Dor no membro Fantasma
Muitas pessoas relatam sentir dor em um membro que já foi amputado, mas a pessoa sente como se este membro ainda fizesse parte de seu corpo, sente o membro, sente a dor, mesmo sabendo que ele foi amputado.
Segundo a revista de psicofisiologia, a dor do membro fantasma é uma das mais terríveis e fascinantes de todas as síndromes clínicas dolorosas , e é um dos exemplos mais relevantes de dor crônica.
Ambroisé Paré* a descreveu de forma brilhante:
“Na verdade é uma coisa maravilhosamente estranha e prodigiosa, que seria difícil acreditar (salvo por aqueles que a viram com seus próprios olhos e a ouviram com os seus próprios ouvidos ), que os pacientes se queixem amargamente, vários meses, após a amputação, de ainda sentirem uma dor excessivamente forte no membro já amputado.”
A maioria dos amputados menciona a percepção de um membro fantasma, quase imediatamente depois da amputação do membro. Ele é geralmente descrito como uma forma precisa do membro real desaparecido.
História das Amputações
Membro fantasma?! O que é isso?
Este “fantasma” deve ser produzido pela ausência de impulsos nervosos do membro. Quando um nervo é seccionado, produz uma violenta descarga lesional em todos os tipos de fibras. Esta excitação diminui rapidamente e o nervo seccionado torna-se silencioso, até que novas terminações nervosas comecem a crescer. Isto implica que o sistema nervoso central dá conta da falta de influxo normal.
Alguns amputados têm tão pouca dor ou sentem-na tão esporadicamente, que negam padecer de um membro fantasma doloroso. Outros sofrem dores periódicas, variando de alguns crises quotidianas, a uma só por semana ou quinzena.Ainda outros têm dores contínuas que variam em qualidade e intensidade. Ela é descrita como ardente ou esmagadora. Pode começar imediatamente após a amputação ou semanas, meses e até anos mais tarde. Sente-se em pontos precisos do membro fantasma.
Se a dor persiste por longo tempo , outras regiões do corpo podem tornar-se sensíveis e o simples toque destas “zonas de gatilho” pode provocar dores intensas no membro fantasma. Além disso a dor é muitas vezes causada por impulsos viscerais resultantes da micção e defecação. Mesmo as perturbações emotivas podem aumentar notavelmente a dor. Pior ainda , é que os métodos cirúrgicos convencionais muitas vezes não conseguem dar alívio permanente , sendo que estes doentes podem recorrer a uma série de operações, sem diminuição da intensidade de dor. Entretanto, a descoberta da “teoria do portão” para controle de dor aferente ou central desenvolve numa nova tecnologia neurocirúrgica, a microcirurgia, capaz de lesar só as fibras finas, sem com esta comprometer a inibição das fibras grossas.
Características da dor fantasma:
1) A dor pode subsistir por muito tempo , após a cicatrização dos tecidos lesados, uma vez que a dor está relacionada com uma regeneração defeituosa dos nervos do coto o que pode formar neuromas. Por vezes, a dor pode assemelhar-se à que estava presente antes da amputação;
2) As “zonas -gatilho” podem estender-se a regiões do mesmo lado ou do lado oposto do corpo. A dor numa zona distante do coto pode suscitar sofrimento no membro fantasma.
3) Diminuições temporárias de influxo somático podem levar a um alívio prolongado da dor. ( O tratamento mais óbvio ,consiste em reduzir os influxos, por infiltração de um anestésico local, em pontos sensíveis ou em nervos do coto.)
4) O aumento do influxo sensitivo pode originar um alívio prolongado da dor. A injeção de pequenas doses de uma solução salina hipertônica no tecido invertebral dos amputados produz uma dor localizada e aguda que irradia par o membro fantasma, dura cerca de 10 minutos e pode produzir um alívio por horas, semanas, por vezes indefinidamente.Entretanto, esta teoria é apenas um controle temporário e precário, que foi gradualmente substituída pela microcirugia.
Candidatos ao Uso de Prótese
A idade da pessoa, o estado clínico, o nível de amputação, a cobertura de pele, a condição da pele, o estado cognitivo e o desejo de uma prótese são fatores importantes ao tomar a decisão. A informação sobre prótese e o programa de reabilitação devem ser providenciados antes da amputação, quando possível porque depois os medicamentos e a ansiedade podem interferir na capacidade da pessoa de processar novas informações. Uma discussão em equipe que inclua o paciente é vital para determinar se será feito uma prescrição para prótese ou não.
Fonte: http://www.icb.ufmg.br/
* Ambroise Paré
Cirurgião francês, nascido em 1510 e falecido em 1590, trabalhou com 15 anos, como aprendiz de cirurgião-barbeiro e conseguiu atingir a categoria de mestre em 1536.
SINTO DORES TERRIVEIS NO COTO AMPTADO Á DEZ ANOS COMO TIRAR ESTA DOR.
dores terriveis apos amptação da perna direita TIRANDO PARTE DO JOELHO.