deficientes têm dificuldade de entrar no mercado de trabalho
Incluir é aceitar as diferenças individuais, é valorizar o indivíduo dentro de suas limitações físicas e mentais, é posicionar-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crença, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais.
Enquanto a sociedade continuar criando problemas e barreiras, causando-nos incapacidades ou desvantagens para que possamos desempenhar nosso papel social, veremos muitas empresas “cheias de boas intenções” esforçando-se ao máximo para arrumar emprego às PCDs, mesmo que esta não produza, pois isto lhe custará menos do que pagar a multa da lei de cotas.
Ouvimos com frequência, assuntos sobre a falta de qualificação profissional das pessoas com deficiência. Segundo as empresas, existem vagas para deficientes, no entanto as mesmas não estão encontrando profissional qualificado. É óbvio que vai ser difícil encontrar uma pessoa com deficiência qualificada, haja vista que as escolas estão se encarregando de excluir alunos portadores de deficiência. Quem leu a matéria do dia 10/09 sabe do que estou falando. Segundo Pesquisa feita pela USP sob encomenda do Ministério da Educação com 18.599 estudantes, pais e mães, professores e funcionários da rede pública do País mostrou que 96,5% deles têm preconceito e querem manter distância de pessoas com deficiência. Levantamento do Ibope encomendado pela Fundação Victor Civita apontou que 96% dos professores se dizem despreparados para a inclusão e 87% deles nunca receberam treinamento. O que podemos esperar diante desse quadro? É inegável a atitude preconceituosa da sociedade e também é inegável a política discriminatória do nosso governo.
Texto escrito por Vera (Deficiente Ciente)