Deputada cadeirante fica presa em avião em SP
DESCASO E NEGLIGÊNCIA DA EMPRESA TAM!
Mara Gabrilli se recusou a sair do avião sem o equipamento adequado para desembarque de cadeirantes
A deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) ficou presa por duas horas no interior de um avião na noite desta quarta-feira, 2 de março, no aeroporto internacional de Guarulhos após se recusar a sair sem o equipamento adequado para desembarque de cadeirantes. A deputada é tetraplégica.
Gabrilli estava no voo 3563 da TAM, que vinha de Brasília e chegou por volta das 21h de ontem. O avião parou em posição remota no interior do aeroporto, fora das aéreas de fingers (passarelas que ligam os portões de embarque às aeronaves). Neste caso, o desembarque de passageiros com mobilidade reduzida deve ser feito com ambulift (espécie de carrinho com elevador). (Veja imagem abaixo)
Segundo a deputada, apenas em terra a TAM informou que os aparelhos da empresa e da Infraero estavam quebrados, e que ela seria carregada por um dos comissários para fora da aeronave.
(Veja: Cadeirante fica gravemente ferido após cair de aparelho no aeroporto de Congonhas )
“Bati o pé e disso que eu não iria. Chovia forte no momento e estou com tosse. O risco é muito grande para uma pessoa como eu e o aeroporto deve ter os equipamentos necessários para estes casos.”
Ainda segundo Gabrilli, funcionários da TAM tentaram convencê-la alegando que haveria demora na solução do impasse, uma vez que os equipamentos estariam quebrados há um mês e meio.
Solidários, os comissários da aeronave acionaram a torre de controle do aeroporto para usarem um dos fingers para o desembarque da deputada. Mas o procedimento não foi autorizado.
Uma resolução da Anac (agência que regula a aviação civil no país) obriga as empresas aéreas ou operadores de aeronaves a assegurar o movimento de pessoas portadoras de deficiência entre os aviões e o terminal com dispositivos adequados para efetuar, com segurança, o embarque e desembarque.
A deputada disse que chegou a acionar a Anac, mas a agência não demonstrou interesse pelo caso.
Apenas por volta das 23h, funcionários da TAM conseguiram um ambulift que estava fora de uso e fosse liberado pela Infraero apenas para a retirada da deputada.
“Tomei chuva e a pessoa responsável pelo aparelho não me amarrou (colocou o cinto de segurança). Foi minha assistente que prendeu o cinto de segurança com o ambulift em funcionamento. Ninguém teve essa atitude. Os funcionários não tem o preparo necessário ainda.” A reportagem entrou em contato com a Infraero e a TAM, mas até às 4h de hoje não obteve resposta.
Congonhas
Como já foi noticiado pela Rede SACI, o arquiteto Fernando Porto de Vasconcellos, 71, sofreu um acidente durante o uso do ambulift no aeroporto de Congonhas (SP) no dia 11 de dezembro de 2010. Cadeirante desde que sofreu um AVC (acidente vascular cerebral), Vasconcellos estava com uma funcionária da Gol quando uma freada brusca do carro fez a acompanhante cair sobre a cadeira de rodas. Ele foi arremessado ao chão e bateu a cabeça. Leia a notícia completa em http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi¶metro=30768
A Infraero, responsável pelo ambulift, diz que não há cintos para prender as cadeiras e que elas são travadas. Foi aberta uma sindicância para investigar acidente.
Fonte: Folha Online (03/03/11)
Referência: Rede Saci
Informações
A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) disponibiliza no site um Guia de Acessibilidade a Bordo para orientar o passageiro com deficiência, que pode ser acessado no seguinte endereço: http://www2.anac.gov.br/dicasanac/pdf/novo/anac_panfleto_acessibilidade.pdf
Para registrar uma reclamação, dúvida ou bom atendimento, você pode entrar em contato pelo telefone: 0800-725-4445 ou pelo site: www.anac.gov.br/faleanac
Veja:
Que vergonha ! Quando que a TAM vai respeitar o consumidor ? Já cansei de reclamar da falta de acessibilidade no site. Sabe o que eu recebi de resposta ? Nada. Eu quero apenas que o site esteja dentro das normas w3c.
Abraços.
Fez muito bem. Assim deveríamos agir todas. Só assim aprenderiam a respeitar o consumidor.
Fica bem
Para nós que somos deficientes é muito dificil.
Reitero – mais uma vez – só somos lembrados na hora de cumprir cota legal de empresas ou em discursos demagógico de promessas eleitorais.
Absurdo 2!!!!!!!