Dilma chora ao lançar plano para pessoas com deficiência
Presidente usou lenço para enxugar lágrimas em evento no Planalto. ‘Obviamente é um momento de emoção’, disse, após cumprimentar crianças.
A presidente Dilma Rousseff chorou ao discursar nesta quinta-feira (17) durante lançamento do plano Viver sem Limites, que pretende investir R$ 7,6 bilhões até 2014 na inclusão de pessoas com deficiência.
Ela se emocionou logo após cumprimentar Ivy, de 6 anos, e Beatriz, de pouco mais de 1 ano – ambas têm síndrome de Down.
Elas são filhas, respectivamente, do deputado federal Romário (PSB-RJ) e do senador Lindbergh Faria (PT-RJ), e estavam no colo dos pais durante a cerimônia.
“As duas menininhas tiveram aqui uma cena maravilhosa e enternecedora. A filha do Romário carregando a filha do Lindbergh”, afirmou a presidente.
“Eu acredito que em alguns momentos a gente considera que eles são muitos especiais, e aí queria dizer que, hoje, este é um momento em que vale a pena ser presidente”, disse Dilma provocando aplausos de pé da plateia. Em seguida, usou um lenço para enxugar as lágrimas.
“Obviamente é um momento de emoção. Estamos aqui hoje para celebrar a coragem de viver sem limites e com autonomia em um de seus aspectos mais importantes, a capacidade que nós seres humanos temos de nos transformar, de nos superar. A incrível força que há nas pessoas para vencer desafios e superar limites”, disse.
O início do discurso da presidente foi interrompido ainda por uma mulher da plateia, que levantou-se para pedir “atenção especial” do governo às pessoas com autismo. “Sou mãe de uma criança autista. Pelo amor de Deus, só nós sabemos o quanto é difícil”, disse a mulher.
Estavam presentes à cerimônia de lançamento os ministros Alexandre Padilha (Saúde), Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), Fernando Haddad (Educação), Tereza Campelo (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Maria do Rosário (Secretaria de Direitos Humanos), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Miriam Belchior (Planejamento), além dos presidentes da Câmara e do Senado, Marco Maia (PT-SP) e José Sarney (PMDB-AP), respectivamente.
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário – cuja pasta coordena o plano – disse durante o lançamento que “a inspiração e o comando [do programa] nasceram da própria presidenta Dilma” e lembrou que outros 15 órgãos do governo estão envolvidos na gestão das diversas ações previstas.
Maria do Rosário enfatizou que é dever do governo “retirar limites e barreiras” e promover a igualdade de oportunidade a pessoas com deficiência. Ela prometeu ainda que, até 2014, “todos as crianças e adolescentes com deficiência estarão na escola”.
“Vamos otimizar recursos, buscar resultados e assegurar o que é o nosso objetivo nesse plano: uma vida melhor para as pessoas com deficiências, percebidos como pessoas plenas no contexto de suas famílias e da sociedade brasileira”, afirmou.
Romário fala de sua filha que tem síndrome de down e pede perdão à esposa
Viver sem Limite
Do total de R$ 7.6 bilhões, R$ 1,8 bilhão serão aplicados em educação, com transporte escolar acessível, adaptação de acesso a escolas públicas e universidade, construção de salas com recursos multifuncionais, além da oferta de até 150 mil vagas para pessoas com deficiência em cursos federais de formação profissional e tecnológica.
Já na saúde, há previsão de R$ 1,4 bilhão para ações de prevenção às deficiências, maior acompanhamento dos exames no Teste do Pezinho, fortalecimento dos serviços de reabilitação, atendimento odontológico, maior acesso a órtese e prótese, além de reforço de ações clínicas e terapêuticas.
Na área social, serão dispobilizados R$ 72,2 milhões para implantação de Centros de Referência, voltados para o atendimento a pessoas com deficiência em situação de risco, como extrema pobreza, abandono e isolamento social.
Junto com estados e municípios, o governo quer ainda prevê aplicar R$ 4,1 bilhões em acessibilidade. Uma das ações nesse sentido é a possibilidade de todas as 1,2 milhão de residências do Minha Casa, Minha Vida 2 serem adaptadas para pessoas com necessidades especiais.
O plano prevê também a criação de 5 centros de ensino técnico para formação de treinadores de cães-guia. Obras de mobilidade urbana para a Copa também deverão obedecer critérios de acessibilidade.
Segundo dados obtidos pelo governo com o Instituto Brasileiro de Estatísticas e Geografia (IBGE) no Censo de 2010, 23,91% da população brasileira (cerca de 45,6 milhões de pessoas) possuem algum tipo de deficiência. A SDH diz que o plano busca “promover a cidadania e fortalecimento da participação da pessoa com deficiência na sociedade”.
Fonte: G1
Esperamos que o plano seja um sucesso e não fique somente no discurso. E quanto a aposentadoria especial para pessoas com deficiência, como fica? O projeto de lei 40/2010 continua nas mãos do senador Lindbergh e ainda não foi aprovado. Vale lembrar que esse projeto está no senado desde maio de 2010 aguardando aprovação (Nota do blog Deficiente Ciente).
Sabe o que acho? só ibope!!! se fosse um pobre será que a deixaria emocionada? claro que não porque os Homens de preto não iam deixar entrar.esse é o nosso Brasil…
Exatamente…
Vamos falar dos custos de um paciente de ELA. Os custos relacionados com a manutenção profissional de um plano de tratamento dependerão muito do caso específico. Porém, podemos afirmar que o custo aumenta paralelamente ao agravo da condição clínica do paciente. No início, quando o paciente ainda mantém muito de sua habilidade de auto-cuidado, ele não necessita do apoio de assistência contratada, como por exemplo, os serviços de uma auxiliar ou técnico de enfermagem. Na mesma linha de pensamento, o paciente pode progressivamente necessitar de apenas uma visita de um profissional Auxiliar de Enfermagem por dia para realizar banhos de aspersão ou auxiliá-lo até o chuveiro. Mais tarde, este paciente pode passar a necessitar de uma presença maior do Auxiliar de Enfermagem. À medida que a doença progride mais e mais recursos serão necessários, tais quais, cama hospitalar, cadeira de roda, cadeira higiênica, aspirador de secreção, nebulizadores, ventiladores mecânicos, oxigênio, materiais descartáveis, medicamentos, concentradores de oxigênio, enfermagem em turnos, visita do médico, fisioterapia, fonoaudiólogo, Enfermeiro, exames laboratoriais, consulta do especialista, e outros recursos. O custo médio de um paciente com ELA em regime de home care, na sua fase de total dependência, com alimentação industrializada e ventilação mecânica é de aproximadamente R$ 20.000,00/mês. Dependendo do prestador de serviços em home care, este custo poderá ser menor ou maior.
Que parte desse R$ 1,4 bilhão que será alocado p/ a saude possa trazer alento a esses pacientes.