Exposição fotográfica de Sarah Murray destaca sensualidade da mulher com deficiência
Access-Sex, uma exposição fotográfica onde o foco está na exposição de uma mulher e sua deficiência em relação à sexualidade.
Sexo é a parte vital da existência, no entanto quando trata-se de deficiência o assunto continua a ser um tabu na sociedade. Depois de um acidente aos 21 anos de idade, cadeirante e co-proprietária da Galeria Artéria em Vancover, Canadá, Kyla Harris, bravamente quebra o tabu nessa exposição.
Uma das primeiras perguntas que me fazem quando quando eu me relaciono com alguém é, “então … você pode ter relações sexuais?” Sou uma mulher relativamente jovem e atraente em uma cadeira de rodas. A razão pela qual me perguntam isto pode ser devido à falta de traquejo social, curiosidade ou simples ignorância. Em razão disso estou trabalhando em um projeto de fotografia com Sarah Murray chamado Access-Sex, “Exergando a deficiência e a sexualidade”. A principal razão para esta questão é que a deficiência precisa ser mostrada, pois há poucas pessoas com deficiência na mídia. – afirma Kyla Harris.
Uma coleção de imagens de Kyla Harris em poses provocantes, despertam pensamentos e levantam questões a respeito da sexualidade e a deficiência. O projeto da exposição fotográfica realizado por Sarah Murray, visa derrubar a questão do preconceito em relação a sexualidade das mulheres com deficiência.
Muitas vezes as pessoas com deficiência que usam cadeira de rodas são vistas como pessoas assexuadas.Semelhante as pessoas sem deficiência, nem todas as pessoas com deficiência são sexy, mas isso não significa que pessoas com deficiência não podem ter relacionamentos sexuais.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a sexualidade é uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida. No entanto, grande parte da sociedade e da mídia retratam as pessoas com deficiência como pessoas sem desejos, sem libido…
Na cultura popular, a revista Playboy, mais conhecida revista pornográfica, vem estabelecendo padrões sexuais desde o ano de 1953. As exceções foram: Ellen Stohl, paraplégica, que se tornou a primeira coelhinha da Playboy em julho de 1987 e Aimee Mullins, uma modelo amputada. (Deficientes físicos modelam para grandes marcas)
Aimee Mullins desfilou para Alexander McQueen na capa da Dazed and Confused, em agosto de 1998 e estrelou em “Ciclo Cremaster” Matthew Barney em 2002. Recentemente Mullins entrou para o time de musas da L’Oréal Paris.
O projeto do Access-Sex é necessário não apenas para conscientizar as pessoas sobre o fato de que pessoas com deficiência são seres sexuados, mas também para destacar a origem de seus pensamentos sobre deficiência e sexualidade. Com uma série de imagens conectadas entre si, o projeto pode ser sugestão para despertar nas pessoas algo que talvez nunca tenham pensado conscientemente.
Em última análise, a resposta à pergunta é sim, eu posso ter relações sexuais. Quer ver algumas fotos que podem responder a outras perguntas? – diz Kyla Harris.
Abaixo, algumas fotos de Kyla Harris.
Veja: