Entrevista com Deborah Prates: advogada e pessoa com deficiência visual
Caro leitor,
A entrevistada desse mês pelo Blog Deficiente Ciente é a advogada carioca, Deborah Prates, mãe de uma linda jovem de 17 anos, Alice Mabel. Conheça sua história e veja qual a opinião de Deborah a respeito da acessibilidade, lei de cotas e outros… Imperdível!
Deficiente Ciente: Como você se tornou uma pessoa com deficiência?
Deborah Prates: Sempre sofri de glaucoma e estava com todos os exames prontos para mais uma cirurgia. Na véspera de um Natal, no frenesi da ceia, naquele abre e fecha forno, freezer, e geladeira, adquiri uma tosse que não passava por nada. Custei a saber que estava com uma tremenda pneumonia.
Então, entrei nos antibióticos e ainda restou uma tal prega no pulmão. Para essa prega tive que tomar corticoides que – pela doença – a pressão intraocular subiria ainda mais, valendo dizer que dilaceraria o nervo ótico. Seria final de linha rumo à cegueira.
O pneumo dizia para ingerir o corticóide e o oftalmo dizia que absolutamente não. Daí o melhor sempre é usar do bom senso. Afinal, os profissionais não tratavam de uma bicicleta, mas de uma vida, cuja propriedade a mim pertencia.
Chamei, para uma reunião de família, a minha filhota amada, querida, adorada, idolatrada. Salve! Salve! Perguntei-lhe – de forma muito natural e verdadeira como sempre falamos – e disse-lhe:
– Filha! Você prefere uma mãe morta ou uma mãe cega?
De igual naturalidade ela respondeu:
– Prefiro uma mãe CEGA.
Então, decidimos juntas e dissemos: “Que venham os corticóides!” Em quinze dias fiquei cega e até agora ainda não tive tempo para depressão tantas foram às adaptações a fazer para encarar a nova realidade.
Ceguei no início de janeiro e as aulas da minha filhota recomeçariam em meados de fevereiro.
Havia muito a fazer em tão pouco tempo. Até agora não parei e nem ela.
Decidi dormir pouco, pois só tinha cerca de 15 dias para me despedir VISUALMENTE do mundo. Esperava minha filhota adormecer e ficava contemplando seu rostinho e imaginando, como numa viagem ao futuro, como seria ela em seus 15 anos, aos 20… Por outro lado, me olhava no espelho, passava a mão em minhas faces, e me imaginava com 50, 60, 70 anos… Passei a olhar para o sol para guardar seus nuances, vez ser a cegueira questão de dias.
Peguei um guia de cores de tinta numa loja próximo de casa e ficava memorizando todos os matizes, por exemplo, dos vermelhos, azuis, verdes…
Tive a sorte de contemplar um arco-íris depois de forte chuva e muito mais. Denominei esse período de O APAGAR DAS LUZES.
Perto do final da visão ainda recebi umas seis aulas de mobilidade/bengala e nada mais para encarar a nova vida.
Num flash percebi que a minha personalidade não se dava com a bengala. Era tão cega quanto eu!
Decidi por um olho quadrúpede. Parti para a América (NI). Ao decolar tive certeza de que no voo de volta traria a totalidade da busca. Trouxe comigo Jimmy, um labrador macho e amarelo.
Pós Jimmy a qualidade de vida da família melhorou sensivelmente. Formamos uma dupla do barulho. Constatamos que a discriminação é uma realidade e, desde o amanhecer, lutamos para educar a sociedade para que aprenda a recepcionar o deficiente, o idoso, o obeso, o negro, o “soro positivo”, o “gari”, o residente em comunidade, etc…
D.C: Quais as maiores dificuldades pessoais que você encontrou após tornar-se uma pessoa com deficiência visual?
D. P.: Vencer as barreiras opostas pela sociedade é que foi a grande barra! Hoje,após a perda do sentido da visão, vejo muito mais que antes! O PREconceito e seguida DISCRIMINAÇÃO penso ser a grande dificuldade.
Imaginem que resido num condomínio faz nove anos e, há cinco, ouvi dos meus vizinhos: “A DRA. DEBORAH É ADVOGADA COMPETENTE, MAS É CEGA. POR ISSO TEM QUE SAIR DO CONSELHO CONSULTIVO, BEM COMO DAS AÇÕES DO CONDOMÍNIO”.
Cruel! Sim. Todavia comum. É que a sociedade tende a imaginar que, por exemplo, a perda do sentido da visão equivale à perda da capacidade intelectual. Eis o PREjulgamento e, consequente discriminação.
D.C.: E sua vida profissional, como ficou?
D.P.: Arrasada/detonada! Perdi quase todos os clientes. Olhem que não eram poucos!
Passado um pedaço da nova realidade fui procurada para uma matéria com a TV Record. Falaríamos sobre o cão-guia (Jimmy). Queriam filmar na Marina da Glória e outros recantos lindos. Sugeri, nesse momento, fosse feita parte da matéria no foro central do RJ, já que era nele que Jimmy mostrava um grande trabalho. Entendi interessante a coletividade de ver como Jimmy se comporta numa audiência, julgamento, cartório, etc..
Procurei a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça/RJ para a necessária autorização para que a Equipe de reportagem entrasse, bem como para as imagens. Qual fora a minha surpresa ao ouvir:
– A senhora e a Equipe entram. Seu cão não. Ficará guardado na portaria com nossos seguranças. É ordem do desembargador presidente, estando em seu Manual de Portaria.
Nem acreditei no que ouvira. Isso porque já frequentava COM meu PESSOCÃO o local há mais de dois anos! Nunca me viram? Éramos invisíveis! Naquele pedido materializamo-nos! Inacreditável! Persisti exageradamente com todos até que o próprio desembargador presidente que telefonou para a minha casa.
– Pois não, desembargador, é Deborah Prates falando.
– Não adianta a senhora insistir com minha assessoria, já que está decidido que o cão ficará até em minha sala no ar refrigerado. Contudo, com a senhora NÃO. Tenho uma Equipe muito bem treinada para conduzir os deficientes, de modo que a senhora estará bem amparada. Por exemplo, o seu cachorro saberia ler a placa da 24ª Vara Cível? Mas a minha Equipe sim.
– De fato o desembargador tem razão. Jimmy é americano, pelo que só fala INGLÊS! Certamente não saberia ler a escrita em português! Dentro da ética, educação, tomando-se em conta que não há hierarquia entre juiz, desembargador e advogados é que provarei ao senhor que a LEI vigente prevalecerá. O senhor tem que dar o exemplo, não podendo, escandalosamente, descumprir comando legal federal e estadual, relativamente à permanência do guia com seu usuário.
E foi por aí afora. Nossa! Mal acreditei no que ouvira. Inimaginável que a MAIOR autoridade do Poder Judiciário do RJ fosse tão arbitrário e malvado. Pura DISCRIMINAÇÃO, conforme previsto na legislação do cão-guia. Sem dinheiro para ir à Brasília, instância superior, decidi pelo “4º Poder”. A santa MÍDIA. Deu certo. O Jornal “O Globo” e “Extra”, no dia seguinte me acompanhou ao foro. Claro que fui barrada pelos seguranças que já estavam previnidos. Tamanho fora o nosso movimento e o acúmulo de pessoas e advogados que o desembargador logo determinou que as Equipes fossem ter com ele em seu gabinete, bem como eu fosse liberada para subir com Jimmy ESCOLTADA por seguranças e sua Equipe. Tremenda HUMILHAÇÃO! Parecia criminosa presa! Abuso de autoridade!
Entrei com ação contra o Estado do RJ e fui vitoriosa. Não no pedido indenizatório, mas na restauração de minha alma. Apesar de ter reconhecido o Dr. Juiz da causa a arbitrariedade do desembargador, ainda levei um PITO! O magistrado entendeu que eu fiz sensacionalismo e que não deveria ter levado a mídia.
Ora, sem dinheiro, nem tempo a perder o que deveria ter feito? Penso que todo magistrado deveria – OBRIGATORIAMENTE – passar pela defensoria pública ANTES de entrar para a magistratura. Isso para sentir o quanto é duro não ter recursos nem para o ônibus! Será que alguma empresa de aviação, pela urgência do caso, me daria gratuitamente uma passagem? Fácil julgar as pessoas sem estar em suas peles!
Pronto! Depois dessa desventura terminei por perder os raros clientes que ainda restavam. Sem mágoas! Compreensível. Só louco daria uma causa para uma advogada que, além de cega, litigava com a maior autoridade do Poder Judiciário local.
D.C.: Como você vê a questão dos direitos da pessoa com deficiência?
D.P.: Teoricamente muito bem protegidos. Temos uma boa legislação vigente. A questão é que NÃO é cumprida!
Vejam que nem mesmo a MAIOR autoridade do Poder Judiciário do RJ (desembargador presidente) cumpriu a legislação do cão-guia! Como exigir que o Sr. Joaquim, dono do bar da esquina, cumpra a lei? Se quem deveria cumpri-la não o faz, como exigir da coletividade que o faça?
É questão de educação. Não sabemos o que significa Estado Democrático de Direito. Tristeza!
D.C.: O censo de 2010 indicou que o Brasil possui 45,6 milhões de pessoas com deficiência. Mais de 27 milhões delas tem idade para atuar no mercado formal de trabalho, mas apenas 306 mil estavam com direitos garantidos. Qual sua opinião sobre esta questão? E o que você acha da lei de cotas?
D.P.: Coincidência essa pergunta! Nessa semana publiquei em meu blog e facebook minha última crônica de nome: “VOTO DE SAIAS”, onde abordo a questão. Peço licença para transcrever um trecho como resposta a essa pergunta.
““.. . Evidenciadas inúmeras AÇÕES POSITIVAS a favor do sexo feminino, objetivando a IGUALDADE de direitos/oportunidades entre homens e mulheres. Seria lindo se, em meus pensamentos, eu não tivesse trombado com a legislação da Pessoa COM Deficiência. Então lembrei que, além de ser mulher, sou DEFICIENTE! E tome de mais ações afirmativas!
Novo rosário a rezar! Agora destaco a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovado pela ONU em 2006…
Mais um montão de diplomas legais complementam as prerrogativas. A pendenga a ser enfrentada é, justamente, a FALTA do cumprimento de todo arcabouço legal! Pessoas com deficiência têm farta e boa legislação que, se obedecidas, teriam agasalhados direitos básicos. Eis a questão!
Noutro dia, vendo um canal de compras que já assistia antes da perda do sentido da visão, tive olhos para ver que NÃO existia nenhum apresentador deficiente. Fiz um contato por e-mail indagando sobre essa ausência. Em resposta me fora perguntado por que eu não apresentava meu currículo. Não tive dúvidas! A Internet é mágica e, num flash, seguiam meus dados. Espero pela resposta faz mais de 3 anos!
Cristalino que pessoas com deficiência carecem de OPORTUNIDADE sob todos os aspectos. A sociedade não crê no deficiente. …
Você pode perguntar. Mas existe a Lei de Cotas? Sim. Existir é muito diferente de cumprir. Uma péssima característica do brasileiro é a de não obedecer aos comandos legais….
Deparamo-nos com ações afirmativas focando mais oportunidades para a mulher e, também, para as pessoas com deficiência. E quando somos mulheres e deficientes ao mesmo tempo? É propagado que a mulher já tem dupla jornada comumente. Então acumular características de mulher mais deficiente… Ninguém nega as estatísticas que mostram que, por ilustração, salários para os mesmos cargos, são maiores para os homens. Empresários preferem selecionar homens até pelo fato natural da mulher menstruar mensalmente!
Dentre as deficiências os empresários entendem como mais severas as apresentadas em cadeira de rodas e a cegueira em ambos os olhos. Óbvio pelos custos necessários para a adaptação do meio-ambiente no trabalho. Lamentável que candidatos que se apresentem com tais atributos sejam rotulados como INCAPACITADOS para os cargos. Quais cargos? Ora, quaisquer um!
Dá para contar nos dedos as mulheres que ocupam cargos tidos como de alto escalão nas grandes empresas. Tendo deficiência, nem se fale! Essas divas representam a exceção que, por seu turno, vem confirmar a regra geral da exclusão da mulher com deficiência do mercado de trabalho. …
Agora, outro exercício mental. Quantas mulheres CEGAS você já constatou ocupando cargos no topo da pirâmide empresarial? Muito provavelmente nenhuma, né? Poucas mulheres cadeirantes são vistas ocupando cadeiras no legislativo. Entretanto, no RJ, não sei de nenhuma CEGA na vereança. Conhece alguma?
Seguramente afirmo que a sociedade NÃO CRÊ NA MULHER DEFICIENTE E, MENOS AINDA, NA CEGA! O mundo é preponderantemente visual não resta a menor dúvida. “Todavia, o pior cego é o que não quer ver”. Já parou para refletir sobre tal slogan?
Precisamos elevar o nosso consciente espiritual que está baixíssimo! Mister se faz encontrarmos o nosso “ponto de Deus no cérebro”! Como investir em campanhas para a preservação do Planeta se não enxergamos que somos os principais PREDADORES de nós mesmos? Vivemos num vale de ossos ressequidos porque nos deixamos engessar/enlatar pela forma da indústria da moda. Estamos tão CEGOS que necessitamos materializar o ESPÍRITO para que, vendo, tenhamos a certeza de sua existência.
Nesse vale de ossos, em que fora transformado o Planeta, você seria capaz de encontrar os seus para receber – novamente – o sopro da vida? Creio que todos mereçamos nova OPORTUNIDADE!
Aliás, OPORTUNIDADE é a palavrinha mágica da hora! A oportunidade para a mulher deficiente é o tronco, tendo do lado esquerdo a mão da ACESSIBILIDADE e, do lado direito, a mão da IGUALDADE. Esta é uma conquista. Contudo, só poderemos chegar nela se tivermos ACESSIBILIDADE mais OPORTUNIDADE!
Leitor amigo, você precisa de óculos para rever seus conceitos e preconceitos?”
http://deborahpratesinclui.blogspot.com/2012/02/voto-desaias-xo- escoliose-descricao-da.html
D.C.: Qual sua opinião a respeito da acessibilidade no Brasil?
D.P.: Faz pouco fiz um vídeo onde mostrei que o RJ é maravilhoso por fora e INACESSÍVEL por dentro.
Acesse aqui e assista o vídeo.
Mostro, dentre outros, calçada refeita faz cerca de 5 meses sem qualquer rampa, nem piso tátil! Notem que as empresas que ganham as licitações não têm profissionais com conhecimento elementar de acessibilidade e, o que é pior, nem SENSIBILIDADE para intuir que um piso tátil não poderia JAMAIS terminar em quinas ou paredes! O que dizer de hidrômetro no meio de rampa? E vai por aí afora para todo o tipo de mau gosto.
Defendo que a acessibilidade ATITUDINAL deveria vir antes de tudo. Precisamos mudar hábitos, daí a acessibilidade física e de comunicação viriam naturalmente. Mas se os governantes não tem essa sensibilidade como fazer campanhas nesse sentido?
Eis uma questão que temos que responder em CORO! ACESSIBILIDADE ATITUDINAL JÁ!
D.C.: Em 2009 você travou uma disputa com o tribunal de justiça do Rio de Janeiro para poder andar livremente pelo prédio com o auxílio do seu cão-guia. Atualmente você ainda encontra dificuldade para entrar em prédios e estabelecimentos comerciais? Conte-nos um pouco sobre isso.
D.P.: Parte da pergunta já está respondida em questão acima.
Atualmente NÃO tenho tido problemas para entrar em lugar algum com meu pessocão. Ao contrário, as pessoas vêm nos recepcionar numa boa! Maravilha!
Penso que o diálogo é a grande chave para a conscientização da sociedade. Não adianta querermos pegar no tranco! Mudanças de hábitos são lentas. Já fomos arremessados contra paredões por sermos rotulados como IMPUROS. Assim, não tínhamos direito a vida! Evoluindo a humanidade, fomos deixados nas escadarias das Igrejas à espera de esmolas! Evoluindo mais, tidos como LOUCOS! E, mais recente, deixados na roda dos ENJEITADOS à espera que girassem para dentro de algum bom convento! Até que hoje não está tão ruim! Nossa!
D.C.: Atualmente quais são seus projetos?
D.P: Sou autora de vários projetos. Destaco “BONECOS COM DEFICIÊNCIA” (em meu blog), e dou ênfase a minha CAMPANHA de vida: “SUSTENTABILIDADE HUMANA”. O projeto para essa campanha é: REFLORESTANDO CÉREBROS. A frese a ser trabalhada com a coletividade é: QUERO MEU CÉREBRO VERDE!
Para o estereótipo do ser humano hodierno levo em minhas palestras um ESQUELETO. Faço menção ao profeta Ezequiel (Antigo Testamento) que se vê num enorme vale de ossos secos e questiona ao Senhor Deus se ele daria nova oportunidade ao ser humano, dando-lhes novo sopro de vida. Ao ser questionado pelo Senhor, responde: Só tu sabes Senhor!
A esperança PERECEU! Não sabemos mais sonhar! Amar o próximo! O que é isso? Se perguntássemos ao Profeta Ezequiel o que fazer, certamente nos diria: SÓ DEUS SABE!
Atualizando, lembro a canção interpretada por Zeca Pagodinho, no refrão: DEIXA A VIDA ME LEVAR, VIDA LEVA EU… SOU FELIZ E AGRADEÇO POR TUDO QUE DEUS ME DEU.
D.C.: Deixe uma mensagem aos leitores do blog Deficiente Ciente.
D.P.: Com profundo amor e carinho é que divido com os amigos leitores do “DEFICIENTE CIENTE” um pensamento de autor desconhecido: “SOMOS TODOS ANJOS DE UMA ASA SÓ. PRECISAMOS NOS ABRAÇAR PARA PODER VOAR”.
Muito boa entrevista! Com certeza ela é uma mulher guerreira! Precisamos de mais assim nesse país. Muito orgulho de minha mãe.
estou fazendo um trabalho de escola , e gostaria de saber o nome , idade e onde sua mãe nasceu , se possível…..ogb
Alice, você tem que ter muito orgulho mesmo de sua mãe! Ela é uma mulher muito inteligente, carismática, valente…!
Aproveito para agradecer a Deborah por me conceder essa entrevista. Foi um grande prazer conhecê-la!
Beijos a você e a sua filhota!
Conheci Deborah Prates nas redes sociais, através do Blog da Audiodescrição. Trocamos e-mails, textos, passamos aos telefonemas, até nos conhecermos pessoalmente. Gravamos o “Uma Simples Cegueira” juntas… Experiência mais linda da minha vida! Acompanhar um dia de compras da Deborah… Comprar roupas para mim, algo simples, divertido. E para Deborah, cega, usuária de cão guia… Como seria? Ela me incluiu e eu mergulhei em sua realidade. Descobri uma mulher feliz, forte, decidida, alegre e muito, mas muito bem resolvida! Fomos a uma loja, senti suas dificuldades e sua garra para fazer algo corriqueiro para muitos: vestir-se elegantemente, sentindo-se bem. Com leitor de imagens ela identificou cores (o que seria mais simples com etiquetas em braille), com o tato identificou o tamanho, foi ao provador, vestiu-se e saiu linda e feliz com sua escolha. Jimmy, seu fiel escudeiro e seus olhos, faz a ponte entre Deborah e as pessoas… A maioria acolhe, mesmo sem saber como se aproximar, abordar. Esse receio é que precisa ser quebrado. Sentamos, fomos tomar um café, conversamos muito e ali entendi que acabara de ganhar uma amiga muito especial, com quem eu tinha muito a trocar. Essa é Deborah Prates, uma mulher forte, feliz, audaciosa, que luta pela vida e pela inclusão. Mas que inclui também! Que me permitiu entrar em sua vida.
Olá Vera Garcia!
Parabéns pela entrevista! Deborah Prates é assim, não espera as oportunidades, ela cria as oportunidades, e estas transformam-se em exemplos de vida para todas nós, mulheres.
Dra Deborah Prates!!!
Cheguei tarde em casa, coloquei as crianças para dormir, liguei o computador para ver meus e-mails, vi o convite para o forum e ao confirmar minha participação me deparei com seu nome, mas meus olhos me confundiram… Contudo cheguei até essa entrevista e ao nome: Alice Mabel. Daí tive certeza: essa é a Dra. Deborah Prates! Se sempre fui sua fã, agora então! Sou Stella de Moraes… quantas festas lindas… Barbie, A Bela e a Fera (se não me falha a memória), sempre 7 de setembro. Lembra-se de mim? Espero ter proporcionado alegrias! O tempo passou, os caminhos mudaram recentemente e estou prestes a me tornar sua colega, focando os setores de petróleo, gás, energia e meio ambiente!
Nossos caminhos se cruzam mais uma vez! Você sempre alegre e me ensinando, com um sorriso, que vale a pena viver! Parabéns mais uma vez Alice… mas pela grande mãe que você, melhor do que ninguém, sabe que tem! Obrigada Deborah, por tudo que aprendi no passado admirando você, consolidado agora! Até 1º de março na Alerj!
Veriiinha que espetáculo esta entrevista e só mesmo conhecendo esta mulher pra se ter a noção do quão maravilllhooooooosa ela é. Tenho o privilégio em ser sua amiga pessoal e compartilhar com boas gargalhadas todo este trajeto de aprendizado que tenho com ela. Gostaria de sorver cada palavrinha, sentimento que ela desprende. Deborah enxerga além do que nos é mostrado…. Gostaria de aprender muito tudo que ela tem para ensinar… Adorei tudo… Engraçado que só hoje achei esta entrevista, bem no niver da Alice Mabel, esta filhota tão participativa. e que trilha na mesma inteligência, mesmos sendo tão jovem. Parabéns Verinha pela entrevista, parabéns Alice Mabel pela mãezona que vc tem e vc Deborah, sorte a minha em conhecê-la e poder participar nesta caminhada de aprendizado com você…. e com o meu Aumigo Jimmy Prates…
Obrigada Beth!!
A Deborah é uma mulher fantástica! Adoro essa minha amiga! A Alice e o Jimmy encantadores!
Beijos,